Magistrados e servidores do tribunal foram conhecer a realidade de migrantes e refugiados venezuelanos na fronteira entre Brasil e Venezuela

222A imersão por um dia na realidade dos migrantes e refugiados venezuelanos que atravessam a fronteira a pé, debaixo de sol e chuva, em busca de oportunidades no Brasil. Com este objetivo, o presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (AM/RR), desembargador Audaliphal Hildebrando, levou uma comitiva com integrantes da magistratura e do corpo funcional a Pacaraima (RR) na última quinta-feira (30/3). Situado na fronteira entre Brasil e Venezuela, o município fica a 214 km de Boa Vista (RR).

Desembargadores, juízes e servidores conheceram a estrutura da Operação Acolhida, que garante atendimento humanitário em Roraima. A comitiva foi recepcionada pelo coronel de infantaria Charles Pires e militares que ali atuam. Criada em 2018, a operação é uma grande força-tarefa sob a coordenação do Exército que reúne Marinha e Aeronáutica, agências da Organização das Nações Unidas (ONU), órgãos públicos e organizações da sociedade civil. Durante a visita, foi possível conhecer o Posto de Recepção e Identificação; o Núcleo de Saúde da Acolhida; o Posto de Interiorização e Triagem; o Alojamento de Trânsito BV-8 e o Abrigo Indígena Janokoida.

De acordo com o presidente do TRT-11, a ida a Pacaraima se reveste de grande importância para os julgadores, pois representa uma chance ímpar de conhecer de perto a realidade de Roraima, com suas singularidades e desafios.”Essa experiência é relevante, especialmente quanto à questão da sensibilidade nos julgamentos de processos envolvendo trabalhadores venezuelanos”, explicou.

Sensibilizada com tudo que viu, a desembargadora Solange Morais se emocionou em vários momentos, especialmente diante do grande número de crianças. “Sinceramente, eu não tinha ideia dessa quantidade de pessoas que chegam diariamente ao Brasil: famílias, crianças, pessoas sadias, doentes. A gente vê venezuelanos em Manaus, mas só aqui, onde tudo começa, é possível ter uma dimensão”, disse a decana do TRT-11. Ela definiu como excepcional a ação humanitária coordenada pelas Forças Armadas, “um trabalho que todos deveriam conhecer”.

Para o juiz Ney Rocha, a iniciativa do presidente do TRT-11 foi histórica, considerando que o tribunal tem jurisdição em dois estados amazônicos, cada um com suas peculiaridades. “Esta visita representou um momento histórico de participação e imersão do Tribunal no nosso estado de Roraima e nas nossas realidades, especialmente aquelas que envolvem trabalhadores migrantes e indígenas”, disse o magistrado, que reside em Roraima desde agosto de 2018, quando foi transferido da Vara do Trabalho de Tabatinga (AM) para a 1ª Vara de Boa Vista.

223Coronel Charles Pires recebeu a comitiva do TRT-11 e apresentou a estrutura da Operação Acolhida

224Magistrados e servidores no Alojamento de Trânsito BV-8

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Integrantes da comitiva e agradecimentos

Participaram da visita a Pacaraima: o desembargador-presidente Audaliphal Hildebrando; as desembargadoras Joicilene Portela (corregedora regional), Solange Morais e Márcia Bessa; os juízes Adelson Santos (titular da 17ª Vara do Trabalho de Manaus e presidente da Amatra-XI) e Ney Rocha (titular da 1ª Vara do Trabalho de Boa Vista); as juízas Eulaide Lins (titular da 19ª Vara do Trabalho de Manaus e ouvidora da mulher) e Samira Akel (titular da 2ª Vara do Trabalho de Boa Vista). A procuradora-chefe do Ministério Público do Trabalho (MPT), Alzira Costa, aceitou o convite do desembargador-presidente e também integrou a comitiva. Como integrantes do corpo funcional, participaram as assessoras Laís Reis, Fernanda Gheller e Nereida Lacerda; a diretora da Coordenadoria do Centro de Memória, Cynthia Donadio, a diretora da Coordenadoria de Apoio à 1ª Turma, Marie Joan Nascimento e o diretor da Coordenadoria de Comunicação Social, Matheus Santos, entre outros servidores.

