Falas reforçam a importância da ação coletiva no combate à violência contra a mulher

933O Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (AM/RR) realizou, na manhã desta quarta-feira (19/11), no Fórum Trabalhista de Manaus, a abertura oficial da campanha “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher”, iniciativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), alinhada à Agenda 2030 da ONU e ao movimento internacional 16 Dias de Ativismo. O evento reuniu magistrados, servidores, representantes de instituições parceiras e o público em geral, marcando o início de uma programação que se estenderá até 10 de dezembro.

Coordenado pelos Comitês de Incentivo à Participação Feminina, do Trabalho Seguro, e de Equidade do TRT-11, a campanha conta com a realização de palestras, rodas de conversa, saraus poéticos, cine-debates, atividades culturais e ações educativas em defesa da igualdade de gênero e do combate a todas as formas de violência contra as mulheres. Além das palestras realizadas, a abertura contou com feira de empreendedorismo, declamação de poesias e lançamento de livros. 

Abertura oficial

O presidente do TRT-11, desembargador Jorge Alvaro Marques Guedes, ressaltou, durante sua fala, que a violência contra a mulher não é um fenômeno isolado, nem um problema só das mulheres. Para ele, o combate exige mais do que leis: “A lei sozinha não transforma mentalidades, é preciso educação, prevenção, acolhimento e responsabilidade coletiva. A violência contra as mulheres é um problema de todos nós. E não estamos falando apenas de direitos humanos, estamos falando de dignidade, cidadania, justiça e humanidade. Combater a violência contra a mulher significa defender o direito básico: o direito de existir sem medo”, defende o presidente. 

Ao abrir a  Campanha de 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher no TRT-11, a juíza do Trabalho Larissa de Souza Carril, coordenadora do Comitê de Incentivo à Participação Feminina do Regional, destacou a importância do engajamento coletivo e do impacto profundo que esse problema causa nas famílias e na sociedade, especialmente na região Norte, onde Amazonas e Roraima registram alguns dos índices mais altos de feminicídio. 

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Problema coletivo

Em discurso, a magistrada ressaltou que a violência precisa deixar de ser tratada como algo normalizado e privado. “Está faltando a reflexão, está faltando o letramento. Estamos normalizando a violência e quando fazemos isso, abrimos espaço para escalada da violência, que muitas vezes termina em feminicídio. E, como bem dito nosso presidente, este não é um problema privado. Desestabiliza e sobrecarrega os serviços de saúde, os serviços de segurança, e impõem um custo social e econômico alto para toda a comunidade. E o que a Justiça do Trabalho tem a ver com isso? Nosso papel é fundamental. Somos a Justiça Social, a justiça que luta, que é a guardiã da igualdade, do respeito e da não discriminação”, declarou.

A coordenadora da campanha agradeceu às instituições parceiras, às universidades e às organizações civis que colaboram na construção de uma rede de proteção e consciência destinada a enfrentar a violência de gênero. “Entendemos que esta batalha não pode ser vencida por uma única instituição. O combate à violência de gênero só é eficaz a partir de uma rede conectada de pessoas, órgãos, entidades, autoridades e sociedade civil. Quero agradecer a todas as instituições públicas e privadas que aderiram ao debate. Que estes 21 dias sejam de muito aprendizado, consciência e, sobretudo, de solidificação da nossa rede de combate”, concluiu. 

Palestras e debates

A programação contou com palestras de especialistas e integrantes do sistema de Justiça. A desembargadora Eulaide Maria Vilela Lins, ouvidora da Mulher do TRT-11, falou sobre o papel da Ouvidoria da Mulher no combate à violência de gênero, destacando que se busca fortalecer os mecanismos e a rede de proteção às mulheres, tanto no ambiente de trabalho quanto no âmbito doméstico. “A Ouvidoria é um órgão que busca agregar, junto com vários outros setores, tanto do tribunal, como com entidades parceiras, essa rede de proteção a fim de que nós também possamos contribuir para o fim da violência. É um trabalho de formiguinha. Esta é uma questão estrutural e educacional que começa no próprio lar. Se não dispormos de órgãos nas quais a pessoa, numa situação de urgência, possa falar sobre isso, nós não teremos colaborado para o fim deste cenário que a gente considera nefasto”, afirmou. 

