434O Centro de Memória do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (AM/RR), Cemej11, recebeu, no dia 9 de junho, a visita de cortesia da desembargadora do Trabalho Adriana Goulart de Sena Orsini, do TRT da 3ª Região (MG), coordenadora da Comissão Permanente de Avaliação Documental (CPAD) do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ela foi acolhida pela diretora do Cemej11, desembargadora Solange Maria Santiago Morais.

A desembargadora do TRT-3 esteve em Manaus para participar, na condição de Orientadora, da defesa da tese de doutorado da professora Dorinethe dos Santos Bentes, intitulada “Acesso à Justiça do Trabalho pela via dos Direitos: um olhar sobre a aplicação do jus postulandi no contexto amazonense”, pela UFMG em parceria com a Universidade do Estado do Amazonas (UEA).

O intuito da visita da magistrada Adriana Orsini foi em agradecimento ao apoio do Centro de Memória deste Regional na realização da pesquisa, cuja tese foi baseada na análise de reclamatórias verbais trabalhistas, autuadas nas Varas do Trabalho no interior do Amazonas (Coari, Eirunepé, Humaitá, Itacoatiara, Manacapuru, Parintins, Presidente Figueiredo, Tabatinga e Tefé), no período de 2016 a 2020. O material foi coletado por meio do Sistema de Processo Judicial Eletrônico – Pje.

Acompanharam a visita ao Cemej11 a professora Dra. Tereza Cristina Sorie Baracho Thibau, da UFMG; o prof. Dr. Lucas Jerônimo Ribeiro da Silva, da Universidade Internacional da Paz de São Paulo (UNIPAZ); a doutoranda Dorinethe dos Santos Bentes, da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Eles foram ciceroneados pelo juiz substituto Igo Zani Nunes Corrêa, vice-diretor da Escola Judicial do TRT-11 (Ejud11).

Coordenadoria de Comunicação Social
Texto: Cemej11, com edições da Comunicação.
Fotos: Cemej11

Acordo homologado na 3ª Vara do Trabalho de Boa Vista (RR) solucionou processo que tramita há três anos.

430Uma construtora vai indenizar em mais de R$ 374 mil a família de um ajudante de obras que morreu soterrado em Boa Vista (RR). O acordo entre as partes foi homologado em audiência de conciliação na 3ª Vara do Trabalho de Boa Vista (RR), sob a condução do juiz substituto Vitor Graciano de Souza Maffia, no último dia 30 de maio. O êxito na solução consensual garantiu o pagamento mais célere da indenização por danos morais e materiais à viúva e aos quatro filhos menores do trabalhador falecido.

Em tramitação há três anos no Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (AM/RR), o processo já tinha condenação definitiva com o reconhecimento da responsabilidade da construtora e o consequente dever de indenizar. O trabalhador faleceu em 25 de janeiro de 2020, aos 28 anos de idade, vítima de soterramento durante a escavação de uma obra para ampliação da rede de esgoto no bairro Caimbé, na zona Oeste da capital roraimense. Na época, a esposa estava grávida do quarto filho do casal.

Conforme os termos do acordo, após depositar a entrada de 30% no dia 9 junho, a empresa pagará o restante em seis parcelas, com data de vencimento no dia 12 de cada mês, de julho a dezembro de 2023. Em caso de inadimplência, o magistrado determinou a aplicação de multa de 10% por dia de atraso (até o limite de dez dias úteis), além do vencimento antecipado das parcelas subsequentes e execução imediata do acordo. Após a quitação da última parcela, os autos serão arquivados. Ainda conforme a ata de audiência, o Estado de Roraima (contratante do serviço) foi excluído da lide.

Entenda o caso

Conforme a ação trabalhista ajuizada no TRT-11 em 15 de maio de 2020, a construtora prestava serviços ao Estado de Roraima e foi contratada para a obra de ampliação da rede de esgoto em Boa Vista. O ajudante de obras trabalhou para a empresa durante quase dois anos até ser vitimado no acidente fatal. Entre as provas anexadas no processo, constam a Comunicação do Acidente de Trabalho (CAT) e a certidão de óbito que aponta asfixia mecânica por soterramento como causa da morte.

O juiz titular da 3ª Vara do Trabalho de Boa Vista, Raimundo Paulino Cavalcante Filho, proferiu sentença em 27 de outubro de 2021. A construtora e o Estado de Roraima foram condenados solidariamente ao pagamento de R$ 990,5 mil a título de indenização por danos morais e materiais.

