As atividades foram realizadas no período da tarde em continuidade à programação do primeiro dia do encontro

875

Dando seguimento às atividades do 10º Encontro Nacional de Sustentabilidade da Justiça do Trabalho, magistrados e servidores da Justiça do Trabalho se reuniram, na tarde da quinta-feira (6/11), para conhecer boas práticas já desenvolvidas nos Regionais e participar de oficinas temáticas. Com o tema “Transição justa e mudanças climáticas”,o evento é promovido pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) e pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) e sediado em Manaus pelo Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (AM/RR).

Duas boas práticas foram apresentadas: o projeto “Justiça Verde”, do TRT-11, pelo juiz Sandro Nahmias Melo, e o Plano de Logística Sustentável do TRT-2 (SP), exposto pela servidora Fernanda Martins. Na sequencia, ocorreu a conferência “Amazônia e a Mudança Climática”, ministrada pelo pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Philip Martin Fearnside. Finalizando o primeiro dia do encontro, foram realizadas oficinas temáticas conduzidas por servidores do TRT-13, sobre mercado de carbono e reciclagem com inclusão social.

 

 

Projeto Justiça Verde

876Idealizado pelo juiz do trabalho Sandro Nahmias Melo, coordenador do Comitê de Sustentabilidade do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (AM/RR), o Projeto Justiça Verde, desenvolvido no âmbito do TRT-11, representa um compromisso com a sustentabilidade e a responsabilidade socioambiental. A iniciativa busca, de forma inédita, compensar as emissões de carbono geradas pelas atividades e pela movimentação processual da Justiça do Trabalho, promovendo uma atuação mais consciente e sustentável.

Segundo o magistrado, o projeto tem um viés não só sustentável, mas também socioambiental. “O projeto Justiça Verde busca compensar os impactos ambientais causados pela tramitação dos processos judiciais, unindo responsabilidade ambiental e compromisso social”. Ele explicou que a iniciativa convida, de forma voluntária e colaborativa, empresas que tiveram seus processos julgados no TRT-11 a custearem o plantio de árvores em áreas públicas, com acompanhamento do crescimento das mudas.

Na primeira ação do Projeto Justiça Verde realizada em julho/2025, em Presidente Figueiredo, no interior do Amazonas, a meta previa o plantio de 500 mudas nativas da Amazônia, sendo 100 no dia do evento, as demais seriam plantadas gradualmente nas semanas seguintes. O volume almejado seria suficiente para compensar todas as emissões da Vara do Trabalho de Presidente Figueiredo nos últimos cinco anos.

A iniciativa reuniu estudantes, representantes do Judiciário, empresas e moradores para o plantio das primeiras 100 mudas nativas da Amazônia, e ocorreu nas imediações do conjunto habitacional “Minha Casa, Minha Vida”, marcando o início de um movimento voltado à educação ambiental e ao engajamento comunitário.

Ao final da exposição do juiz Sandro Nahmias foram apresentados dois vídeos relativos às ações já desenvolvidas pelo Projeto Justiça Verde no TRT-11, com destaque para o plantio de árvores nativas como forma de compensação das emissões de carbono e voltadas à conscientização ambiental.

Plano de Logística Sustentável

877Na sequência, foi apresentado o painel de boas práticas de logística sustentável pela servidora Fernanda Martins, do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP). Ela abordou ascontratações públicas sustentáveis. A boa prática recebeu o prêmio Justiça do Trabalho Sustentável, dimensão econômica, no Encontro de Sustentabilidade realizado em Belém em 2023.

Segundo a servidora, os administradores públicos têm uma importante ferramenta a seu dispor. “Nós, integrantes da administração públicas, temos uma importante ferramenta em mãos para promover a preservação ambiental, a inclusão social, e contribuir que as nossas florestas permaneçam em pé. Quando a administração compra uma mesa em madeira e exige a certificação florestal válida, está garantindo que aquela mesa não venha de área de desmatamento ilegal e, portanto, está contribuindo efetivamente para a preservação ambiental”, afirmou.

O Plano de Logística Sustentável (PLS) foi criado para nortear o TRT-2 em relação a práticas e ações de sustentabilidade, no âmbito da contratação e serviços sustentáveis. A inovação foi a inserção do PLS como instrumento de governança das contratações de bens e de serviços no âmbito desse Regional. A partir dele foi possível integrar o Plano de Responsabilidade Socioambiental às contratações públicas no TRT-2. A iniciativa é alinhada a agenda 2030 da ONU e contribui para uma Justiça do Trabalho atenta às questões socioambientais.

Conferência

878Ministrada pelo pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Philip Martin Fearnside, a conferência com o tema “Amazônia e a Mudança Climática”, destacou os desafios da região diante do desmatamento e da transição energética. Para os presentes, o pesquisador destacou o papel da Amazônia no equilíbrio climático do planeta. “A Amazônia desempenha um papel essencial no equilíbrio climático do planeta, mas também é uma das maiores vítimas das mudanças climáticas. A floresta sofre os impactos do aumento das emissões de gases de efeito estufa, que contribuem para o aquecimento global e ameaçam sua própria sobrevivência”.

