818

Na manhã de hoje, 14/10, a Seção de Biblioteca do TRT11 realizou uma sessão de autógrafos do livro "Careiro da Várzea: História, Memórias e Atualidades" do desembargador Antonio Carlos Marinho Bezerra, um dos responsáveis pela instalação do TRT no Amazonas.

O evento foi mais uma ação cultural do Projeto Meu Livro, Seu Livro, que tem o objetivo de estimular o gosto pela leitura, e ocorreu na Seção de Biblioteca da EJUD11, localizada no 2º andar do Fórum Trabalhista.

O diretor da EJUD11, desembargador David Alves de Mello Júnior, fez a abertura do evento, ressaltando a importância da Biblioteca para o TRT11, bem como da realização de ações como esta, que enaltecem a história da nossa Região, e ao mesmo tempo disseminam leitura e conhecimento aos participantes. O diretor da EJUD11 também agradeceu a presença do ilustre autor do livro, desembargador Marinho, o qual dedicou 41 anos à Justiça do Trabalho, sendo três vezes presidente do TRT11.

O autor do livro, desembargador do Trabalho do TRT11 Antonio Carlos Marinho, fez um breve explanação sobre a obra, e declarou o motivo maior que o fez escrever este livro: o amor à terra Careiro da Várzea. Outro motivo que o influenciou foi o fato de que alguns cronistas passaram a divulgar e a repetir informações incorretas sobre a sua terra natal. "Havia muitas falhas quando os cronistas que escreviam sobre o município entravam na história do Careiro da Várzea, e isso me inspirou a pesquisar e a realizar um estudo com muito cuidado e minúcia sobre esta terra tão querida", declarou ele.

Estiveram presentes na Sessão de Autógrafos, a vice-diretora da EJUD11 e juíza titular da 8ª VTM, Sandra Di Maulo; membro do Conselho Consultivo da EJUD11 e juiz titular da Vara do Trabalho de Tabatinga, Gerfran Carneiro Moreira; membro do Conselho Consultivo da EJUD11 e juíza do trabalho substituta, Carolina de Souza Lacerda Aires França; diretor do Fórum Trabalhista de Manaus e juiz titular da 14ª VTM, Pedro Barreto Falcão Netto; juíza titular da 18ª VTM, Selma Thury Vieira Sá Hauache; os juízes substitutos recém empossados, Luíza Helena Roson e Antônio Carlos Duarte de Figueiredo Campos; a equipe da Biblioteca Donaldo Jaña e demais servidores.

Coleção Amazoniana

Na mesma ocasião, foi a realizada a entrega oficial de livros do autor Djalma Batista, figura histórica do Amazonas e que, pela sua importância, deu o nome a uma das principais ruas da cidade de Manaus.

As obras foram entregues ao diretor da EJUD11, desembargador David Alves de Mello Junior, pelo diretor da Assessoria de Comunicação deste Regional, Cláudio Batista, filho do grande médico e pesquisador Djalma Batista, e servidor do TRT11 há 31 anos. Os livros "O complexo da Amazônia - Análise do processo de desenvolvimento" e "Amazônia - Cultura e Sociedade", são considerados clássicos e essenciais nos estudos sobre a Amazônia.

A obra do Desembargador Marinho, bem como os livros do pesquisador Djalma Batista darão início ao novo acervo bibliográfico fixo da Biblioteca Donaldo Jaña, denominado Coleção Amazoniana. Tais livros poderão ser emprestados no empréstimo tradicional já realizado pela Seção de Bilbioteca da EJUD11.

Confira a galeria de imagens.

820Coleção Amazoniana: novo acervo bibliográfico fixo, inaugurado hoje.

 

 

 

819Doação de livros do médico e pesquisador Djalma Batista à Biblioteca do TRT11.

817

A Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 11ª Região - Amatra XI aprovou, em Assembleia Geral Ordinária realizada em 07 de outubro, uma Moção de Aplausos destinada à presidente do TRT11 e demais desembargadores, em reconhecimento pela decisão que culminou no aproveitamento dos candidatos Luíza Helena Roson e Antônio Carlos Duarte de Figueiredo Campos, no âmbito do TRT11.

A decisão foi tomada na Sessão do Pleno do dia 05.10.2016, e segundo descrito na Moção, "evidenciou a sensibilidade dos desembargadores do TRT11 com o momento atípico de adversidades, orçamentárias e de material humano, enfrentado por toda a magistratura trabalhista da 11ª Região".