Procuradora-chefe do Ministério Público do Trabalho, Joali Ingracia Santos de Oliveira, apresentou o tema “Trabalho doméstico: violências, gênero e raça”. Ela apresentou dados sobre o trabalho doméstico no Brasil, conceitos e características. Trouxe questionamentos sobre a presença feminina massiva nesse setor da economia. Também abordou os tipos de violência que podem ocorrer nesse ambiente de trabalho e as dificuldades de acesso à ajuda.

“Segundo dados do IBGE, 91,0% dos trabalhadores domésticos são mulheres, sendo 69% mulheres negras. Por ser um trabalho realizado dentro de residências, em local privado, é difícil que outras pessoas verifiquem a existência de alguma violação de direitos. Até a própria pessoa, muitas vezes, não reconhece quando seu direito é violado. Então, o número de denúncias é muito pequeno para a quantidade de pessoas que trabalham prestando esse tipo de serviço. E, por se tratar de uma população mais vulnerável, a gente precisa agir rapidamente em caso de denúncias. É importante destacar que homens também realizam trabalho doméstico, como caseiro ou jardineiro. Porém, como a grande maioria desta mão de obra é formada por mulheres, será essa população que mais vai sofrer”, afirma. 

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Trabalho decente 

Em seguida, as juízas do Trabalho Andrezza Lins Vieira, Mariana Maltez Dantas Ribeiro e Karina Oliveira Zarbielli conduziram a roda de conversa “Importância do combate à violência contra a mulher como forma de promover o trabalho seguro e decente”. As participantes destacaram que identificar e nomear a violência é o primeiro passo para romper com a normalização, reforçando que agir diante do problema é um dever individual e coletivo. 

Também foi enfatizado que o enfrentamento à violência contra a mulher não é uma pauta restrita ao público feminino, mas uma questão de justiça social e de desenvolvimento para o país. “Trabalho decente só existe quando todas puderem trabalhar com segurança, dignidade e igualdade real para todas as mulheres. Cada uma de nós, independentemente do cargo que ocupa, é agente dessa transformação”, defendeu a juíza Andrezza Vieira, gestora regional do Programa Trabalho Seguro. 

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Empoderamento e visibilidade

A abertura da Campanha também contou com momentos culturais conduzidos pela rede de apoio Gloriosas, além de uma feira de empreendedorismo, com a participação das instituições Casa de Maria, o Reino de Poetas, e o Instituto Hermanitos. Durante o evento, mulheres declamaram poemas que homenageiam a resistência feminina: Tatiana Moreira declamou o poema “Mulher”; e a poesia “Negro meu irmão” foi declamado por Maria Auxiliadora Arce. 

A escritora amazonense Lupuna Corrêa de Souza participou da programação, comentando sobre processos criativos presentes na obra “Diferentes Olhares e Perspectivas Socioculturais da Amazônia” e “Beco dos Pretos”.  Ela destacou a importância de ocupar espaços de decisão e de fortalecer narrativas amazônidas e negras como parte essencial do enfrentamento à violência. Ao apresentar as obras, ela ressaltou que reconhecer vozes historicamente silenciadas é também um ato político e pedagógico, alinhado ao compromisso do TRT-11 com a equidade, a justiça social e a promoção de um ambiente de trabalho livre de violências.

“Considero que lançar os livros, aqui neste Tribunal, não é apenas um ato cultural. É um ato político, pedagógico e afetivo. Ao abrir espaço para esses livros, o TRT-11 reforça a importância de enfrentar a violência contra a mulher também por meio de histórias, produzindo conhecimento e dando visibilidade a diversos territórios e aos corpos que compõem o mundo do trabalho. Agradeço a todas as pessoas e instituições que tornaram possível este momento, e especialmente às mulheres que, dentro e fora do sistema de Justiça, seguem lutando para enfrentar a violência com coragem, profissionalismo e sensibilidade. Que esses livros circulem, provoquem, emocionem, inspirem e ajudem a abrir caminhos para outras narrativas”, disse a escritora convidada, Lupuna Correa. 