Ao final da visita, o presidente enalteceu o trabalho coordenado pelo Exército Brasileiro, cuja missão institucional é cumprida com excelência pelo bem do país. Ele agradeceu, em especial, o apoio do comandante da 1ª Brigada de Infantaria de Selva, general de Brigada Marcelo Zucco; do comandante da Força-Tarefa Logística Humanitária - Operação Acolhida, general de Divisão Hélder Braga, e do coronel de Infantaria Charles Pires, responsável pela “”aula in loco” em Pacaraima.

Também expressou sua gratidão à procuradora-chefe do MPT, Alzira Costa, que intermediou a visita, assim como a todos os desembargadores do TRT-11 que abraçaram a ideia apresentada pela Presidência e aos demais integrantes da comitiva. “Eu, como presidente do TRT da 11ª Região, tenho a honra de comandar pessoas tão maravilhosas, tão guerreiras e tão comprometidas”, declarou

225Desembargador-presidente do TRT-11 Audaliphal Hildebrando, coronel Charles Pires e procuradora-chefe do MPT Alzira Costa

226Comitiva do TRT-11 vivenciou um dia de imersão na realidade de Pacaraima (RR)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Palestra de ambientação
Três dias antes da ida a Pacaraima, a comitiva do TRT-11 passou por ambientação na 1ª Infantaria de Selva, em Boa Vista, na tarde da última segunda-feira (27/3). A palestra sobre a Operação Acolhida foi proferida pelo comandante da Força-Tarefa Logística Humanitária, general de Divisão Hélder Braga, que detalhou o funcionamento e os fluxos da operação. O comandante da 1ª Brigada de Infantaria de Selva, general de Brigada Marcelo Zucco, também esteve presente durante a ambientação.

Entre outros pontos, o palestrante falou sobre a documentação que é providenciada pelos órgãos públicos, a estrutura com profissionais de saúde para aplicação de vacinas e atendimento necessário, o abrigamento e a interiorização aos cidadãos que abandonaram o país vizinho em situação de extrema vulnerabilidade. O general assumiu o comando da Força Tarefa no último dia 21 de março.

Participaram da ambientação: o presidente do TRT-11, desembargador Audaliphal Hildebrando, o ouvidor regional, desembargador David Mello Junior; as desembargadoras Solange Morais, Rita Alencar e Fátima Lopes; a juíza Eulaide Lins, os juízes Ney Rocha e Adelson Santos, além de servidores e servidoras.

227A palestra de ambientação foi proferida pelo general Helder Braga

 228A comitiva do TRT-11 foi recebida pelos generais Helder Braga e Marcelo Zucco

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Estrutura e números
As seguintes estruturas da Operação Acolhida estão desdobradas em Pacaraima, na força-tarefa humanitária: Forças Armadas, Ministério da Cidadania; Polícia Federal; Receita Federal; Defensoria Pública da União (DPU); Tribunal de Justiça de Roraima; Organização Internacional para as Migrações (OIM); Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR); Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef); Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e Comitê Internacional da Cruz Vermelha.

Essa ação já possibilitou a organização, triagem, documentação e encaminhamento a abrigos de mais de 800 mil venezuelanos. Desses, 400 mil decidiram permanecer no Brasil e 100 mil foram interiorizados em mais de 930 mil municípios brasileiros. Segundo dados do Painel da Interiorização, a marca de 100 mil pessoas interiorizadas pelo Brasil foi alcançada no último dia 30 de março. O painel é uma iniciativa conjunta do Ministério da Cidadania, da Organização Internacional para as Migrações (OIM) e do ACNUR.