Ele também alertou para os efeitos causados com a mudança climática na Amazônia. “Atualmente, estamos perigosamente próximos de diversos pontos de não retorno — limites a partir dos quais a floresta pode entrar em colapso irreversível. Caso isso aconteça, a Amazônia deixaria de absorver carbono e passaria a emitir grandes quantidades de gases de efeito estufa, intensificando ainda mais o aquecimento global. Esse processo criaria um ciclo descontrolado: temperaturas mais altas provocariam mais incêndios, que por sua vez aumentariam o calor e destruiriam ainda mais a floresta”. Confira mais informações sobre a pesquisa desenvolvida pelo Inpa: gov.br/inpa/agroeco

Finalizando o primeiro dia do 10º Encontro, foram realizadas duas oficinas temáticas conduzidas pelo TRT-13 (PB): uma sobre protocolo de gases de efeito estufa e mercado de carbono, ministrada pelo servidor Jackson Bertamoni de Lima, e outra sobre pagamento de catadores e inovação na reciclagem, ministrada pelo servidor Max Frederico.

  879881 

Confira a galeria de imagens.

O primeiro dia do 10º Encontro Nacional de Sustentabilidade da Justiça do Trabalho foi transmitido ao vivo pelo canal do TRT-11 no YouTube. Acesse: 

 

Coordenadoria de Comunicação Social
Texto: Mônica Armond de Melo
Fotos: Roumen Koynov

870

Na manhã desta quinta-feira (6/11), a Justiça do Trabalho deu início, em Manaus, ao 10º Encontro Nacional de Sustentabilidade, que neste ano tem como tema “Transição justa e mudanças climáticas”. Promovido pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) e pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), o evento é sediado pelo Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (AM/RR) e reúne representantes dos 24 TRTs, magistrados, servidores e pesquisadores para discutir os desafios climáticos e sociais sob a ótica da justiça e da sustentabilidade.

Em seu discurso de abertura, o presidente do TRT-11, desembargador Jorge Alvaro Marques Guedes, destacou a relevância de debater a sustentabilidade no coração da Amazônia. “É impossível falar de sustentabilidade sem pensar na Amazônia. Ao escolher este local, a Justiça do Trabalho envia uma mensagem clara: é preciso olhar para o território, ouvir as vozes dos seus povos, compreender seus desafios e agir de forma integrada. Sustentabilidade não se constrói de gabinetes fechados, mas no diálogo com a realidade, com as pessoas e com o meio ambiente que nos sustenta”, afirmou o magistrado.

 

Justiça sustentável

Representando o TST no evento, o juiz Otávio Bruno Ferreira, auxiliar do CSJT, ressaltou o compromisso institucional da Justiça do Trabalho com a Agenda 2030 e a proteção dos direitos humanos e trabalhistas frente às transformações ambientais. “Falar de sustentabilidade é falar de Justiça Social, de um território que tenha equilíbrio entre economia e justiça. O nosso trabalho pensa na pessoa, no trabalhador, nas mudanças climáticas, e como isso vem afetando a região amazônica em especial”.

Ele também falou sobre transição justa, que requer uma análise de como é possível trabalhar com recursos e mudanças climáticas, que envolve a mudança de rios, das florestas, e afeta diretamente a população vulnerável. “A sustentabilidade, a Amazônia e a Justiça do Trabalho estão diretamente alinhadas e relacionadas com a ideia de que devemos pensar em estratégias de como assegurar uma sustentabilidade tanto no âmbito interno quanto e, especialmente, para o âmbito externo. De que forma a justiça pode contribuir para que a população vulnerável possa ter acesso a recursos, a direitos, a uma cidadania plena”, reforçou.

872O presidente do TRT-11, desembargador Jorge Alvaro Guedes, na abertura do evento.

874O juiz auxiliar da Presidência do CSJT, Otávio Bruno Ferreira, representou a Presidência do TST.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Impactos

871O conselheiro do CNJ, desembargador Guilherme Feliciano, proferiu a conferência de abertura. A conferência de abertura foi conduzida pelo conselheiro do CNJ, juiz do Trabalho Guilherme Feliciano, do TRT-15 (Campinas), que abordou os impactos das mudanças climáticas sobre o mundo do trabalho e o papel do Poder Judiciário na promoção de políticas públicas sustentáveis. Ele falou da urgência da crise climática e da responsabilidade do sistema de Justiça na construção de soluções sustentáveis. Para ele, o conceito de transição justa precisa ser adaptado às realidades locais. “Transição justa é um conceito que deve se adaptar às circunstâncias de cada comunidade e às necessidades de cada grupo social”, defende.

Representando o CNJ no evento, o desembargador Guilherme Feliciano também tratou sobre o papel dos tribunais na agenda climática, destacando a Resolução CNJ nº 594, que institui o programa Carbono Zero para o Poder Judiciário. Ele reconheceu os desafios enfrentados pelos tribunais na elaboração dos planos de descarbonização e inventários de emissões, mas reafirmou o compromisso institucional. “A retórica impressiona e chama atenção, mas o que arrasta é a ação, e os tribunais estão agindo”, reforçou o magistrado.