Com base nas provas, o magistrado considerou que "a ocorrência do acidente de trabalho típico e o resultado danoso, mostram-se sobejamente demonstrados, além de constituírem fatos incontroversos reconhecidos pelas próprias partes". Ainda na decisão, ele salientou a responsabilidade do empregador pelo direcionamento da atividade econômica e o dever legal de zelar pela integridade física e psíquica dos empregados.

Em 2º grau, o valor indenizatório foi reduzido em julgamento realizado no dia 22 de agosto de 2022. Ao dar parcial provimento aos recursos da construtora e do Estado de Roraima, a 3ª Turma do TRT-11 definiu novos parâmetros para os cálculos de danos morais e materiais. O total da condenação foi fixado em R$ 260,5 mil, mantendo a responsabilidade solidária da reclamada e do litisconsorte.

Inconformada com a decisão, a parte autora recorreu ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), mas o recurso foi negado em 23 de fevereiro deste ano. Após o trânsito em julgado, o processo retornou à 3ª Vara do Trabalho de Boa Vista para prosseguimento do feito, com atualização dos cálculos e início da execução.


Coordenadoria de Comunicação Social
Texto: Paula Monteiro
Arte: Banco de Imagens

A média considera somente vínculos regulares de emprego e alerta para vulnerabilidade dos mais jovens no mercado de trabalho.

428De 2012 a 2022, ao menos 55 adolescentes de 14 a 17 anos morreram nesse tipo de ocorrência.O trabalho infantil mata, mutila e fere. Dados oficiais demonstram isso: no Brasil, em média, cinco adolescentes são vítimas de acidentes de trabalho todos os dias. Esse é apenas um dos aspectos de um problema muito amplo que motivou a Organização Internacional do Trabalho (OIT) a, em 2002, instituir o dia 12 de junho como o Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil.

De 2012 a 2022, ao menos 55 adolescentes de 14 a 17 anos morreram nesse tipo de ocorrência. Ao todo, nesse período, foram registrados 21 mil acidentes de trabalho envolvendo menores de idade. Somente no ano passado, foram 1.242 acidentes.

Os dados são do Observatório da Prevenção e da Erradicação do Trabalho Infantil, disponibilizados pelo SmartLab - Observatório da Prevenção e da Erradicação do Trabalho Infantil, iniciativa conjunta do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da OIT Brasil. Os números consideram somente os casos de vínculo de emprego regular, o que acaba escondendo uma realidade que tende a ser muito pior, em razão das subnotificações e das atividades informais, além da conivência e da omissão dos adultos.

Futuro em risco

No Brasil, é considerado trabalho infantil aquele realizado por crianças ou adolescentes com menos de 16 anos, a não ser na condição de aprendiz (a partir de 14 anos). E, mesmo para se tornar aprendiz, há requisitos a serem observados, como a proibição do trabalho em locais prejudiciais à formação, ao desenvolvimento físico, psíquico, moral e social ou que impeça a frequência à escola.

Para o ministro Evandro Valadão, do Tribunal Superior do Trabalho, coordenador nacional do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem da Justiça do Trabalho, sujeitar crianças e adolescentes ao trabalho precoce ou, ainda que com vínculo formal, a condições inadequadas para a idade tem impactos que podem durar a vida toda. “Em vez de trazer aprendizado, o trabalho precoce coloca em risco o futuro desses meninos e dessas meninas. Muitas vezes, eles se tornam vítimas de lesões, doenças, maus tratos, violências físicas e psicológicas que impossibilitam a construção de uma vida adulta saudável”, ressalta o ministro. “A fragilidade das vítimas dessa prática é inerente, porque ainda estão em desenvolvimento, não têm maturidade física e mental. Combater o trabalho infantil é prioridade absoluta e vincula toda a sociedade”.

Cofundador dos Comitês de Adolescentes contra o Trabalho Infantil, rede presente em 16 estados brasileiros que trabalha na prevenção e na conscientização sobre o tema, o jovem Felipe Caetano é um ativista no enfrentamento ao trabalho infantil, com o qual ele próprio conviveu dos 8 aos 14 anos de idade. “Estamos falando de jovens que morrem, que perdem partes dos corpos, que se tornam pessoas com deficiência por conta do acidente de trabalho. Isso é resultado da natureza do trabalho que desenvolvem, que é indignificante, exploratório, que retira a vida e a saúde de crianças e adolescentes”, alerta.