A interiorização de refugiados e migrantes da Venezuela tem o intuito de diminuir a sobrecarga nos municípios que recebem os venezuelanos, principalmente Pacaraima e Boa Vista. Em cinco anos, os municípios que mais receberam pessoas refugiadas e migrantes foram Curitiba (PR), São Paulo (SP), Chapecó (SC), Dourados (MS) e Manaus (AM).

 


Coordenadoria de Comunicação Social
Texto: Paula Monteiro
Fotos: Matheus Santos e Paula Monteiro

A programação objetivou aprimorar a comunicação com os cidadãos, esclarecer dúvidas e aperfeiçoar a prestação jurisdicional.

218Na manhã da última quarta-feira (29/3), o Fórum Trabalhista de Boa Vista sediou ações itinerantes da Ouvidoria do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (AM/RR). O ouvidor regional, desembargador David Alves de Mello Junior, e a recém nomeada ouvidora da mulher, juíza convocada Eulaide Maria Vilela Lins, ficaram à disposição do público das 9 às 11h. O juiz Gleydson Ney Silva da Rocha e a juíza Samira Márcia Zamagna Akel, titulares da 1ª e da 2ª Varas do Trabalho de Boa Vista, acompanharam a programação especial.

As atividades itinerantes em Boa Vista visam aprimorar a comunicação com os públicos externo e interno, esclarecer as principais dúvidas e aperfeiçoar a prestação jurisdicional. Sem necessidade de agendamento prévio, a manhã foi marcada pelo diálogo com usuários dos serviços da Justiça do Trabalho, advogados e servidores do TRT-11 lotados na capital roraimense.

Atribuições da Ouvidoria

Na conversa informal com as pessoas que compareceram ao auditório, o ouvidor do TRT-11 salientou que a Ouvidoria é a ponte que viabiliza o diálogo entre a instituição e o usuário do serviço público. “Estamos aqui para ouvir. A Ouvidoria ouve o que jurisdicionados e servidores têm a falar sem emitir qualquer juízo de valor. Este falar não é necessariamente uma queixa, uma reclamação. Tanto que na Ouvidoria o termo designado para todo e qualquer acesso aos nossos meios é manifestação”, explicou.

No cargo de ouvidor pelo segundo biênio consecutivo, o desembargador David Alves de Mello Junior já presidiu o Colégio de Ouvidores da Justiça do Trabalho (Coleouv). Ele destacou que a Ouvidoria tem como atribuições orientar, transmitir informações e colaborar para o aprimoramento dos serviços oferecidos pelo Tribunal. Por fim, passou a palavra à juíza Eulaide Lins, que ficará à frente da Ouvidoria da Mulher neste biênio.

Ouvidoria da Mulher

Inédita na história do TRT-11, a Ouvidoria da Mulher foi instalada no último dia 15 de março deste ano. Não por acaso, começou a funcionar em um mês emblemático para as mulheres. Titular da 19ª Vara do Trabalho de Manaus e atualmente convocada para a Primeira Turma, a juíza Eulaide Maria Vilela Lins foi designada para exercer a função de ouvidora da mulher, conforme a Portaria n. 211/2023, publicada no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho (DEJT) do último dia 27 de março.

A magistrada explicou que a Ouvidoria da Mulher tem o objetivo de oferecer um espaço de escuta e acolhimento, com uma equipe exclusivamente feminina. “Se você tem informação e sabe que tem direito a um ambiente de trabalho saudável, não será obrigada a se submeter a situações que atinjam sua dignidade”, salientou.

As manifestações podem ser apresentadas tanto pelas trabalhadoras que vivenciarem qualquer situação atentatória à sua dignidade, quanto pelas servidoras do próprio tribunal. A partir dessa manifestação, será avaliado qual o melhor encaminhamento para a situação relatada.

Tipos de manifestação

A Ouvidoria do TRT-11 atende seis modalidades de manifestação: solicitação, elogio, pedido de acesso à informação, reclamação, sugestão e denúncia. Além de atender as demandas dos cidadãos, a Ouvidoria também recebe manifestações do público interno (magistrados, servidores, colaboradores terceirizados e estagiários).