 

 

 

Painel

Na sequência, o primeiro painel do dia, mediado pela juíza Carla Nobre, tratou da “Transição Justa e Mudanças Climáticas”, com exposições de Yaci Baré, coordenadora de projetos do Instituto Witoto, e Phelippe Daou Junior, diretor executivo do Grupo Rede Amazônica e idealizador do projeto Amazônia Que Eu Quero. As falas destacaram a importância de valorizar saberes tradicionais, inovação e comunicação como instrumentos de transformação sustentável.
“Para nós, povos originários, é muito importante estarmos aqui e trabalhar em coletividade, junto aos órgãos públicos e também nas universidades. É essencial que mais indígenas ocupem esses espaços de debate”, afirmou Yaci Baré, liderança indígena e representante do Instituto Witoto. Ela compartilhou reflexões sobre a valorização dos saberes tradicionais, destacando que a coletividade é essencial para transformar realidades e ampliar o alcance dos saberes indígenas em territórios urbanos.

Yaci descreveu ações voltadas à sustentabilidade, ao manejo da floresta e à transmissão dos saberes dos mais velhos para as crianças e jovens: “Mesmo os jovens que não nasceram em comunidades tradicionais aprendem a viver em equilíbrio com a natureza”. Ela trouxe perspectiva dos povos tradicionais de forma individualizada, a partir do trabalho realizado pelo Instituto Witoto em comunidades indígenas. Segundo ela, esse trabalho busca integrar os saberes ancestrais aos territórios que historicamente pertencem aos povos indígenas, mas que ainda enfrentam limitações de reconhecimento e acesso.

Phelippe Daou Jr., CEO do Grupo Rede Amazônica, enfatizou a importância de discutir sustentabilidade em todos os segmentos da sociedade, especialmente no contexto da Justiça do Trabalho. Para ele, essa abordagem torna o tema mais acessível e transformador, considerando que o Judiciário trabalhista lida diretamente com pessoas e direitos. “Você tem a capacidade, a partir da Justiça do Trabalho, de levar isso de maneira didática. Isso ajuda muito, primeiro na conscientização, depois na transformação”. Phelippe Jr. também apresentou a plataforma “A Amazônia Que Eu Quero”, criada durante a pandemia para refletir sobre os desafios históricos da região. Ele explicou que a iniciativa busca informar a população sobre o papel dos representantes políticos e consolidar demandas sociais que são levadas anualmente a governantes e formadores de opinião. “É um trabalho feito com a sociedade. Nós colhemos informações da sociedade e levamos para aqueles que podem decidir a favor dela”.

873Painel “Transição Justa e Mudanças Climáticas”, com a liderança indígena Yaci Baré; a juíza auxiliar da presidência do TRT-11, Carla Nobre; e o CEO do Grupo Rede Amazonica, Phelippe Jr.

 

Participação dos 24 TRTs

Apesar de estar na 10a edição, é a primeira vez que o evento está sendo realizado na Região Norte, e conta com a presença de representantes dos 24 Tribunais do Trabalho. A desembargadora Selma Lúcia Lopes Leão, do TRT da 8ª Região (PA/AP), destacou a relevância do encontro como um espaço essencial para promover a conscientização social. “O tema da sustentabilidade é uma exigência da modernidade para a sociedade em geral. É necessário para que se melhore a qualidade de vida, para que não haja desperdício, para que não haja poluição”, afirmou. Ela reforçou que essa responsabilidade não cabe apenas ao poder público, mas também a cada cidadão e cidadã.

Ao destacar o papel da Justiça do Trabalho na promoção de uma transição justa e sustentável, o presidente do TRT-14 (RO/AC), desembargador Ilson Alves Pequeno Júnior, reforçou o compromisso da instituição com a agenda climática e social. “A Justiça do Trabalho da Região Norte tem o compromisso de integrar o debate sobre sustentabilidade às práticas judiciais, reconhecendo que a justiça social visa à promoção de um meio ambiente sadio e equilibrado. É com esse espírito que o TRT-14 se soma aos esforços nacionais por uma transição justa e responsável”, destacou o desembargador.

Mesa de honra

A mesa de honra de abertura do evento foi composta pelo presidente do TRT-11 e conselheiro do CSJT, desembargador Jorge Alvaro Marques Guedes; pelo juiz auxiliar da Presidência do CSJT, Otávio Bruno da Silva Ferreira, representando a Presidência do TST; pelo conselheiro do CNJ e desembargador do TRT da 15ª Região (Campinas), Guilherme Guimarães Feliciano; pelo corregedor regional do TRT-11, desembargador Alberto Bezerra de Melo; pela procuradora do Trabalho Raquel Betty de Castro Pimenta (MPT-11); pelo juiz do Trabalho Sandro Nahmias Melo, coordenador do Comitê de Sustentabilidade do TRT-11 e vice-presidente da Amatra XI; pela juíza auxiliar da Presidência do TRT-11 Carla Priscilla Silva Nobre, coordenadora do Laboratório de Inovação, Inteligência e ODS (Liods); e pela advogada Alice Siqueira, secretária adjunta da OAB/AM.