Enfrentamento

Criado em 2012, o Programa de Enfrentamento ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem tem ramificações na Justiça do Trabalho em todo o Brasil e busca sensibilizar e instrumentalizar juízas, juízes, servidoras e servidores e toda a sociedade para reconhecer o trabalho infantil como grave forma de violação de direitos humanos. O objetivo é congregar esforços nessa luta para erradicar o trabalho precoce no país.

Assim como tem feito há uma década, em 2023 o programa busca intensificar suas ações no mês de junho, que marca o Dia Mundial e Nacional contra o Trabalho Infantil. Na edição deste ano, o programa tem focado em três frentes:

BANNER 1170 TRABALHO INFANTIL MUTILA


Danos para a vida toda

Um dos casos que tramitou na Justiça do Trabalho do Espírito Santo e chegou à Terceira Turma do TST é exemplo dessa realidade. Um adolescente de 17 anos teve os dedos da mão direita decepados enquanto operava uma serra circular utilizada no corte de madeira, em uma microempresa. Era o terceiro dia de trabalho dele, que havia sido contratado como auxiliar de escritório.

Para a Justiça do Trabalho, além de estar em desvio de função, o adolescente havia operado o equipamento sem ter nenhum conhecimento técnico para tanto. Com a perda dos dedos, sua capacidade de trabalho foi reduzida em cerca de 60%, além do abalo psicológico e do impacto na autoestima e na socialização. A empresa foi condenada a pagar indenização por danos morais e estéticos.

Abusos e morte

Em outro caso, dessa vez no Mato Grosso do Sul e julgado pela Primeira Turma do TST, um adolescente morreu após ser vítima de uma suposta “brincadeira” do proprietário e de um ajudante no lava a jato em que trabalhava, em 2017. Os dois introduziram o bico da mangueira do compressor de ar nas nádegas do rapaz. Ele morreu alguns dias depois, em decorrência de uma hemorragia interna no esôfago, que teria se rompido com a entrada do ar comprimido no corpo.

O MPT ajuizou ação civil pública contra a empresa e seu sócio, argumentando que havia trabalho infantil ou de adolescentes no lava a jato e que os jovens eram expostos a abusos físicos, psicológicos ou sexuais, além de ilegalidades referentes ao meio ambiente e à segurança do trabalho. O dono da empresa foi condenado a pagar indenização por dano moral coletivo. Ele e o ajudante também foram condenados, na esfera criminal, a pena de 12 anos por homicídio qualificado doloso.

“Inclusão excludente”

No Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2019 havia 1,8 milhão de jovens e crianças inseridos indevidamente no mercado de trabalho, sendo que 706 mil nas piores formas de trabalho. Os dados, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), indicaram ainda que cerca de 25% dos jovens de 16 a 17 anos que trabalhavam cumpriam jornadas de mais de 40 horas, violando a legislação.

Segundo o ministro Evandro Valadão, estudos sinalizam que os números são ainda maiores. Para ele, o trabalho infantil provoca a “inclusão excludente” de seres humanos em formação. “A criança é incluída prematuramente nas atividades laborais, mas se exclui da possibilidade de ter o desenvolvimento pleno e de se inserir de forma qualificada no mercado de trabalho”, diz. “Isso reproduz ciclos de miséria e de pobreza, diretamente associados a altas taxas de evasão escolar, e risco à integridade biopsicossocial, restringindo as perspectivas de trabalho decente na vida toda”.

O impacto se dá principalmente sobre os mais empobrecidos e sobre a população negra. Crianças e adolescentes pretos e pardos, conforme o IBGE, são significativamente mais penalizados, uma vez que representavam 66,1% do contingente de trabalhadoras e trabalhadores infantis em 2019, contra 32,8% da cor branca.

Para Felipe Caetano, o trabalho precoce “mata a perspectiva de vida” e contribui significativamente para o abandono escolar. “Quando você trabalha, chega cansado para estudar e tem menos interesse na escola. É por isso que o trabalho diminui o contato com a educação. Ele faz com que essas crianças e adolescentes não estejam no ambiente educacional no mesmo nível de competitividade de quem não está no trabalho infantil”, ressalta.

Nas famílias

Segundo dados da OIT, a maior parte dos casos de trabalho infantil ocorre dentro das famílias, principalmente em fazendas ou microempresas familiares. A Organização alerta que, apesar da percepção comum de que as famílias são locais seguros, o trabalho infantil nesses casos é frequentemente perigoso. Para se ter uma ideia, mais de 25% das crianças de 5 a 11 anos e quase 50% dos adolescentes de 12 a 14 anos que estão em situação de trabalho infantil baseado nas famílias estão suscetíveis a condições capazes de prejudicar sua saúde, sua segurança ou sua integridade psíquica.