Ao receber cada manifestação, o órgão busca as respostas, informações, orientações e esclarecimentos necessários para a devida solução de cada demanda. Todos os canais de contato com a Ouvidoria do TRT-11 estão disponíveis no site institucional (www.trt11.jus.br). No Fórum Trabalhista de Boa Vista, foram disponibilizados marcadores de página com QR Code para acesso imediato aos diversos canais disponíveis.

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Coordenadoria de Comunicação Social
Texto e fotos: Paula Monteiro

Mutirão de acordos será realizado no período de 22 a 26 de maio.

184O Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (AM/RR) já está recebendo inscrições de processos para a VII Semana Nacional de Conciliação Trabalhista. O evento ocorrerá entre 22 a 26 de maio em toda a Justiça do Trabalho e tem o objetivo de promover acordos entre empresas e trabalhadores, encerrando os processos trabalhistas de forma mais rápida e eficaz.

Organizada nacionalmente pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), a campanha deste ano tem como tema “A um passo da solução”. O mutirão de acordos visa incentivar o diálogo e mediação entre as partes envolvidas no processo, para que possam caminhar juntas e garantir a solução da disputa.

As audiências de conciliação serão realizadas nas 19 Varas do Trabalho de Manaus/AM, nas 10 VTs do interior do Amazonas e nas três de Boa Vista/RR. Os Centros Judiciários de Métodos Consensuais de Solução de Disputas do Regional – Cejusc-JT 1º e 2º grau de Manaus/AM e de Boa Vista/RR também participarão do evento, além das unidades judiciárias de 2º grau. As audiências poderão ocorrer no formato telepresencial, presencial ou híbrido, conforme determinação do juízo.

Como participar? 

Os interessados em agendar uma audiência de conciliação durante o mutirão de acordos já podem se inscrever pelo portal do Tribunal (www.trt11.jus.br), informando o número do processo, os nomes das partes e dados para contato. Inscreva seu processo.

Além da inscrição via portal da conciliação do TRT-11, as partes poderão solicitar a inclusão via petição protocolada diretamente no processo; ou por e-mail encaminhado aos Cejsucs-JT fornecendo os dados pessoais, contatos do solicitante e número do processo. Cejusc-JT em Manaus: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., e em Boa Vista: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. 

As inscrições para o evento podem ser feitas até o dia 14/04/2023. Caso haja advogado habilitado no sistema PJe, a inscrição poderá ser realizada até o dia 12/05/2023. Dê o primeiro passo e participe!

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Texto: Martha Arruda, com informações do Cejusc-JT.
Artes: CSJT

A iniciativa vai beneficiar 50 mães venezuelanas que serão capacitadas em gastronomia

211A emoção de um recomeço com dignidade no Brasil e o empoderamento feminino marcaram o lançamento do projeto "Mujeres Fuertes" na manhã da última quarta-feira (29/3), em Boa Vista (RR). Trata-se de uma iniciativa conjunta da Organização da Sociedade Civil Hermanitos, Ministério Público do Trabalho (MPT-AM/RR) e Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), que recebe o apoio de diversas instituições, dentre as quais o Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (AM/RR).

O objetivo é fomentar o empreendedorismo de mães venezuelanas que são chefes de famílias. Nesta primeira fase em Roraima, o projeto vai capacitar 50 mulheres para empreenderem na área de gastronomia. O lançamento aconteceu na sede da Sicredi, localizada na Avenida Ville Roy, 5480, no Centro. Em Manaus (AM), o projeto já está em sua terceira edição.

O presidente do TRT-11, desembargador Audaliphal Hildebrando da Silva e a corregedora regional, desembargadora Joicilene Jerônimo Portela, participaram compondo a mesa de honra. Também prestigiaram o evento a desembargadora Eleonora de Souza Saunier e os juízes Gleydson Ney Silva da Rocha (titular da 1ª Vara do Trabalho de Boa Vista) e Adelson da Silva Santos (titular da 17ª Vara do Trabalho de Manaus e presidente da Amatra-XI).