O primeiro dia do encontro foi transmitido ao vivo pelo canal do TRT-11 no YouTube. Acesse aqui:

Confira a galeria de imagens.

Coordenadoria de Comunicação Social
Texto: Martha Arruda e Jonathan Bernardo
Fotos: Roumen Koynov

 

Encontro busca ouvir a população dos municípios de Lábrea, Boca do Acre, Canutama, Pauini e Tapauá, no interior do Amazonas

869Uma audiência pública será realizada nesta segunda-feira (10/11), às 15h, no auditório da Escola Estadual Santo Agostinho, no Centro de Lábrea (atrás da Igreja Matriz), para discutir a proposta de transferência da sede da Vara do Trabalho de Lábrea, vinculada ao Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (AM/RR), para o município de Rorainópolis, no interior de Roraima. A participação é gratuita e não requer inscrição prévia.

O objetivo da audiência é ouvir a população diretamente impactada pela proposta, incluindo moradores de Lábrea, Boca do Acre, Canutama, Pauini e Tapauá, que integram a jurisdição da Vara do Trabalho. O encontro também garantirá acesso à informação e abrirá espaço para que a comunidade e entidades locais possam tirar dúvidas e manifestar suas opiniões, promovendo um diálogo institucional amplo e participativo.

O corregedor regional do TRT-11, desembargador Alberto Bezerra de Melo, explicou a iniciativa, justificando a otimização dos recursos financeiros, a fim de melhor atender à população: “Após verificar a evolução histórica da movimentação processual da Vara do Trabalho de Lábrea ao longo dos últimos cinco anos, a gestão anterior da Corregedoria Regional do TRT-11 levantou questionamento sobre a viabilidade da transferência da estrutura da referida vara para o Rorainópolis, vislumbrando que nesse município e nas localidades vizinhas haveria maior demanda, e por consequência, melhor uso recursos”.

“Diante da seriedade da proposta e seus relevantes impactos, a administração do TRT-11 entendeu como boa medida a realização de Audiência Pública, ensejando à população de Lábrea um espaço para manifestar-se sobre a questão. Entendemos que a medida não só prestigia a democracia, como representa boa oportunidade para coleta de relevantes subsídios para a tomada de decisão sobre a matéria”, reforça o corregedor do Regional.

Segundo a juíza do Trabalho Eliane Cunha Martins Leite Brandão, a presença da sociedade dos municípios impactados pela possível retirada da Vara do Trabalho é essencial para garantir que a decisão reflita as reais necessidades da região. “A medida impacta o amplo acesso ao Judiciário Trabalhista por parte dos trabalhadores de Lábrea, Boca do Acre, Canutama, Pauini e Tapauá, ampliando a vulnerabilidade social na região do sul do Amazonas, que, devido à sua vasta extensão territorial e à distância da sede do TRT-11, exige um olhar mais atento e cuidadoso do Poder Público”, afirma a magistrada.

Acesse o edital de convocação da audiência pública.

O que: Audiência Pública para discutir proposta de transferência da Vara do Trabalho de Lábrea/AM para Rorainópolis/RR
Data: 10/11/2025
Hora: 15h
Local: auditório da Escola Estadual Santo Agostinho, Centro de Lábrea (atrás da Igreja Matriz)

Coordenadoria de Comunicação Social
Texto: Jonathan Ferreira
Arte: Banco de imagens

Evento discute transição justa e mudanças climáticas, com foco na proteção de trabalhadores

855Com a Amazônia em evidência nos debates internacionais sobre o clima e às portas da COP-30, Manaus sediará, nos dias 6 e 7 de novembro, o 10º Encontro Nacional de Sustentabilidade da Justiça do Trabalho. O evento, que tem como tema “Transição justa e mudanças climáticas”, busca refletir sobre o papel da Justiça do Trabalho diante dos desafios ambientais, assegurando os direitos dos trabalhadores e das comunidades mais vulneráveis, como povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas.

Promovido pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) e Tribunal Superior do Trabalho (TST), em parceria com o Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (AM/RR), o encontro terá a presença de representantes TST, do CSJT e dos 24 Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs), entre magistrados e servidores, além pesquisadores e especialistas.

A programação inclui painéis temáticos, oficinas, apresentações de boas práticas e uma imersão na Comunidade Tumbira, localizada na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Negro, a cerca de 65 km de Manaus. Nesta ocasião, os participantes conhecerão iniciativas que conciliam geração de renda e preservação ambiental.

Para o presidente do TRT-11 e representante da Região Norte no CSJT, desembargador Jorge Alvaro Marques Guedes, o encontro marca um momento histórico, sobretudo porque a Amazônia ocupa hoje o centro do debate global. “Discutir sustentabilidade e transição justa a partir da perspectiva amazônida é uma oportunidade única de mostrar que é possível conciliar desenvolvimento, proteção ambiental e justiça social.”

Também segundo o coordenador do Comitê de Sustentabilidade do TRT-11, juiz do Trabalho Sandro Nahmias Melo, sediar o evento no “coração da Amazônia” possui um significado simbólico profundo. “Garantir efetividade aos direitos trabalhistas na floresta é um desafio que vai além das normas. Exige presença institucional, investimento público e criatividade jurídica”, afirma o magistrado.