Legislação

A Constituição Federal, no artigo 227, prevê que “é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda a forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”. Também proíbe o trabalho de pessoas com menos de 16 anos, exceto na condição de aprendiz, a partir dos 14 anos.

Além disso, o Brasil ratificou duas convenções internacionais da OIT: a Convenção 138, que fixa a idade mínima para admissão, e a Convenção 182, que trata da proibição das piores formas de trabalho infantil e da ação imediata para sua eliminação.

(Natalia Pianegonda/AJ/CF)

Descrição da imagem: Imagem com close na mão de uma criança suja de terra. Ela está segurando raízes colhidas durante trabalho infantil

Fonte: CSJT

Programação diversificada teve também solenidade de reafirmação dos princípios da Carta da Terra Internacional

429No dia 5 de junho – Dia Mundial do Meio Ambiente, o TRT-11 participou de solenidade de reafirmação dos valores e princípios da Carta da Terra Internacional, declaração global para um futuro sustentável do planeta. Realizado pelo Instituto Soka Amazônia, o evento “Consciência e Ação: Cuidar da Vida, Proteger o Planeta” contou com a presença do presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (AM/RR), desembargador Audaliphal Hildebrando da Silva; da diretora executiva da Organização Carta da Terra Internacional, Mirian Vilela; e da Comitiva Soka Gakkai do Japão.

A Carta da Terra é um documento internacional diretamente ligado a proteção do meio ambiente. É uma declaração global para um futuro sustentável, com visão sistêmica que reúne quatro princípios fundamentais e indissociáveis: 1) cuidar da comunidade; 2) integridade ecológica; 3) ambiente de paz, democracia, não-violência; e 4) justiça social e econômica.

Ações realizadas

Ainda como parte da programação da Semana do Meio Ambiente, no dia 7 de junho o TRT-11 realizou a doação de 250 mudas de árvores nativas da Floresta Amazônica, frutíferas e ornamentais. Promovido no Fórum Trabalhista de Manaus, o evento faz parte do Projeto Arborizar, realizado anualmente pelo Regional em parceria com a Secretaria do Meio Ambiente (Semmas). A ação visa colaborar para a ampliação das áreas verdes da cidade, envolvendo a população nesse processo. A distribuição de mudas contou com a adesão de magistrados, servidores e jurisdicionados.

Em 8 de junho, o Grupo de Trabalho designado para elaboração do Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) no âmbito do TRT da 11ª Região participou de uma ação ambiental no barco-escola da Startup Tree Earth. A iniciativa contou com palestras sobre educação ambiental e plantio de árvores em uma área degradada da Floresta Amazônica. Participaram os servidores do TRT-11 integrantes do GT: Hylace M. Braga Filho, Paula Sauer Diehl e Vicente Fernandes Tino.

Acordo de cooperação

Neste momento, o TRT-11 estuda proposta para formalização de Acordo de Cooperação Técnica com startup para o desenvolvimento de projetos visando a conscientização ambiental. O acordo ocorrerá por intermédio do Laboratório de Inovação e Sustentabilidade do Regional (Liods), e objetiva a realização de atividades educacionais, plantio de mudas e ações sociais com capacitação de jovens de comunidades ribeirinhas.

As ações realizadas pelo TRT-11 durante a Semana Nacional do Meio Ambiente estão diretamente alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU) por meio do Pacto Global. São atingidos diretamente os ODS n° 13 e 15, que tratam, respectivamente, da “tomada de medidas urgentes para combater a mudança climática e seus impactos” e “proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade”. Também se relacionam os ODS n° 1 e 2, “Erradicação da Pobreza” e “Fome Zero e Agricultura Sustentável”, visto que a recuperação dos ecossistemas impacta diretamente na produção de alimentos e na economia, principalmente aquela ligada à agricultura e indústria.

 

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Texto: Seção Socioambiental, com edições da Comunicação Social.

NOTA DE PESAR

Em nome do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (AM/RR), o presidente da Corte, em exercício, Desembargador Lairto José Veloso manifesta pesar pelo falecimento do advogado Antônio Pinheiro de Oliveira, na manhã desta segunda-feira, dia 12.06.2023, em Manaus.

O Dr. Antônio Pinheiro foi um advogado de larga experiência, que militou por quase 5 (cinco) décadas nesta Justiça do Trabalho, pessoa de cultura inexcedível, que honrou e dignificou a advocacia neste Estado.