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Programação segue até 10 de dezembro

A campanha seguirá com uma série de ações educativas, cines-debates, audiência simulada e atividades de conscientização voltadas à promoção da equidade e da proteção às mulheres. O encerramento ocorrerá no dia 10 de dezembro, no município de Tabatinga, cidade localizada na tríplice fronteira e que enfrenta elevados índices de violência contra mulheres.

Realizada pela Justiça do Trabalho do Amazonas e de Roraima, a iniciativa tem como parceiros a Escola Judicial, o Ministério Público do Trabalho, as Universidades Federal do Amazonas, do Estado do Amazonas, por meio do Programa Mais Acesso, La Salle, Ubra e Fametro.

Confira a programação completa da Campanha. 

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Coordenadoria de Comunicação Social
Texto: Martha Arruda
Fotos: Roumen Koynov

Projeto "Sinuca das Competências" garante o 3º lugar na categoria Desenvolvimento da premiação realizada pela Associação Brasileira de Recursos Humanos - Seccional Amazonas.

930O Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (AM/RR) foi destaque no Prêmio Ser Humano 2025, promovido pela Seccional Amazonas, da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH). O Tribunal conquistou o 3º lugar na categoria Desenvolvimento com o projeto "Sinuca das Competências", consolidando-se como referência em gestão de pessoas ao lado de grandes organizações do setor privado, como Bemol SA (1º lugar) e Visteon Corporation (2º lugar).

A premiação reconhece a estratégia da Coordenadoria de Desenvolvimento de Pessoas (Codep) de utilizar a gamificação para modernizar o aprendizado corporativo. A iniciativa rompeu com modelos tradicionais ao usar a metáfora do jogo de sinuca, permitindo que servidores tracem trajetórias flexíveis de capacitação.

A concepção do projeto partiu da premissa de que, em um mundo volátil, o desenvolvimento profissional exige adaptabilidade. Para o diretor da Coordenadoria e autor da iniciativa, Lucas Ribeiro Prado, o prêmio reflete uma mudança de paradigma: "Não é possível fazer gestão de pessoas sem confiar nelas. A 'Sinuca' substitui trilhas rígidas por um sistema que reconhece a singularidade de cada servidor. Ao convidar a pessoa a ser protagonista de sua trajetória, fortalecemos a autonomia e a corresponsabilidade".

O prêmio confirma que a administração pública pode inovar e gerar resultados mensuráveis. A cerimônia de entrega contou com a presença das servidoras Sandra Regina Brito de Oliveira Dantas e Fernanda Chagas Teixeira, que representaram o Tribunal no evento.

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Sobre o Prêmio

Criado em 1993, o Prêmio Ser Humano é uma referência nacional que valoriza práticas inovadoras em gestão de pessoas, destacando iniciativas que transformam organizações e impactam positivamente a sociedade e o ambiente de trabalho.

 

Coordenadoria de Comunicação Social

Texto e Fotos: Codep

 

Será de 24 a 28 de novembro no Fórum Trabalhista de Manaus, e de 1º a 5 de dezembro na sede Administrativa

929Na próxima segunda-feira (24/11) terá início o tradicional Bazar de Natal do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (AM/RR). O evento ocorrerá de 24 a 28 de novembro, no Fórum Trabalhista de Manaus, com a participação de doze expositores; e de 1º a 5 de dezembro, na Sede Administrativa do TRT-11, reunindo dezessete estandes. A iniciativa será no horário das 8h às 14h30.