Programação

Serão dois dias de atividades intensas em Manaus, com programação no Fórum Trabalhista Ministro Mozart Victor Russomano e na Comunidade Tumbira. No dia 6, a abertura oficial ocorre às 9h, com autoridades como o presidente do TRT-11, Jorge Alvaro, o juiz Otávio Bruno da Silva Ferreira (CSJT) e o senador Omar Aziz. Às 10h, o conselheiro Guilherme Guimarães Feliciano (CNJ) apresenta a conferência de abertura. Às 11h, ocorre o painel “Transição Justa e Mudanças Climáticas”, mediado pela juíza Carla Priscilla Silva Nobre, com participação de Yaci Baré (Instituto Witoto) e Phelippe Daou Jr. (Rede Amazônica), abordando saberes tradicionais, tecnologia e comunicação.

À tarde, a partir das 14h30, serão apresentadas boas práticas de sustentabilidade nos TRTs, com destaque para o projeto Justiça Verde (TRT-11) e o Plano de Logística Sustentável (TRT-2). Às 15h30, duas oficinas temáticas serão conduzidas pelo TRT-13: uma sobre protocolo de gases de efeito estufa e mercado de carbono, e outra sobre pagamento de catadores e inovação na reciclagem.

Comunidade de Tumbira (RDS do Rio Negro)

No dia 7 de novembro, os participantes seguirão para a comunidade de Tumbira, localizada na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Negro. A programação envolverá atividades internas voltadas à troca de experiências com lideranças locais, ações institucionais e encerramento oficial do encontro. O retorno a Manaus está previsto para o fim da tarde.

 

O que: 10º Encontro Nacional de Sustentabilidade da Justiça do Trabalho
Local: Fórum Trabalhista de Manaus
Data: dia 6 de novembro de 2025
Hora: das 9h às 18h

Acesse a página do evento.

#ParaTodosVerem: arte gráfica em fundo branco com imagem e texto. A principal imagem é de uma arara azul. O texto ocupa a parte central e esquerda, destacando o evento "10º Encontro de SUSTENTABILIDADE" em letras grandes e em verde escuro.A parte inferior apresenta a logomarca "Justiça do Trabalho" e o slogan "Transição justa e mudanças climáticas".

 

Coordenadoria de Comunicação Social
Texto: Paula Monteiro, com edições de Jonathan Ferreira
Arte: Secom/TST

Retomada da obra do Fórum Trabalhista de Manaus é um dos principais destaques 

868O Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (AM/RR) aprovou o Plano de Contratações e Aquisições (PCA) para 2026, que prevê mais de R$ 73 milhões em investimentos. O documento, elaborado em conformidade com a Resolução nº 347/2020 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), reforça o compromisso do Tribunal com a eficiência administrativa e estabelece as prioridades de contratação e aquisição para o próximo exercício.

Aprovado por meio da Portaria 471/2025/SGP, disponibilizada no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho (DEJT) do último dia 29 de outubro, o PCA 2026 está alinhado ao planejamento estratégico, ao Plano de Gestão da Presidência (PGP) e às leis orçamentárias vigentes. De acordo com o presidente do TRT-11, desembargador Jorge Alvaro Marques Guedes, o PCA 2026 reforça o compromisso com a eficiência administrativa, buscando processos mais ágeis e alinhados com as melhores práticas de gestão. “Cada contratação e investimento previstos, sem dúvida, buscam fortalecer a estrutura do Tribunal e aprimorar a prestação jurisdicional à sociedade do Amazonas e de Roraima”, afirmou o presidente do TRT-11, desembargador Jorge Alvaro Marques Guedes.

O PCA 2026 foi elaborado pela Coordenadoria de Governança de Contratações e Obras (COGCO), com apoio das diversas unidades administrativas do Tribunal. O processo envolveu o levantamento de necessidades, a análise orçamentária e a definição de prioridades, especialmente nos contratos continuados e nas manutenções prediais e estruturais. Segundo Bárbara Pacheco, diretora da COGCO, o acompanhamento do plano será contínuo ao longo do exercício do próximo ano.

“A abordagem tomada em 2025, que deve ser mantida para o próximo ano, é apresentar, de forma mensal, a execução do PCA à Presidência, com relatórios informando a evolução mensal, bem como a realização de reuniões, em parceria com a Diretoria-Geral e a Secretaria de Orçamento e Finanças”, explica. Ela acrescenta que tal prática é necessária para o acompanhamento das contratações junto aos gestores das áreas requisitantes, que apresentam feedbacks quanto aos processos de contratação que porventura não tiverem iniciado ou a disponibilização de sobras orçamentárias para execução de demandas contingenciadas, ou seja, para as quais inicialmente não havia recursos para realização.

Destaques e investimentos

O principal destaque do PCA 2026 é a retomada da construção do Fórum Trabalhista de Manaus, na Praça 14 de Janeiro. A previsão é que a licitação seja lançada até o final deste ano, com início das obras no próximo ano. O investimento inicial destinado ao projeto em 2026 é de R$ 30,5 milhões, o que representa 41% do total previsto no plano.