É uma perda muito grande para todo o Direito, não só para a advocacia, pelo muito que prestou para a causa da Justiça, com uma advocacia ética, técnica e, sobretudo, humana.


Lairto José Veloso
Desembargador Presidente do
TRT da 11ª Região, em exercício

409A Justiça do Trabalho iniciou, nesta segunda-feira (12/6), a Consulta Pública Metas Nacionais para 2024 - Processos Participativos. O objetivo da pesquisa, que prossegue até o próximo domingo (18/6), é saber a opinião de quem utiliza os serviços oferecidos para, em 2024, adotar esforços alinhados ao interesse público e em prol da melhoria da prestação jurisdicional. Acesse AQUI

A sua contribuição é essencial para o aprimoramento da jurisdição e tem, entre os objetivos, cumprir os macrodesafios definidos na Estratégia Nacional do Poder Judiciário de 2021-2026. Podem participar da pesquisa:

  • Empregadas e empregados
  • Empresas
  • Advocacia
  • Integrantes do Ministério Público
  • Magistradas e magistrados
  • Servidoras e servidores da Justiça do Trabalho, 
  • Representantes de sindicatos e associações de classe.

Temas
Entre os temas da consulta pública de metas para o próximo ano, estão a percepção de confiança das pessoas na Justiça do Trabalho, a redução do acervo de processos, o incremento e estímulo a formas consensuais de solução de litígios, o investimento em metodologias inovadoras de gestão administrativa e processual, a avaliação dos serviços virtuais, além da adoção de ações relacionadas à Agenda 2030 das Nações Unidas.

Metas nacionais
As metas nacionais do Poder Judiciário representam o compromisso dos tribunais para aprimorar o desempenho da Justiça. Um dos objetivos é entregar à sociedade a prestação jurisdicional mais ágil, efetiva e de qualidade. As metas foram criadas em 2009 e resultaram de acordo firmado pelas presidências dos tribunais para o aperfeiçoamento da Justiça.

Desde então, diversos desafios entraram na pauta das metas nacionais, como o aumento da produtividade judicial, a adoção de soluções consensuais de conflitos, a busca pela razoável duração dos litígios judiciais, a celeridade processual, entre outros. A consulta pública de metas da Justiça do Trabalho é construída colaborativamente pelas unidades de Governança e Gestão Estratégica do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) e dos Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs).

Estratégia Nacional
Estratégia Nacional do Poder Judiciário 2021-2026 foi instituída pela Resolução CNJ 325/2020, após construção democrática e participativa da rede de governança do Poder Judiciário. Assim, foram estabelecidos novos macrodesafios para todo o Judiciário brasileiro. Com esse novo ciclo de planejamento, fortalece-se o processo de formulação participativa e democrática de metas, com a possibilidade de envolvimento de diversos colaboradores na sua elaboração.

 

Coordenadoria de Comunicação Social
Texto: Secom/CSJT com edições

nota de pesar

O Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (AM/RR) comunica, com profundo pesar, o falecimento do servidor Mariolino dos Santos Ferreira, 63 anos, ocorrido ontem (9/6) em Manaus.

Mariolino prestou 31 anos de serviço à Justiça do Trabalho. Ingressou no TRT-11 em fevereiro de 1992, como técnico judiciário, sendo lotado no gabinete da Desembargadora Luiza Maria Pompei Falabela Veiga, onde ficou por 21 anos. Desde 2013 ele trabalhava na Seção de Almoxarifado.

Mariolino era uma pessoa calma, responsável e muito querida pelos colegas que trabalhavam com ele. Deixa esposa e três filhos.

O corpo está sendo velado na funerária Canaã, localizada à Rua Major Gabriel, 1833 – Centro. O enterro acontecerá hoje (10/6) às 15h, no cemitério Recanto da Paz, em Iranduba.

O TRT da 11ª Região presta as suas mais sinceras condolências e solidariedade aos familiares e amigos neste momento de luto e dor.

⭐ 27/12/1959
✝️ 09/06/2023

Haverá o lançamento do 3º Concurso Cultural do TRT-11 voltado para alunos da rede pública do Amazonas e de Roraima

424Dia 12 de junho é o Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil. A data foi instituída pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) em 2002, quando houve a apresentação do primeiro relatório global sobre o trabalho infantil na Conferência Anual do Trabalho. De acordo com os últimos números oficiais divulgados pela Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio (Pnad), em 2019, no Brasil havia 38,3 milhões de pessoas entre 5 a 17 anos de idade, das quais 1,8 milhão estavam em situação de trabalho infantil (4,6%). Desse total, 706 mil estavam ocupadas nas piores formas de trabalho infantil (Lista TIP).