Com o objetivo de promover a integração da comunidade e oferecer opções de presentes criativos e originais para o Natal, o bazar contará com uma variedade de itens e sugestões para escolhas. Entre os quais, produtos artesanais em geral, incluindo artigos de decoração e enfeites para o lar, bordados e pinturas em tecidos, panos de prato, toalhas de mesa e de banho, bijuterias e acessórios, cadernos de anotações customizados, entre outros.

Direcionado para magistrados, servidores, terceirizados e estagiários do TRT-11, o evento também é aberto ao público externo. A ação busca contribuir para a geração de renda e de desenvolvimento local e faz parte das atividades de responsabilidade social do Tribunal.

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O que é: Bazar de Natal do TRT-11
Datas e Locais:
• 24 a 28 de novembro: Fórum Trabalhista de Manaus - Rua Ferreira Pena, 546, Centro
• 1º a 5 de dezembro: Sede Administrativa do TRT-11 - Av. Tefé 930, Praça 14 de Janeiro
Horário: das 8h às 14h30

 

Coordenadoria de Comunicação Social
Texto: Mônica Armond de Melo
Arte: Taís Mannala

928O juiz do Trabalho André Luiz Marques Cunha Júnior, do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (AM/RR), passou a integrar o Comitê Nacional do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem no âmbito da Justiça do Trabalho. A designação consta do Ato Conjunto TST.CSJT.GP nº 76, de 13 de novembro de 2025, publicado no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho da última sexta (14/11).

O magistrado representará a Região Norte no biênio 2025–2027, ao lado de juízes das demais regiões do país. O Comitê é responsável por coordenar ações nacionais voltadas à prevenção e ao combate ao trabalho infantil, bem como ao fortalecimento das políticas de aprendizagem profissional.

A atuação do grupo segue as diretrizes da Resolução nº 422/2025 e integra o esforço institucional da Justiça do Trabalho para promover a proteção integral de crianças e adolescentes, apoiando iniciativas de conscientização, articulação interinstitucional e difusão de boas práticas.

 

Coordenadoria de Comunicação Social

 

Servidores podem ser indicados até hoje (18/11) pelos próprios colegas

926Servidores do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (AM/RR) já podem indicar até cinco colegas para a segunda edição do Programa Areté. Criado pelo Ato nº 43/2024/SGP, o Programa Areté faz parte da Política de Gestão de Pessoas do Regional e busca reconhecer publicamente os servidores que demonstram excelência em suas funções e contribuem para a melhoria dos resultados institucionais.

A indicação pode ser feita por meio de formulário disponível no Google Forms. Neste segundo ano, o júri será formado pelos vencedores do Areté 2024, e estes não poderão concorrer novamente às premiações.

Serão premiados servidores de diversas áreas e tempos de atuação, divididos em oito categorias, que contemplam tanto a área fim (prestação jurisdicional) quanto a área meio (eficiência administrativa).

 

 

As categorias são:
• Revelação: menos de 5 anos de TRT-11
• Dedicação: de 5 a 15 anos de TRT-11
• Realização: de 15 a 25 anos de TRT-11
• Inspiração: mais de 25 anos de TRT-11

O processo seguirá quatro etapas principais:

Indicação (11 a 18/11/25): Servidores podem indicar até cinco nomes pelo formulário específico.
Classificação (21/11/25): A Secretaria de Gestão de Pessoas (SGPES) verificará os critérios e classificará os indicados.
Seleção (20 a 26/11/25): Um júri formado por vencedores do Programa de 2024 selecionará três finalistas por categoria, considerando as contribuições de cada servidor.
Votação (1 a 12/12/25): Todos os servidores do TRT-11 poderão votar nos 24 finalistas para escolher o vencedor de cada categoria.

Premiação

O nome Areté, inspirado na mitologia grega, remete à virtude e à excelência moral, simbolizando a busca pela realização plena do propósito. A palavra também significa "dia de festa" em Tupi-Guarani, reforçando o caráter de celebração das conquistas dos servidores. A entrega dos prêmios ocorrerá durante a solenidade de encerramento do ano administrativo, no dia 16 de dezembro.