Acesse a Moção de Aplausos na íntegra. 

810

A Corregedora Regional, Desembargadora Ormy da Conceição Dias Bentes, solicitou da AMATRA XI - Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 11ª Região, em Assembléia Geral Extraordinária, reunião com os Juízes de 1º grau, ocorrendo na última sexta-feira, dia 07/10 às 11:00, na sala de reuniões do 9º andar do Fórum Trabalhista de Manaus.

A Assembléia teve evento considerando as dificuldades quanto às atividades da Justiça Itinerante, cujo desenvolvimento no ano de 2016 foi extremamente prejudicado pelas dificuldades financeiras em face dos cortes orçamentários.

Aproveitando a oportunidade, a Corregedora Regional, conforme expusera nos ofícios 453 e 468,fez saber de seu comparecimento na IV Reunião dos Órgãos de Defesa das Prerrogativas da OAB/AM em 26 de agosto de 2016, na qual foram expostas as dificuldades encontradas por parte dos advogados no relacionamento com esta Justiça. A reunião em que participou teve como objetivo promover parceria de atuação mútua para melhoria do relacionamento entre OAB/AM e os Órgãos Jurisdicionais do TRT da 11ª Região. Na ocasião foram relatadas as preocupações dos Senhores Advogados que militam nesta Especializada, visando dar conhecimento do que entendem como entraves a uma boa inter-relação entre as entidades.

Por esta razão lhe aprouve disponibilizar oportunidade aos Senhores Magistrados para exporem, igualmente, suas dificuldades no relacionamento próprio e de suas unidades em relação aos advogados, sendo este o principal motivo de participação na Assembléia, conforme os ofício 462/2016, reiterados pelo de nº 468 da Corregedoria, encaminhados à Direção da AMATRA XI, em 02/09/2016 e 141/09/2016, respectivamente. Segundo entender da Corregedora Regional, a troca de informações foi considerada satisfatória.

A Corregedora agradece aos Magistrados pela colaboração e comparecimento.
Compuseram a Mesa da Assembléia:
Exma. Ormy da Conceição Dias Bentes - Desembargadora Corregedora Regional do TRT da 11ª Região
Exmo. Sandro Nahmias Melo - Presidente da AMATRA XI - Associação dos Magistrados do Amazonas
Exmo. Gerfran Carneiro Moreira - Diretor de Prerrogativas da AMATRA - Associação dos Magistrados do Amazonas
Dr. Djalma Monteiro de Almeida - Titular da 1ª Vara do Trabalho de Manaus
Dr. Sandra Dia Maulo - Titular da 8ª Vara do Trabalho de Manaus
Dra. Maria de Lourdes Guedes Montenegro - Titular da 16ª Vara do Trabalho de Manaus
Dra. Maria da Gloria de Andrade Lobo - Titular da 11ª Vara do Trabalho de Manaus
Dra. Selma Thury Vieira Sá Hauache - Titular da 18ª Vara do Trabalho de Manaus
Dr. Túlio Macedo Rosa e Silva - Juiz Substituto
Dr. Vitor Graciano de Souza Maffia - Juiz Substituto
Dra. Juíza Jeanne Karla Ribeiro - Juíza Substituta
Dr. Afrânio Roberto Pinto Alves Seixas - Juiz Substituto

Fonte: Corregedoria TRT11

815

Em julgamento de recurso ordinário na sessão do dia 29 de setembro, a Terceira Turma do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 11ª Região (Amazonas e Roraima) considerou a perda auditiva de ex-funcionário da Moto Honda da Amazônia Ltda. como doença ocupacional, reformou sentença improcedente e determinou o pagamento de indenização no valor de R$43 mil.

O reclamante ajuizou ação trabalhista, alegando que foi admitido na empresa em 2002 e, no exercício da função de auxiliar de produção, era exposto a elevados níveis de ruído, sendo diagnosticado em 2013 com perda auditiva no ouvido direito. Demitido em 2014, o reclamante argumentou que teria direito à estabilidade provisória de 12 meses e, por isso, pediu a reintegração no emprego ou o pagamento de indenização referente à estabilidade, a danos morais e materiais. Fundamentada em laudo no qual o perito concluiu que a perda auditiva do reclamante não tinha nexo de causalidade com atividades desempenhadas durante o contrato de trabalho (2002 a 2014), a sentença foi improcedente. Inconformado com a decisão, o autor recorreu ao TRT, sustentando que comprovou nos autos que a perda parcial da capacidade auditiva seria resultado das atividades que executou na empresa, a qual teria sido negligente quanto à proteção do trabalhador.