A mesma pesquisa mostrou que o Amazonas possuía um índice de trabalho infantil de 6% da população do Estado entre 5 e 17 anos, representando 56,6 mil pessoas. O índice do Amazonas era maior que a média nacional, de 4,8%. Para sensibilizar a sociedade na luta contra o trabalho infantil, o Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (AM/RR) realizará um Ato Público na próxima segunda-feira, 12 de junho. O evento acontecerá às 8h30 na recepção da sede administrativa do TRT-11, localizada na Avenida Tefé, n° 930, bairro Praça 14, Manaus/AM.

O Ato Público Alusivo ao Dia Nacional de Combate ao Trabalho Infantil é uma realização do Comitê Regional de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo e Aprendizagem do TRT-11, coordenado pela desembargadora corregedora Joicilene Jerônimo Portela. O evento terá a participação do presidente do Tribunal, desembargador Audaliphal Hildebrando da Silva, e de representantes de instituições engajadas na luta contra o trabalho infantil. O Ato Público é aberto para a participação da sociedade.

Concurso cultural

Na ocasião, será lançado o 3º Concurso Cultural do TRT-11, com o tema "Sou família, não abro mão, também sou proteção". Realizado desde 2021, o concurso premia os melhores trabalhos produzidos pelos alunos das escolas públicas dos estados do Amazonas e Roraima, divididos nas categorias de desenho, vídeo e redação. A novidade desta edição do concurso é a inclusão da categoria de música.

O objetivo do concurso é disseminar o combate ao trabalho infantil entre os alunos, mobilizando toda a família e também a sociedade para a importância em manter as crianças nas escolas, longe do trabalho infantil. O edital do concurso deste ano será publicado no dia 12, no portal do TRT-11. A cerimônia de entrega da premiação está prevista para acontecer dia 11 de outubro.

 

O que é: Ato Público Alusivo ao Dia Nacional de Combate ao Trabalho Infantil

Quando: às 8h30 do dia 12 de junho de 2023

Onde: hall de entrada da sede administrativa do TRT-11

End: Avenida Tefé, n° 930, bairro Praça 14. Manaus/AM

INDOOR ARTENOTICIA

O lar batista Janell Doyle foi a entidade contemplada

entrega de livrosO Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (AM/RR) realizou a doação de 233 livros infantis para o Lar Batista Janell Doyle, instituição beneficente localizada no bairro Mauazinho, na Zona sul de Manaus. A entrega aconteceu na última quarta (7/6), na sede da organização, e contou com a presença do juiz do trabalho Igo Zany Nunes Corrêa, vice-diretor da Escola Judicial do TRT-11 (Ejud11); da coordenadora da Ejud11, Rejane Aragão; do servidor Marcos Betti; do diretor de Comunicação, Matheus Santos, e de representantes da instituição beneficiada.
Durante a entrega, o juiz do trabalho Igo Zany afirmou que a campanha cumpre uma missão social da Justiça do Trabalho. “Em 18 de abril iniciamos uma campanha de arrecadação de livros infantis com a finalidade de levar conhecimento e ressaltar a importância do livro para as crianças e adolescentes. Hoje estamos entregando aqui no Lar Janell Doyle mais de 200 livros arrecadados no Tribunal, tanto no Fórum, quanto na sede. As crianças serão enriquecidas pelos livros com esta campanha feita pelo nosso Tribunal”, declarou.

 Campanha

Os livros doados foram arrecadados durante o mês de abril, em campanha realizada pelo TRT-11, através da Ejud11 e da Biblioteca Donaldo Jaña. Lançada no dia 18 de abril, Dia Nacional do Livro Infantil, em homenagem ao nascimento de Monteiro Lobato, a campanha mobilizou os servidores do Regional. Foram disponibilizadas caixas coletoras no hall de entrada dos prédios do TRT-11, na Sede Judiciária, na Sede Administrativa e no Fórum Trabalhista de Manaus. Inicialmente, o período estabelecido para a arrecadação dos livros foi de 18 a 26 de abril de 2023, período posteriormente prorrogado até 5 de maio.