Com o Programa Areté, o TRT-11 destaca a importância em valorizar os servidores, seja nas varas do trabalho ou nas áreas administrativas. Todos são peças fundamentais para a prestação de um serviço público de qualidade e excelência.

 

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Coordenadoria de Comunicação Social
Texto: Thallys Neutron
Artes: Carlos Andrade

 

903O Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (AM/RR) realiza nesta quarta-feira, 19 de novembro, das 9h às 12h, no Fórum Trabalhista de Manaus, a abertura oficial da campanha “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher”. A iniciativa integra o movimento nacional promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com o objetivo de sensibilizar a sociedade e o Judiciário para o enfrentamento de todas as formas de violência contra mulheres.

A programação de abertura contará com palestras, leitura de poesias e uma feira de empreendedorismo da rede de apoio “Gloriosas”. Também serão lançados o livro “Beco dos Pretos”, da escritora amazonense Lupona Corrêa de Souza, e a coletânea “Diferentes Olhares e Perspectivas Socioculturais na Amazônia”, volumes 1, 2 e 3, de autoria de Lupona Corrêa de Souza e Alessandra Amaral Sales.

Entre os temas abordados nas palestras estão:
• O papel da Ouvidoria da Mulher no combate à violência de gênero, com a desembargadora Eulaide Maria Vilela Lins (TRT-11);
• As interseccionalidades entre trabalho doméstico, gênero e raça, com a procuradora do Trabalho Joali Ingracia Santos de Oliveira (MPT);
• A importância do enfrentamento à violência contra a mulher para a promoção do trabalho seguro e decente, em roda de conversa mediada pelas juízas do Trabalho Andrezza Lins Vieira, Mariana Maltez Dantas Ribeiro e Karina Oliveira Zarbielli.

A atividade é gratuita e aberta ao público. As inscrições podem ser feitas pelo sistema da Escola Judicial do TRT-11 (Ejud11), disponível no SisEJud: https://ejud.trt11.jus.br/ejud.

Mobilização pela igualdade de gênero

Inspirada no movimento internacional “16 Dias de Ativismo”, criado em 1991 em homenagem às irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa, a campanha busca promover ações educativas, culturais e institucionais entre os dias 19 de novembro e 10 de dezembro. A coordenação é dos Comitês de Incentivo à Participação Feminina, do Trabalho Seguro e de Equidade do TRT-11, com apoio de instituições públicas e de ensino superior do Amazonas.

Segundo o presidente do TRT-11, desembargador Jorge Alvaro Marques Guedes, “as ações promovidas reafirmam o compromisso da Justiça do Trabalho com a justiça social, a igualdade de gênero e a defesa dos direitos humanos”.

A juíza do Trabalho Larissa Carril, coordenadora do Comitê de Incentivo à Participação Feminina, destaca que “a violência contra a mulher se manifesta em diversos espaços, inclusive no mundo do trabalho, por meio do assédio moral e sexual, da desigualdade salarial e de práticas excludentes. Promover o diálogo é essencial para transformar essa realidade”.

 

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📍 Serviço: Abertura da campanha “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher”
Data: 19 de novembro (quarta-feira)
Horário: 9h às 12h
Local: Fórum Trabalhista de Manaus – Rua Ferreira Pena, 546 – Centro
Entrada: Gratuita
Inscrições: https://ejud.trt11.jus.br/ejud

 

Coordenadoria de Comunicação Social
Texto: Martha Arruda
Artes: Carlos Andrade

Ao todo, 25 personalidades foram homenageadas por contribuírem à Justiça do Trabalho

921O vice presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (AM/RR), desembargador David Alves de Mello Júnior, foi homenageado pelo Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS) com a Comenda do Mérito Judiciário. A solenidade ocorreu na última sexta-feira (14/11), no Plenário Milton Varela Dutra, em Porto Alegre.

Essa foi a 6ª Outorga da Comenda do Mérito Judiciário do TRT-RS. Entregue a cada dois anos, a Comenda agracia personalidades que, por sua atuação destacada, se tornaram exemplos para a sociedade. Também homenageia pessoas que tenham contribuído, de alguma forma, para o engrandecimento da Justiça do Trabalho.

