A Justiça do Trabalho autorizou, na última sexta-feira (5/8), o reinício das atividades no MAFIR - Matadouro e Frigorífico Industrial de Roraima. A decisão foi proferida pelo Juiz Titular da 3ª Vara da Justiça do Trabalho de Boa Vista, Raimundo Paulino Cavalcante Filho, durante audiência pública realizada no Fórum do Trabalho daquela capital.
A decisão foi tomada após a realização de inspeção judicial in loco no MAFIR, realizada pela Justiça do Trabalho e demais órgãos competentes, ocorrida no dia 3 de agosto, onde foram conferidos o cumprimento da maioria das exigências feitas pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e Ministério do Trabalho e Emprego (TEM) à referida empresa.
Estiveram presentes na audiência a diretora-presidente interina da Codesaima - Companhia de Desenvolvimento de Roraima, Neli Araújo, além de representantes do MPT e MTE.
Durante a audiência, o juiz do trabalho estipulou um prazo de cumprimento para cada item ainda pendente de solução, com o objetivo de assegurar o cumprimento legal da regulamentação exigida MTE. A Codesaima, responsável pelo MAFIR, comprometeu-se a cumprir uma série de requisitos relacionados às condições de trabalho dos servidores, bem como a continuidade do serviço de recuperação da estrutura de maquinários do Matadouro.
O MAFIR, principal matadouro de RR, estava interditado desde o dia 25 de julho, por determinação do MTE em Roraima. O reinício das atividades ocorreu ontem (08/08), com a ressalva da visita de um auditor fiscal do MTE ao setor da máquina de mocotó, único que continuaria interditado por apresentar risco aos servidores e que tem o maior prazo estipulado: 90 dias para substituição da máquina.
No caso do não cumprimento dos prazos estabelecidos em audiência, o juiz Raimundo Paulino Cavalcante Filho informou que, de imediato, será autorizada a interdição do Mafir novamente. “A fiscalização das cláusulas será feita pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que comunicará a mim o cumprimento ou descumprimento das mesmas”, declarou o magistrado.
O juiz do trabalho responsável pela liberação do MAFIR ressaltou a importância da realização da audiência, e se mostrou satisfeito com o que foi acordado. "Trata-se de uma questão que diz respeito à saúde e à segurança dos trabalhadores, além de evitar o desabastecimento de carne, que já estava começando a acontecer na cidade. Com a reabertura do Matadouro a gente evita também o comércio ilegal da carne, que pode gerar problemas de saúde pública", finalizou.