 Sobre a instituição

O Lar Batista Janell Doyle é organização da Sociedade Civil de natureza beneficente, sem fins lucrativos, que atua como acolhimento institucional e familiar para crianças e adolescente. A instituição também trabalha como serviço de convivência e fortalecimento de vínculos para as famílias da comunidade do bairro Mauazinho, além de realizar abordagem social que identifica indivíduos em situação de risco pessoal e social em espaços públicos.
Presente em Manaus há 26 anos, o abrigo é uma casa de acolhida para crianças e adolescentes de 0 a 18 anos, vítimas das mais diversas formas de violência. Para doações e mais informações sobre o lar acessar o site: https://www.larbatistamanaus.org/ e https://www.instagram.com/abrigojanelldoyle/

entrega de Livros 2

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Texto:Zayra Moraes com colaboração de Martha Arruda

Fotos: Matheus Santos

Homenagens emocionantes marcaram a sessão da Primeira Turma no dia 30 de maio

419Da esq. para a dir.: membro do MPT Jorsinei Dourado, juíza Eulaide Lins, des. Alberto Bezerra, des. Rita Alencar, des. Solange Morais e des. David Mello Jr. Lágrimas de emoção, histórias marcantes e saudade antecipada deram o tom da sessão da Primeira Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (AM/RR) realizada no dia 30 de maio. Após décadas de atuação na magistratura trabalhista, a desembargadora Francisca Rita Alencar Albuquerque participou da última sessão de julgamento com pauta de 75 processos e 25 inscrições para sustentação oral.

Na ocasião, a desembargadora que aguarda a publicação do ato de aposentadoria apresentou o exemplar original (datilografado) da primeira sentença que proferiu em 19 de outubro de 1979. O documento histórico, de processo que tramitou na Vara do Trabalho de Itacoatiara, vai compor o acervo do Centro de Memória da Justiça do Trabalho da 11ª Região (Cemej-11).

Membros da magistratura do TRT-11, do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da advocacia, além de servidores, familiares e amigos da magistrada lotaram o plenário do prédio-sede para homenageá-la antes do início dos julgamentos. Nas manifestações carinhosas, todos destacaram o saber jurídico, a delicadeza no trato com as pessoas e a contribuição como professora de gerações de bacharéis em Direito no Amazonas.
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A presidente da Primeira Turma, desembargadora Solange Maria Santiago Morais, declarou aberta a sessão e falou sobre a data emblemática. Enalteceu a coragem, a firmeza e o caráter da integrante da Corte que chegou à última sessão de julgamento como referência no tribunal. ”Parafraseando Roberto Carlos, são muitas emoções. Vossa Excelência carrega dois nomes fortes que homenageiam São Francisco e Santa Rita, muito bem escolhidos para uma mulher forte e segura. Não fui sua aluna na Faculdade de Direito porque não estudei no Amazonas, mas sou sua aluna no plenário, onde aprendo todos os dias”, declarou a desembargadora decana do TRT-11. Na sequência, franqueou a palavra.

Primeiro a se manifestar, o desembargador David Alves de Mello Junior contou alguns fatos marcantes da longa convivência com a homenageada, lembrando que tomou posse como desembargador quando ela presidia o tribunal. Ao homenageá-la, o desembargador Jorge Alvaro Marques Guedes declamou o poema “Os ombros que suportam o mundo”, de Carlos Drummond de Andrade.

Já o desembargador Alberto Bezerra de Melo citou um provérbio chinês sobre três coisas na vida que nunca voltam atrás (a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida) para dizer que aproveitou, em todas as oportunidades, a convivência com a magistrada que foi sua professora e por quem nutre grande admiração. O procurador regional do Trabalho Jorsinei Dourado do Nascimento disse que falava não apenas como membro do Ministério Público, mas também como ex-aluno e amigo. Em suas palavras, a magistrada sempre se destacou pela imparcialidade, sabedoria e profundo conhecimento jurídico, buscando soluções justas e equilibradas.

421Desembargadoras Rita Alencar e Solange Morais (presidente da 1ª Turma)

423Juiz Sandro Nahmias e des. Rita Alencar

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Mestra

O juiz Sandro Nahmias Melo, titular da Vara do Trabalho de Presidente Figueiredo, pediu licença para “falar com o coração” sobre a mestra inesquecível, que conhece há mais de 30 anos. Salientou o legado que ela consolidou, tanto na formação de gerações de profissionais que seguiram carreira jurídica quanto pelas décadas de contribuição à Justiça do Trabalho. O presidente da Associação dos Magistrados Trabalhistas da 11ª Região (Amatra XI), juiz Adelson Silva dos Santos, leu trechos da música “Maria, Maria”, de Milton Nascimento, para homenageá-la. Encerrou declamando as palavras da poetisa Cora Coralina: “Recria tua vida, sempre, sempre. Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça”.