Entre as 12 contratações de maior valor (acima de R$ 100 mil), oito referem-se a serviços de obras, manutenção predial, climatização, manutenção de equipamentos de raio-X e aquisição de energia limpa via Mercado Livre de Energia, reforçando o compromisso do Tribunal com a sustentabilidade e a melhoria das condições de trabalho. Por fim, o PCA contempla investimentos em tecnologia da informação, serviços contínuos com dedicação exclusiva de mão de obra, materiais permanente e de consumo.


O documento está disponível na Biblioteca Digital e no portal do TRT-11, na aba Transparência. Acesse AQUI.

 

#ParaTodosVerem: a imagem mostra duas pessoas colaborando em projetos de arquitetura, focando em planos e diagramas. A composição da cena é organizada em torno de uma mesa branca, onde um projeto de arquitetura está exposto, com dois pares de mãos interagindo sobre ele. Há um laptop no canto inferior esquerdo, um capacete de proteção no fundo e uma janela de vidro com iluminação natural.

 


Coordenadoria de Comunicação Social
Texto: Paula Monteiro
foto: Banco de Imagens

O Conselho Superior da Justiça do Trabalho tomou as providências para informar às partes dos processos eventual acesso, por meio da disponibilização de hotsite em que é possível fazer a consulta com o número do processo

867O Conselho Superior da Justiça do Trabalho informa que detectou um acesso incomum e amplo a diversos processos de forma simultânea, que foi sanado pelo bloqueio dessa entrada no sistema, tão logo identificado.

Vale ressaltar que o acesso aos processos é público e pode ser feito por advogados que têm atuação no PJe.

Até o presente momento, identificamos que 21 dos 24 TRTs foram acessados, além do TST.

O Conselho Superior da Justiça do Trabalho tomou as providências para informar às partes dos processos eventual acesso, por meio da disponibilização de hotsite em que é possível fazer a consulta com o número do processo.

A Polícia Federal e a Agência Nacional de Proteção de Dados foram informadas. O acesso em grande volume, assim como a utilização irregular dos dados coletados já estão sendo investigados.

Processos em segredo que foram acessados estão protegidos pela legislação aplicada a eles, e o eventual uso de informações de forma inadequada é passível de punição, o que já é objeto da investigação policial.

O CSJT está atuando junto aos tribunais Regionais e autoridades competentes para levantamento de informações e ampliação do monitoramento e segurança.

Consulte se seu processo foi acessado.

Coordenadoria de Comunicação Social
Texto e imagem: TST

866

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) informa que, a partir do próximo dia 3 de novembro, o acesso ao Processo Judicial Eletrônico (PJe) por usuários externos (advogados, peritos e partes) passará a exigir a autenticação em múltiplos fatores (MFA) utilizando código gerado no celular.

O fluxo de autenticação se dará da seguinte forma:

1) o usuário se autentica no sistema PJe com seu usuário e senha ou certificado digital

2) no primeiro acesso, será exibido um QR Code para ser lido por um aplicativo autenticador previamente instalado no celular (Google Authenticator, FreeOTP ou similar);

3) o usuário deverá informar o código temporário de 6 dígitos gerado pelo aplicativo para concluir o acesso; e

4) nos acessos seguintes, o usuário seguirá os passos 1 e 3.

Este novo modelo elimina a dependência de envio de códigos por e-mail e garante maior disponibilidade e segurança no processo de autenticação.

Para configurar o Múltiplo Fator de Autenticação, acesse aqui o Manual.

Coordenadoria de Comunicação Social
Texto e imagem: TRT/RS 

 

Promoção por antiguidade foi oficializada em cerimônia realizada na presidência do TRT-11

863 O juiz do Trabalho Vítor Graciano de Souza Maffia foi empossado como titular da 2ª Vara do Trabalho de Boa Vista (RR) durante cerimônia realizada nesta sexta-feira (31), no Tribunal Regional do Trabalho da 11⁠ª Região (AM/RR). A solenidade foi conduzida pelo presidente do TRT-11, desembargador Jorge Alvaro Marques Guedes.

Durante a cerimônia, o presidente do TRT-11 destacou a trajetória do magistrado e desejou êxito na nova etapa da carreira. “O doutor Vítor Graciano vem se dedicando à magistratura trabalhista, com seriedade e compromisso. Agora, assume a vaga como juiz titular e, em nome do Tribunal, desejo ao senhor boa sorte nessa nova missão. Que continue honrando o nome da Justiça do Trabalho na nossa região. Sucesso e felicidades”, declarou.865O juiz do Trabalho Vítor Graciano Maffia ao lado do presidente do TRT-11, desembargador Jorge Alvaro, durante cerimônia de posse

Promovido por antiguidade, o novo juiz titular ingressou na Justiça do Trabalho em 2013 e, desde então, atuou como juiz substituto nos estados do Amazonas e de Roraima. Agora, assume a 2ª VT de Boa Vista, reforçando o compromisso com uma atuação séria e próxima da sociedade. 

