O evento destinado ao público interno abordou o tema Felicidade associado ao bem estar e à sustentabilidade.
Organizada pelo Centro de Memória do TRT-11 (Cemej11), a palestra “Felicidade: passado, presente e futuro” ocorreu no último dia 22 de maio, no auditório do prédio administrativo do TRT da 11ª Região, em Manaus, e foi ministrada pela servidora Marie Joan Nascimento Ferreira, Doutora em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia, pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM). O evento integrou a programação da 21ª Semana Nacional de Museus, promovida pelo Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), que tem teve como tema “Museus, sustentabilidade e bem-estar”.
A palestrante trouxe uma abordagem da felicidade associada ao bem estar dos cidadãos e à questão da sustentabilidade, em consonância à proposta do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM) que objetiva destacar a importância dos museus como espaços que promovem o bem-estar e a sustentabilidade. Além disso, o tema está relacionado aos três Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU): Saúde e Bem-Estar Global, Ação Climática e Vida na Terra.
A desembargadora Solange Maria Santiago Morais, diretora do Centro de Memória deste Regional realizou o pronunciamento oficial de abertura, saudando os presentes e ressaltando a importância da palestra como o marco inicial para os trabalhos desenvolvidos pelo Centro de Memória - CEMEJ11 em 2023. “Fico muito satisfeita com este evento, ainda mais por ser a palestrante uma servidora da casa há 20 anos, disposta a compartilhar os conhecimentos adquiridos com seus estudos com a nossa comunidade do Tribunal”, destacou. A diretora da Coordenadoria do Cemej11, Cynthia Maria Donadio Ribeiro, fez a apresentação do tema proposto e da palestrante.
Museus, Felicidade, Sustentabilidade e Bem-estar
A palestrante Marie Joan iniciou pontuando que a sustentabilidade trata da relação do homem com a natureza, com o meio ambiente em que está inserido e o que podemos fazer para o desenvolvimento sustentável desta relação homem/meio ambiente, visando um legado próspero para as próximas gerações. “Os museus, exercem papel ativo nesta missão, na medida em que é necessário conhecer nosso passado, para viver bem nosso presente e poder trazer um futuro melhor para os nossos descendentes”, destacou.
A pesquisa de mestrado e de doutorado desenvolvida pela servidora-palestrante, trata sobre o tema “Felicidade”, que se relaciona diretamente com o bem estar do ser humano em sociedade. Ressaltou ainda que a proposta felicidade a que se refere em sua tese é a de uma felicidade como exercício pleno de cidadania, na medida em que se tenha mais conhecimento e consciência de nossos direitos, muitas das vezes desconhecidos pela maior parte da população.
Para exemplificar, contou que presenteou uma colaboradora sua, que possui dois filhos autistas, com as fitas estampadas com o quebra-cabeças colorido, símbolo do Autismo, para que ela identificasse seus filhos quando saísse com eles. Ao levar seus filhos ao cinema, usando as fitas com a identificação, a mãe descobriu que eles não precisavam pagar a entrada e ela, como acompanhante, tinha 50% por cento de desconto. “Esta é a proposta trazida aqui nesta palestra: buscar fomentar um conceito de felicidade como cidadãos: a de conhecer nossos direitos e com isso ter um maior bem estar em nossas vidas”, comentou.
Para a palestrante, poder exercer os nossos direitos é a grande felicidade, o nosso grande bem estar. No momento em que se exercem os direitos com plenitude, também estamos tratando de sustentabilidade e da relação com o meio ambiente, que não é somente fauna e flora, abrange também vários aspectos: o nosso meio ambiente financeiro, o meio ambiente do trabalho, o familiar, o social. E todos estes aspectos do meio ambiente são parte de nosso bem estar, o que reflete a etimologia da palavra felicidade que significa fertilidade e abundância.
A Felicidade no mundo
Desde 2012, anualmente, a ONU divulga o Relatório Mundial da Felicidade (World Hapiness Report - WHR) no dia 20 de março, data em que se celebra o Dia Mundial da Felicidade. Nos primeiros anos, desde o início da publicação deste relatório, o Brasil ficou entre os 20 primeiros países com maior taxa de felicidade, no entanto, decaiu no ranking, tendo figurado na 49ª posição na edição de 2023 do WHR.
Mesmo havendo diferentes visões sobre o que é felicidade, as pessoas passaram a acreditar que o sucesso de um país deveria ser avaliado pela felicidade de seu povo nos últimos anos, como reforçado na edição 2023 do WHR. Tornou-se, assim, um objetivo nacional claro e permanente, pois na medida em que a população de um país experimenta níveis elevados de satisfação geral em virtude de uma vida saudável e próspera, alcançando o país mais desenvolvimento.
A palestrante disse que, nos EUA, já são oferecidos cursos de pós-graduação sobre a felicidade, bem como disciplinas que tratam sobre o tema nos cursos de graduação. Isso reflete os objetivos ligados à uma governança pública que valoriza o lado social para tentar alcançar a felicidade do povo das mais variadas formas.
Texto: Zayra Moraes
Fotos: CEMEJ11
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