A advogada Nicole Scaramuzzini Torres foi à tribuna para dar o testemunho sobre os ensinamentos que colheu, ao longo dos últimos 14 anos, a partir dos votos da desembargadora homenageada, principalmente em processos em que ambas tiveram entendimentos divergentes: “Nós, aqui na tribuna, também aprendemos. Tenho certeza que muito da profissional que sou hoje, aprendi com Vossa Excelência”, declarou. O advogado Ademário Rosário de Azevedo, um dos profissionais mais experientes que atuam na Justiça do Trabalho da 11ª Região, também fez uso da palavra. Recordou como era admirável participar da instrução processual conduzida pela magistrada na época em que era titular da 1ª Vara do Trabalho de Manaus. Também fez questão de dizer que teve a honra de ser seu aluno em um curso de pós-graduação e citou Cora Coralina para desejar que continue plantando flores em seu caminho.

Destino

A amizade sólida de 40 anos que nasceu da convivência profissional foi narrada em plenário pelo vice-presidente no exercício da Presidência do TRT-11, desembargador Lairto José Veloso. Quando ingressou como servidor no TRT-11, em 1983, ele foi assistente da magistrada, que na época presidia a então 1ª Junta de Conciliação e Julgamento de Manaus, hoje 1ª Vara do Trabalho de Manaus.

Atribuiu ao destino o fato de estar no exercício da Presidência naquele momento tão significativo. “Quando falo que o destino nos acompanha é porque, coincidentemente, eu também estava no exercício da Presidência quando a senhora deu entrada no pedido de aposentadoria. Eu recepcionei o pedido e iniciei o andamento de todos os procedimentos administrativos. Quis também o destino que eu estivesse no exercício da Presidência quando encaminhei o seu pedido de aposentadoria para Brasília, onde está tramitando atualmente”, disse emocionado. E concluiu: “Nós caminhamos juntos há 40 anos. Nossa convivência talvez seja a maior entre todos os presentes aqui e essa amizade vamos levar até o último suspiro”.

Gratidão
Com lágrimas e a voz embargada, a desembargadora Francisca Rita Alencar Albuquerque falou sobre a gratidão por tudo que viveu no TRT-11, assim como pelas manifestações plenas de afeto, respeito e admiração recebidas em plenário. Falou ainda, sobre os sentimentos que prevaleciam naquele momento: “É um misto de alegria pelo dever cumprido e esperança na vida que continua de outra forma. Saudade? Sim! E como terei desta instituição à qual dediquei quase meio século da minha existência. Agradeço a Deus por ter sido muito feliz aqui”. Em seus agradecimentos, citou desembargadores, juízes, membros do MPT, advogados, jurisdicionados, servidores, terceirizados, estagiários e cada um (e cada uma) com quem conviveu durante sua trajetória no tribunal.

Lembrou que, no TRT-11, teve muitas alegrias, mas também algumas tristezas. Uma delas foi o incêndio no prédio-sede no dia 5 de setembro de 2008, quando presidia o tribunal, o que considera o maior desafio que já enfrentou: “Lembro que quando fui para casa, eu não conseguia dormir, estava em choque”. Por outro lado, destacou a implantação da Justiça Itinerante como um dos maiores marcos de sua gestão. Aproveitou a oportunidade para entregar à diretora do Centro de Memória da Justiça do Trabalho da 11ª Região (Cemej-11), desembargadora Solange Maria Santiago Morais, a miniatura de uma embarcação regional com a qual foi presenteada no início das ações itinerantes. No detalhado trabalho de carpintaria, consta o seguinte registro: “Justiça Itinerante, implantação biênio 2007/2008” e o nome da desembargadora-presidente na época. Também doou ao acervo do Cemej-11 uma coleção de bordados, fruto do trabalho manual que faz há mais de 60 anos, iniciado na infância.

Além dos desembargadores que compõem a Primeira Turma, também participaram da sessão as desembargadoras Márcia Nunes da Silva Bessa e Maria de Fátima Neves Lopes, a juíza convocada Eulaide Maria Vilela Lins (titular da 19ª Vara do Trabalho de Manaus) e o juiz Alberto de Carvalho Asensi (titular da 13ª Vara do Trabalho de Manaus)

 

420Des. Rita Alencar agradeceu as homenagens

422Des. Rita Alencar e seu filho Ives Alencar 

 

 

 

 

 

 

 

 


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Coordenadoria de Comunicação Social
Texto: Paula Monteiro
Fotos: Renard Batista

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