Teve início na manhã desta quarta-feira (19/10) a VI Jornada Institucional dos Magistrados (Jomatra), que reúne, até sexta-feira (21/10), juízes e desembargadores do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 11ª Região (Amazonas e Roraima), para discussões sobre o tema "A realidade prática do novo Código de Processo Civil". Neste contexto, a primeira palestra do dia abordou a busca da excelência em tempos de grandes mudanças.
A Jomatra é realizada duas vezes ao ano e, nesta sexta jornada, programou discussões sobre os desafios apresentados à Magistratura do Trabalho a partir do novo Código de Processo Civil (CPC), em vigor desde março deste ano.
Durante a abertura do evento, o vice-presidente do TRT11, desembargador Lairto José Veloso, falou sobre o "difícil ofício de julgar" e convidou os magistrados a aproveitar as considerações sobre os eixos temáticos que serão abordados nos três dias de evento.
O diretor da Escola Judicial (Ejud), desembargador David Alves de Mello Júnior, ressaltou sua satisfação de coordenar a VI Jomatra, contornando restrições orçamentárias locais ao obter da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (Enamat) recursos para realizá-la no segundo semestre deste ano, evitando o comprometimento do cronograma anual, a fim de possibilitar o maior número de horas-aulas aos magistrados do TRT11. "O juiz de hoje tem de estar em constante processo de aprendizagem para atingir a melhor prestação jurisdicional", disse o diretor da Ejud, manifestando seu entusiasmo pelos temas escolhidos.
A busca da excelência
Um convite à reflexão sobre "Excelência em Tempos de Grandes Mudanças". Esta foi a proposta da filósofa, educadora, pesquisadora e escritora Dulce Magalhães, PhD em Planejamento de Carreira pela Columbia University (USA), que proferiu a palestra de abertura da VI Jomatra.
Autora dos livros "O Foco Define a Sorte", "Manual da Disciplina para Indisciplinados" "Superdicas para Administrar o Tempo e Aproveitar Melhor a Vida" e "Mensageiro do Vento – Uma Viagem pela Mudança", a escritora convidou os magistrados a pensar na excelência aplicada em todos os aspectos da vida pessoal e profissional e a "mudar o olhar para mudar o mundo".
De acordo com a palestrante,"excelência é colocar competência em todas as áreas da vida", destacando que o ser humano é movido por demandas. "Os cidadãos estão mais conscientes de seus direitos e isso se reflete nas exigências perante as instituições públicas", explicou.
Dulce Magalhães citou, ainda, a velocidade da informação, que requer o aprimoramento constante das instituições, contextualizando-a no âmbito do Poder Judiciário. "Hoje, por exemplo, você pode acompanhar seu processo pela internet e não é mais necessário ir ao fórum. Essa velocidade da informação é diretamente proporcional ao contexto de mudanças que vai gerar", acrescentou. Na análise da estudiosa do tema, ao vivenciar um tempo de informação célere, a sociedade passa a cobrar, cada vez mais, qualidade e agilidade no âmbito das instituições públicas, o que antes nem se imaginava ser possível. Ela ressaltou que a busca pela excelência mostra-se um processo de transformação irreversível, pois os cidadãos estão ficando intolerantes quanto ao que não funciona bem.
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