Ao se pronunciar na abertura da solenidade, o presidente do TRT-RS, desembargador Ricardo Martins Costa, agradeceu a todos(as) agraciados(as) e afirmou que a contribuição de cada homenageado(a), seja no contexto jurídico, administrativo, acadêmico, político-institucional ou social, deixa marcas positivas e permanentes na instituição. "A Comenda não se destina a reconhecer feitos isolados. Ela distingue processos de vida, contribuições estruturantes, parcerias históricas e lideranças que inspiram", enfatizou o magistrado.

O presidente observou que a sociedade brasileira passa por transformações profundas nas relações de trabalho, nas organizações produtivas e nas formas de prestação de serviços, o que exige da Justiça do Trabalho uma resposta baseada em eficiência, técnica, integridade e visão estratégica.

Também como forma de dar conta dessas mudanças, o magistrado afirmou que o TRT-RS tem investido na modernização dos serviços judiciais, na ampliação das capacidades tecnológicas, no aprimoramento das políticas de conciliação, na atenção a demandas sociais mais complexas, no cuidado com as pessoas que integram a instituição e no aperfeiçoamento da entrega jurisdicional. "Nada disso seria possível sem a colaboração ativa e competente de instituições parceiras e personalidades que, de maneiras diversas, têm contribuído para consolidar o postulado de uma Justiça do Trabalho contemporânea, acessível, confiável e vinculada ao cumprimento de sua competência constitucional", frisou.

Ao declarar que a Comenda serve justamente para celebrar essa rede de cooperação, Martins Costa destacou que as pessoas agraciadas na 6ª edição representam o melhor da inteligência institucional, da dedicação profissional e do compromisso ético. "São pessoas cujas trajetórias se distinguem não apenas pela competência, mas pela capacidade de impactar positivamente a administração pública, o sistema de justiça e a sociedade", concluiu.

 

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Confira a galeria de imagens.

Coordenadoria de Comunicação Social
Texto e fotos: TRT-4

Atualização no firewall será realizada entre 15h e 17h; todos os serviços de TIC serão afetados.

920O Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (AM/RR) realizará, no próximo sábado, 22 de novembro, uma parada programada nos serviços de Tecnologia da Informação e Comunicações (TIC). A interrupção ocorrerá entre 15h e 17h para a atualização do sistema operacional do firewall.

A atualização foi recomendada pela Secretaria de Tecnologia da Informação e Comunicações (Setic) e aprovada pela Presidência do TRT-11, com parecer favorável da Coordenadoria de Sistemas Processuais (CSP). Tal medida preventiva tem como objetivo reforçar a segurança digital, garantindo a proteção das informações processuais e administrativas.

 

#ParaTodosVerem: tela de um laptop exibindo um alerta do "Processo Judicial Eletrônico" (PJe). Há um símbolo de aviso amarelo no topo e a logo do TRT-11ª Região no canto. Uma mão está sobre o teclado. 

 

 

Coordenadoria de Comunicação Social

Texto: Paula Monteiro

Arte Renard Batista

919Processos que tramitam no Poder Judiciário com temática racial e de comunidades quilombolas serão priorizados durante o mês de novembro. A proposta é que pelo menos 20% das ações ganhem movimentação processual concreta ou tenham julgamento concluído. De acordo com o Painel de Monitoramento Justiça Racial, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), 13.618 processos tramitam nos tribunais brasileiros sobre questões raciais. A medida, impulsionada nacionalmente pelo Conselho, destaca a importância do Mês da Consciência Negra para a reflexão e o fortalecimento das ações voltadas à equidade racial.

É a primeira vez que o CNJ encabeça o Mutirão de Julgamento e Impulsionamento de Processos com Ênfase na Temática Racial. Para isso, o Conselho encaminhou a cada tribunal participante a relação de processos identificados a partir de extração de dados do DataJud. Cabe às cortes selecionarem as ações que serão priorizadas.