Recursos de multas trabalhistas
O Projeto "Mujeres Fuertes" tem o objetivo de fortalecer mulheres venezuelanas em situação de vulnerabilidade social com ações de empoderamento, capacitação, acompanhamento psicossocial e incentivo ao empreendedorismo. A iniciativa será executada pela Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA) de Roraima, sob a coordenação da Organização da Sociedade Civil (OSC) Hermanitos e com o apoio da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), ONU Mulheres, Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (AM/RR) e Operação Acolhida, coordenada pelo Exército Brasileiro.

Oriundo do MPT, órgão que chefiou por oito anos, o presidente do TRT-11 destacou a relevância social da iniciativa, que tem como uma das idealizadoras a procuradora-chefe do MPT, Alzira Melo Costa. Os recursos são provenientes da reversão de multas trabalhistas pelo MPT em ações que tramitam no TRT-11. “A ideia é proporcionar independência financeira às mulheres em situação de vulnerabilidade social que são chefes de família, capacitando-as em Boa Vista no curso de gastronomia e em Manaus no segmento da beleza. Tudo isso para que elas possam tocar suas vidas e cuidar de seus filhos com dignidade”, disse o desembargador.

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Coordenadoria de Comunicação Social
Texto: Paula Monteiro
Fotos: Alexsandro Silva (Hermanitos)

Audiências de conciliação foram coordenadas pelo Cejusc-JT. 

210Mais de R$ 1 milhão em acordos trabalhistas. Este foi o resultado das sete audiências de conciliação realizadas, no dia 28 de março, pelo Centro Judiciário de Métodos Consensuais de Solução de Disputas da Justiça do Trabalho (Cejusc-JT) em Boa Vista. As audiências foram presididas pela desembargadora Ruth Barbosa Sampaio, coordenadora do Cejusc-JT de 2º grau do TRT da 11ª Região (AM/RR), e pelo juiz do trabalho Gleydson Ney Silva da Rocha, coordenador do Cejusc-JT em Boa Vista (RR).

Um dos acordos envolve trabalhador falecido em decorrência de doença ocupacional. Ele trabalhava, desde 2014, como agente de combate a endemias para a Missão Evangélica Caiuá, ONG que atua junto às comunidades indígenas em Roraima. Tendo, possivelmente, contraído malária devido ao exercício de suas atividades, faleceu em janeiro de 2018, deixando esposa e quatro filhos menores.

Em 2021, a família do trabalhador ajuizou uma ação no TRT-11 pedindo indenização por danos morais, bem como indenização em razão de lucros cessantes, que corresponde à pensão pós morte devida aos herdeiros. A petição inicial somava mais de R$ 1 milhão.

A 1ª Vara do Trabalho de Boa Vista proferiu sentença, em fevereiro de 2023, condenando a organização a pagar R$ 1,7 milhão à família do trabalhador falecido. A empregadora apresentou embargos de declaração, uma espécie de recurso com a finalidade de esclarecer contradição ou omissão ocorrida em decisão proferida. O processo foi enviado ao Cejusc-JT para tentativa de conciliação.

Solução do conflito

Na manhã de ontem (28), as partes chegaram a um acordo, encerrando o processo trabalhista. A ONG pagará R$ 735 mil à família do agente de endemias. Além dos magistrados já citados, estavam presentes à audiência os advogados de ambas as partes: Dolane Patrícia Santos Silva Santana, representando a família do trabalhador; Débora Cristina Vieira Pinheiro, e Vinícius Medeiros Arena da Costa, representando a Missão Evangélica Caiuá.

Os magistrados destacaram a boa vontade dos advogados envolvidos em promover a conciliação, bem como o desejo da ONG de pagar os trabalhadores e solucionar o conflito trabalhista. As partes saíram satisfeitas com o acordo realizado pelo TRT-11.