A desembargadora Maria de Fátima Neves Lopes, relatora do processo, explicou que apesar de o laudo pericial ter sido desfavorável ao reclamante, o caso em análise se amolda ao art. 19 da Lei nº 8.213/91, que conceitua acidente de trabalho como aquele que ocorre pelo exercício das atividades a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. Os incisos I e II do artigo 20 desta lei equiparam ao acidente de trabalho as doenças produzidas ou desencadeadas pelo exercício peculiar à determinada atividade. "Nesse contexto, a despeito da conclusão do perito judicial, entendo que, da análise sistemática das provas dos autos, resulta que as doenças que acometem o recorrente são de origem ocupacional", destacou a relatora, constatando que a empresa não juntou aos autos exames admissionais do reclamante, para provar eventuais doenças preexistentes. Ela também enfatizou que o trabalhador recebeu auxílio-doença em 2007 por ter sido reconhecida a existência de incapacidade laboral. Ao mesmo tempo, a relatora ressaltou a responsabilidade do empregador de zelar pela segurança de seus funcionários e fiscalizar o modo de execução das atividades, concluindo que não foi comprovado nos autos que os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) fornecidos eram adequados para evitar danos auditivos.

Processo 001239-96.2014.5.11.0008

 

 

813O Papa Francisco enviou uma mensagem ao Santuário Nacional de Aparecida na última segunda-feira, dia 10 de outubro, em que saúda as ações de combate ao trabalho infantil realizadas pela Justiça do Trabalho, em parceria com o Ministério Público do Trabalho, e que integram o Programa Nacional de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem da Justiça do Trabalho. A exposição itinerante "Um mundo sem trabalho infantil" está fazendo parte da programação da "Semana da Criança", que teve início no domingo, dia 9/10, com uma missa e a leitura da Carta de Aparecida pela Abolição do Trabalho Infantil. O evento prossegue até o próximo dia 16, com uma série de atividades temáticas, de cunho recreativo e educativo.

No telegrama, que foi lido na terça-feira (11/10) na Basílica Nacional, durante a missa das 9 horas, o Papa Francisco saudou "com muita alegria" a iniciativa que "tem por finalidade promover a erradicação do trabalho infantil e proporcionar às crianças uma educação de qualidade que lhes garanta um futuro melhor".

Na mensagem, o Santo Padre faz uma reflexão sobre o papel da criança na família e na sociedade. "É preciso lembrar que as crianças são um sinal. Sinal de esperança, sinal de vida, mas também sinal de 'diagnóstico' para compreender o estado de saúde duma família, duma sociedade, do mundo inteiro. Quando as crianças são acolhidas, amadas, protegidas, tuteladas, a família é sadia, a sociedade melhora, o mundo é mais humano. Por isso, devemos estar sempre renovando a nossa disposição em acolher mais e melhor as crianças, perguntando-nos: somos capazes de permanecer junto delas, de ‘perder tempo' com elas? Sabemos ouvi-las, defendê-las, rezar por elas e com elas? Ou negligenciamo-nos, preferindo ocupar-nos dos nossos interesses?".

Ao final da mensagem, o Papa Francisco abençoou os organizadores, desejando que os objetivos da campanha sejam alcançados. "Assim, faço votos de que o Fórum para a Erradicação do Trabalho Infantil possa ser frutuoso nos seus propósitos e, para tal, peço que as luzes do Espírito Santo iluminem a todos os participantes, ao mesmo tempo em que, pela intercessão de Nossa Senhora Aparecida, lhes concedo a Bênção Apostólica, pedindo que não deixem de rezar por mim".