A atuação de cada tribunal na promoção da equidade racial e os resultados alcançados durante o mutirão serão apresentados no Encontro Nacional de Juízes Negros, que será realizado em Brasília, nos dias 9 e 10 de dezembro. Na ocasião, haverá reconhecimento das cortes que mais se destacarem na iniciativa.

O mutirão racial replica prática bem-sucedida desenvolvida Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN), vencedor da Menção Honrosa no Prêmio Equidade Racial 2024. Além de priorizar os processos que envolvem o tema, o mutirão deve contribuir para identificar outras questões que precisam ser enfrentadas como parte do racismo estrutural.

Racismo estrutural

“Na classificação dos processos, apesar de haver marcador de discriminação, não há de racismo, o que torna muitas questões invisibilizadas”, diz a juíza auxiliar da Presidência do CNJ, Adriana Melonio. Magistrada do Tribunal Regional do Trabalho 10ª Região (TRT-10), ela relembra que só percebeu estar diante de um caso de racismo quando teve o autor da ação à sua frente.

“Ele questionava a falta de promoções em sua carreira como bancário, apesar de possuir amplo conhecimento na função e conclusão de diversos cursos. Ainda assim, era constantemente preterido em relação a colegas com menos tempo de serviço e menor qualificação”, ilustra a juíza.

Segundo Adriana, o mutirão também contribuirá para dar maior visibilidade a dados que permanecem menos evidentes nas demandas judiciais. “A ação não vai apenas julgar processos, mas sanear informações como a classificação correta por classe processual, além de fortalecer e integrar o envolvimento dos tribunais no combate ao racismo estrutural”, avalia.

A medida já vem sendo disseminada pelas varas e ampliada pelos tribunais com o apoio dos Comitês de Equidade Racial.

Adicionalmente, o CNJ solicitou às entidades da sociedade civil integrantes do Fórum Nacional do Poder Judiciário para a Equidade Racial (Fonaer) a colaboração na indicação de processos considerados prioritários para a promoção da equidade racial. Essas sugestões serão sistematizadas e encaminhadas ao conhecimento dos tribunais.

Coordenadoria de Comunicação Social
Texto e imagem: CNJ

 

No Norte do Brasil, mudanças nos ciclos de cheia e seca dos rios aumentam exigências logísticas para levar atendimentos a comunidades

918Temperaturas em alta, aumento das secas, tempestades mais severas: as consequências das mudanças climáticas têm gerado danos diversos à população nas diferentes regiões do Brasil - e do mundo. Esses eventos têm afetado, também, a Justiça do Trabalho, que registra impactos à prestação de serviços para a sociedade em razão dos efeitos dessas transformações.

Nesta semana, a série “Trabalho e Clima - Justiça do Trabalho e COP30” detalha alguns desses prejuízos, com relatos que vêm de diferentes regiões do Brasil. A primeira reportagem trata da Região Norte.

O conteúdo foi produzido pelas equipes de comunicação de Tribunais Regionais do Trabalho, em parceria com o Tribunal Superior do Trabalho.

“Nossas estradas são os rios”

No Norte do Brasil, as grandes extensões territoriais e o isolamento geográfico de comunidades sempre representaram um desafio para viabilizar o acesso das populações à Justiça. Para contornar a dificuldade, foi desenvolvido o projeto Justiça Itinerante, em que magistrados e servidores vão a localidades em que não há Varas do Trabalho para prestar atendimento e garantir direitos.

Grande parte dos deslocamentos depende de barcos, e o calendário é adaptado ao ciclo natural dos rios, que influencia diretamente a logística das ações. Esse ciclo é composto por duas fases: a enchente, entre dezembro e maio, quando os rios sobem gradualmente; e a vazante, entre junho e novembro, quando as águas começam a baixar.

Mas as equipes da Justiça do Trabalho nos estados do Norte do Brasil estão se deparando com desafios crescentes para essa atividade, em razão da alteração nesses ciclos, com agravamento de secas e, também, chuvas mais intensas e alagamentos.