“Nosso papel é entregar uma Justiça do Trabalho séria, eficiente e acessível, sempre aberta ao diálogo com a sociedade e suas instituições”, afirmou ao tomar posse. O magistrado também destacou a relevância da conciliação como ferramenta para a pacificação dos conflitos e ressaltou o papel da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do Ministério Público do Trabalho (MPT) na construção de uma Justiça trabalhista mais colaborativa e resolutiva. 

Para ele, a expectativa é de que a nova gestão contribua para ampliar o acesso da população aos serviços da Justiça do Trabalho. “Queremos ampliar o alcance da Justiça e facilitar o diálogo com quem mais precisa,” enfatizou.

A mãe do magistrado, Rosa Alice Maffia, esteve presente na cerimônia, reforçando o caráter simbólico do momento, marcado por reconhecimento e continuidade na trajetória profissional do juiz do Trabalho.

864Juiz Vítor Graciano ao lado de sua mãe, Rosa Alice Maffia

Coordenadoria de Comunicação Social
Texto: Jonathan Ferreira
Fotos: Marlon Ferreira

Capacitação de magistrados e adoção de ferramentas inteligentes impulsionam inovação no TRT-11

860Com o avanço da Inteligência Artificial (IA) na sociedade, a Justiça do Trabalho acompanha essa evolução e passa a incorporar, cada vez mais, ferramentas tecnológicas para otimizar a tramitação processual, automatizar tarefas repetitivas e apoiar a tomada de decisões. Nesse contexto, o Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (AM/RR) promoveu, em outubro, a XXIII Jornada Institucional dos Magistrados do Trabalho (Jomatra), voltada à qualificação de juízes e desembargadores do TRT-11.

Com o tema “A Nova Face da Justiça do Trabalho nos Tempos da Inteligência Artificial: O Futuro na Palma da Mão”, o evento promovido pela Escola Judicial (Ejud11) teve como objetivo qualificar os magistrados para os desafios da era digital, em sintonia com as tendências tecnológicas que vêm transformando o Judiciário. Ao longo da semana, a Jomatra abordou o uso prático da inteligência artificial por meio de oficinas temáticas e interativas. Os magistrados foram capacitados na criação de comandos e assistentes no CHAT-JT, exploraram os fundamentos da IA generativa e discutiram suas implicações éticas, além de conhecerem ferramentas como Gemini, Notebook LM, GPT e Flowise para o desenvolvimento de agentes e aplicativos sem necessidade de programação.

O TRT-11 se alinha ao movimento de modernização adotado por outros tribunais da Justiça. De acordo com a Pesquisa IA no Poder Judiciário 2024, divulgada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), 45,8% dos tribunais e conselhos já utilizam ferramentas de inteligência artificial, especialmente em tarefas relacionadas à produção, aprimoramento e análise de textos. Mesmo os órgãos que ainda não adotaram essas tecnologias, 81,3% manifestaram intenção de implementá-las. Esse cenário de crescente adesão à IA está em sintonia com iniciativas como o Programa Justiça 4.0, criado em 2020 a partir de um acordo entre o CNJ e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), com apoio de outros órgãos do Judiciário.

A desembargadora Ruth Barbosa Sampaio, diretora da Escola Judicial, destacou positivamente o engajamento dos magistrados na Jomatra e o impacto da iniciativa na superação de barreiras culturais e técnicas. “Esta ação representou um marco importante, quebrando resistências e abrindo caminho para uma nova era de inovação e eficiência no sistema de Justiça."

Já o juiz do Trabalho Igo Zany Nunes Corrêa, vice-diretor da Ejud11, classificou o evento como um ponto de partida para o aprofundamento das discussões sobre o uso da inteligência artificial no Judiciário. O magistrado ressaltou que o encontro proporcionou “um momento de reflexão e reconhecimento do atual estágio de aprendizado tecnológico,” além de marcar o início de um calendário permanente de cursos voltados a “temas matemáticos aplicados ao cotidiano da magistratura”.

Importância

Para os magistrados do TRT-11, a qualificação em inteligência artificial é essencial para acompanhar as transformações tecnológicas que impactam diretamente a atividade jurisdicional. A juíza do Trabalho Gisele Loureiro de Lima destaca que a tecnologia tem desempenhado um papel transformador no cotidiano da magistratura, especialmente com o avanço da IA. “A inteligência artificial chegou para potencializar a atividade do Judiciário, podendo ser amplamente utilizada como apoio nas atividades judiciárias. Revisão de documentos, localização de informações em textos extensos, resumo de tópicos presentes em petições e até mesmo a classificação de petições semelhantes são apenas algumas das possibilidades.” 862

Com atuação no interior do Amazonas, o juiz do Trabalho André Luiz Marques Cunha Junior observa que a IA vem se consolidando como uma assistente dos magistrados, ao assumir tarefas mecânicas e repetitivas. Segundo ele, separar processos semelhantes, localizar decisões anteriores ou redigir versões iniciais de documentos simples são atividades que podem ser realizadas com mais agilidade por meio dessas ferramentas. “Isso nos dá mais tempo de qualidade para fazer o que é essencial: analisar com calma os detalhes de cada caso, ouvir as pessoas e garantir que a decisão final seja justa e humana. A grande regra é: a IA ajuda, mas a decisão é sempre do juiz”, pontua.