Vinicius da Costa, advogado da organização voltada à saúde indígena, e que atua em todo o Brasil há 94 anos de forma 100% filantrópica, avaliou a audiência: “Foi essencial a vinda da desembargadora Ruth Sampaio a Boa Vista. A presença do juiz do trabalho Ney Rocha também auxiliou substancialmente o acordo, pois ele fez orientações de grande relevância para que conseguíssemos uma solução que fosse razoável para ambas as partes”. O advogado também ressaltou o tempo de solução do processo. “Inicialmente o processo havia sido protocolado na Justiça Comum, em 2018. Ele veio recentemente pra Justiça do Trabalho, onde conseguimos resolver de forma muita rápida através do acordo”, declarou.

208Sete audiências foram realizadas pelo Cejusc-JT e resultaram em acordos homologados.

209Os acordos fizeram parte das ações do Cejusc-JT em Boa Vista para divulgar a Semana Nacional de Conciliação Trabalhista, que será realizada em maio.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Balanço

Ao todo, foram realizadas sete audiências de conciliação pelo Cejusc-JT em Boa Vista. Todas resultaram em acordos, garantindo mais de R$ 1 milhão para pagamento aos trabalhadores. As audiências contaram com a presença da desembargadora Ruth Sampaio e do juiz do trabalho Ney Rocha, acompanhados pela secretária de audiência Renata Olímpio Moreira.

A coordenadora do Cejusc-JT de 2º grau comemorou os acordos realizados e reforçou a importância da Justiça do Trabalho para a sociedade. “Acredito que cumprimos nossa missão, que é levar justiça ao trabalhador, e também mostrar a importância da Justiça do Trabalho para o jurisdicionado e para a sociedade. Todos somos trabalhadores e temos direitos constitucionalmente assegurados. Por isso, devemos defender a existência da Justiça do Trabalho, pois sem trabalho não há dignidade, não há honra”, declarou a desembargadora Ruth Barbosa Sampaio.

Semana da Conciliação

216Cejusc-JT divulgou em Boa Vista a Semana de Conciliação Trabalhista. A inscrição de processos já disponível no portal do TRT-11.Os acordos fizeram parte das ações da Coordenadoria de Apoio ao Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Disputas (Copemec) e Cejusc-JT em Boa Vista para a divulgação da Semana Nacional da Conciliação Trabalhista, que ocorrerá no período de 22 a 26 de maio de 2023 em todos os Tribunais do Trabalho do país.

As inscrições de processos na Semana já podem ser feitas através do portal do TRT-11. Para mais informações sobre o evento, bem como inscrições de processos podem ser feitos no link: https://portal.trt11.jus.br/index.php/sociedades/portal-conciliacao-novo/eventos/7-semana-nacional-de-conciliacao-trabahista.

Visita à OAB

Ainda no dia 28, os integrantes da Copemec e do Cejusc-JT de Boa Vista realizaram uma visita institucional à OAB/RR. Eles se reuniram com a secretária-geral da OAB/RR, Andréia Vallandro; com a diretora da Escola Superior da Advocacia, Rozinara Barreto Alves; com a presidente da Caixa Assistência, Natália Leitão; e com o presidente da Comissão de Direito do Trabalho, José Ale Júnior.

Os temas abordados foram ações conjuntas de divulgação sobre a Semana Nacional da Conciliação Trabalhista, bem como convite para engajamento e cooperação institucional entre os órgãos. O objetivo das ações conjuntas é fomentar a política conciliatória no estado de Roraima, promovendo cursos e eventos futuros em parceria.

215Reunião na OAB/RR para fomentar a política conciliatória em Roraima.

 217TRT-11 e OAB/RR planejam promover cursos e eventos em parceria.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Texto: Martha Arruda, com informações do Cejusc-JT
Fotos: Paula Monteiro e Cejusc-JT

 

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