 

"As comunidades se desenvolvem

ao longo das calhas e margens. Quando a seca é intensa,

alguns locais ficam desconectados dos rios."

 

No Estado do Amazonas, por exemplo, entre 2023 e 2024, duas estiagens críticas afetaram todos os 62 municípios. Segundo a Defesa Civil do estado, mais de 800 mil pessoas foram impactadas em 2024, o que corresponde a cerca de 190 mil famílias.

As consequências do problema incluem a queda drástica dos níveis dos rios e o surgimento de bancos de areia, que afastam embarcações e comprometem a navegação. “Nossas estradas são os rios, e as comunidades se desenvolvem ao longo das calhas e margens. Quando a seca é intensa, alguns locais ficam desconectados dos rios, impossibilitando o transporte e o recebimento de insumos básicos como alimentos e água”, explica o juiz do trabalho André Luiz Marques Cunha Júnior, lotado na Vara do Trabalho de Parintins (AM).

Isso significa que o deslocamento dos servidores da Justiça do Trabalho e o acesso dos moradores das comunidades mais remotas aos pontos de atendimento fica mais difícil.

Imprevisibilidade dos ciclos afeta planejamento

O diretor da Vara do Trabalho de Parintins, José Aldo Pascoal Viana Neto, acrescenta que, com as mudanças climáticas, os ciclos de cheia e estiagem dos rios amazônicos estão cada vez mais imprevisíveis, o que afeta todo o planejamento dessa operação da Justiça. “A Justiça Itinerante, idealizada para superar barreiras geográficas e levar serviços essenciais a comunidades interioranas, tem sua operacionalidade intrinsecamente ligada aos extremos climáticos da região”, afirma.

 

Situação semelhante é enfrentada em Coari, também no Amazonas, como relata a diretora da Vara do Trabalho local, Rai Letícia. Ela explica que o município de Codajás, sob a jurisdição da Vara, sofre com alagamentos severos nas grandes cheias e com dificuldades de acesso durante as estiagens, quando os barrancos dificultam a subida até a cidade. “Nas grandes cheias, a cidade fica totalmente alagada. Já nas secas, o problema maior é o desembarque, que fica longe, e os barrancos que precisamos subir até chegar na cidade”, lembra.

Outro exemplo vem do Amapá: no final do ano passado, uma equipe de 11 servidores do TRT-8 (PA/AP), liderada pelo juiz do trabalho José Eduardo, enfrentou uma jornada desafiadora para chegar às aldeias Kumarumã e Kumenê, na Terra Indígena Uaçá, no Município de Oiapoque, em razão da seca. “Tivemos que nos deslocar por um ramal de difícil acesso e aguardar uma retroescavadeira terminar o serviço para conseguirmos passar”, relata. “Depois, o deslocamento foi feito de barco, entre aldeias, o que levou quase quatro horas de viagem.”

Adaptação é essencial

Os desafios, contudo, não intimidam quem atua na Justiça Itinerante. Em Kumarumã, a equipe realizou audiências e orientações jurídicas, garantindo que os direitos dos trabalhadores indígenas fossem respeitados. Já em Kumenê, a alta demanda levou à realização de atendimentos em dias consecutivos, com o apoio da comunidade local.

A experiência evidencia a urgência de políticas públicas que considerem os efeitos das mudanças climáticas sobre a infraestrutura e os serviços públicos na Amazônia. Para a Justiça do Trabalho, adaptar-se a esse novo cenário é essencial para manter sua presença ativa e eficaz nas regiões mais distantes, onde o acesso à justiça ainda é um desafio diário.

 

 

Coordenadoria de Comunicação Social
Texto: Jonathan Ferreira/TRT-11 (AM/RR) e Danielly Silva/TRT-8 (PA/AP)
Edição: Natália Pianegonda e Carmem Feijjó (TST)
Vídeo: TRT-11 (AM/RR)
Fotos: Divulgação TRT-11 (AM/RR)

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