O magistrado acrescenta que, com a capacitação, os juízes passaram a contar com mais recursos para utilizar a inteligência artificial de forma segura e eficiente no dia a dia. “O desafio técnico e ético é garantir que o juiz jamais transfira a responsabilidade da decisão para a máquina. É preciso que o magistrado entenda o que a IA fez, verifique se está certo e, só então, decida com base em sua própria consciência e conhecimento jurídico. A IA é uma ferramenta que sugere, mas o juiz é quem decide. Junto a isso, é necessário garantir a imparcialidade, evitando que a IA cometa erros ou repita preconceitos que possam estar nos dados.”

O juiz do Trabalho André Fernando dos Anjos Cruz também reforça que o uso da inteligência artificial deve estar a serviço da Justiça, sem perder de vista o papel humano e sensível da magistratura. “A inteligência artificial é uma ferramenta que potencializa a Justiça do Trabalho, garantindo que a tecnologia sirva para acelerar o processo, e não para substituir a insubstituível sensibilidade do juiz e a busca incessante pela decisão justa. A rotina pode ser simplificada, tarefas administrativas podem ser otimizadas, e isso pode auxiliar muito bem os servidores que dão suporte nessa área. Penso que o impacto é mais positivo do que negativo, se soubermos utilizá-la com sabedoria e humanidade”, enfatiza.

861

Coordenadoria de Comunicação Social
Texto: Jonathan Ferreira
Fotos: Roumen Koynov

Evento busca promover soluções consensuais e fortalecer a cultura do diálogo

859Tribunais de todo o Brasil se preparam para a 20ª Semana Nacional da Conciliação, que será realizada de 3 a 7 de novembro de 2025. A iniciativa, coordenada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), tem como objetivo aproximar o cidadão da solução de seus conflitos.

Durante essa semana, os órgãos do Judiciário realizam uma força-tarefa para resolver o maior número possível de conflitos judiciais, com menos burocracia, em menor tempo e assegurando os direitos das partes. Processos com potencial para acordo foram selecionados pelos tribunais para participar do evento. Além disso, as partes interessadas na conciliação também puderam fazer a inscrição de processos pelos canais oficiais.

Audiências

No âmbito do TRT-11, as audiências de conciliação serão: nas 19 Varas do Trabalho de Manaus, nas três VTs de Boa Vista, nas 10 VTs do interior do Amazonas, além dos Centros de Mediação (Cejuscs-JT) localizados em Manaus e em Boa Vista. Todas as audiências são orientadas pelos princípios de informalidade, simplicidade e flexibilidade processual.

A coordenadora do Cejusc-JT de 2º Grau do TRT-11, desembargadora Ruth Barbosa Sampaio, destaca que a conciliação tem um papel essencial na Justiça do Trabalho. “Cada acordo firmado fortalece a cidadania e amplia a confiança da sociedade no Poder Judiciário. Além disso, o trabalho do Centro de Conciliação contribui para reduzir o tempo de tramitação dos processos e aumentar as chances de cumprimento das obrigações assumidas”, enfatiza.

Conciliar É legal

Com o tema "Conciliar É legal", a Semana Nacional da Conciliação do CNJ busca incentivar a resolução consensual dos conflitos, aproximando as partes de um acordo, de forma mais célere e com menos burocracia.

Existem dois tipos de conciliação: a processual, quando o caso já está em andamento na Justiça; e a pré-processual ou informal, que ocorre antes de o processo ser instaurado. Nessa última, o interessado busca uma solução com o auxílio de conciliadores ou mediadores. O Cadastro Nacional de Mediadores e Conciliadores Judiciais (CCMJ) conta, atualmente, com 13.325 profissionais para auxiliar na resolução pacífica de um conflito, seja ele judicial ou ainda na fase pré-processual.

Números

Na XIX Semana Nacional da Conciliação, realizada em novembro de 2024, o TRT-11 alcançou resultados expressivos, movimentando mais de R$ 11,3 milhões em acordos para o pagamento de dívidas trabalhistas. Foram realizadas mais de 2 mil audiências, totalizando 692 conciliações homologadas.

Durante esta edição, o Regional atendeu 7,4 mil pessoas e arrecadou R$ 1,9 milhão em Imposto de Renda (IR) e R$ 1,7 milhão destinado à Previdência Social. O índice de conciliações realizadas pelo TRT-11 foi de 33,19%, representando um aumento de 8% em relação ao evento de 2023.

Coordenadoria de Comunicação Social
Texto: CoordCom, com informações do CNJ
Imagem: CNJ

 

Nova Logo Trabalho Seguro 02 PAGINA INICIAL BARRA PROGRAMAS 2 TRABALHO INFANTIL Nova Logo Trabalho Escravo PAGINA INICIAL BARRA PROGRAMAS 5 PJE PAGINA INICIAL BARRA PROGRAMAS 6 EXECUÇÃO |PAGINA INICIAL BARRA PROGRAMAS 7 CONCILIAÇÃO