Exposição na Basílica Nacional: O Mundo Sem Trabalho Infantil
A exposição itinerante "Um mundo sem trabalho infantil", que retrata as piores formas de exploração ilegal da mão de obra de crianças e adolescentes, pode ser conferida até dia 17 de outubro nos corredores externos da Basílica Nacional de Aparecida. Iniciativa do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem, a exposição já foi exibida em cidades como Brasília, Curitiba e Presidente Prudente. O objetivo é conscientizar a sociedade de que é preciso, com urgência, exigir o respeito aos direitos desses jovens, conforme estabelece a legislação brasileira, sobretudo a Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Programação em Manaus
O Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região, em parceria com o Ministério Público do Trabalho, está realizando a exposição itinerante "Um mundo sem trabalho infantil", no hall do Fórum Trabalhista de Manaus (Rua Ferreira Pena, 546. Centro). A mostra ficará aberta para visitação durante todo o mês de outubro, no horário das 7h30 às 14h30.

A exposição também está sendo apresentada, simultaneamente, no Sumaúma Park Shopping, piso Japiim - 1º andar, Espaço Cultural, e ficará aberta para visitação até o dia 18 de outubro. Em seguida, segue para o Manauara Shopping, piso G6, onde permanece no período de 19 a 31 de outubro.

 

Com informações do TRT15.

 

812A Corregedora Regional Ormy da Conceição Dias Bentes recebeu os juízes recentemente empossados, Luíza Helena Roson e Antônio Carlos Duarte e Figueiredo Campos, acompanhados do juiz do trabalho substituto Gleydson Ney Silva da Rocha e do Presidente da Amatra XI, Sandro Nahmias Melo, representando o Desembargador David Alves de Mello Júnior, Diretor da EJUD11. Na oportunidade, a Corregedora estendeu as boas vindas ao novos Magistrados que vieram compor o quadro deste Regional, razão de satisfação, na medida em que o Regional vinha tendo defecção no número de Juízes Substitutos, em razão da opção de muitos em compor os Regionais de suas localidades de origem. Aos novos componentes deseja a Corregedora Regional sucesso no exercício do cargo e se disponibiliza, juntamente com a Corregedoria, seus préstimos, colocando-se ao dispor.

Galeria de Imagens.

 

811Correição no Núcleo de Distribuição dos Feitos de ManausA Corregedora Regional Ormy da Conceição Dias Bentes, e sua equipe, realizou correição ordinária anual no Núcleo de Distribuição dos Feitos de Manaus, no dia 10 de outubro.

Durante a correição, a Corregedora considerou-se satisfeita com o fato dos atendimentos serem efetivados no próprio dia do comparecimento do usuário, não mais sendo utilizado sistema de agendamento em dias posteriores, o que comprova a evolução do Núcleo, alcançando maior eficácia. Observou ainda as iniciativas adotadas no transcorrer do ano de 2016, estando em implantação de diversos sistemas, buscando que essa evolução ultrapasse o avanço no atendimento, mas que deslumbra possibilidades de alcançar maior produtividade.

Para a desembargadora, a correição tem papel fundamental para o bom atendimento da Justiça, em sendo a missão da Corregedoria a de orientar pedagogicamente os juízes e serventuários quanto à correção, transparência e celeridade dos atos processuais, assim contribuindo para o exercício eficiente e ético da prestação jurisdicional, considerando, portanto, que uma Correição obtém seus melhores resultados quando longe de inspirar intimidação.

A ata da correição está no portal da Corregedoria, no link https://portal.trt11.jus.br/index.php/corregedoria/atas-de-correicao

Confira Galeria de Imagens das correições 2016.

 

809

O juiz titular da Vara do Trabalho de Tabatinga, Gerfran Carneiro Moreira, participou, em Brasília, da homenagem aos 40 anos da Anamatra - Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho, realizada pelo Senado Federal, na última segunda-feira (10/10).

A solenidade foi presidida pelo autor do requerimento para sua realização, senador Paulo Paim (PT/RS), e foi marcada pelo reconhecimento dos participantes da luta estatutária da Anamatra pelos direitos sociais e pela valorização da Magistratura e da Justiça do Trabalho.

Ao abrir a sessão, o senador Paim centrou a sua exposição no reconhecimento do papel do trabalho do magistrado; das dificuldades para investidura no cargo de juiz e de sua extenuante carga de trabalho; e na importância da Justiça do Trabalho na solução de litígios, em especial em momentos de crise, quando ocorre um expressivo aumento do número de processos por descumprimento de direitos. “Em 2015, a Justiça do Trabalho alcançou o volume de 2,6 milhões de processos, um aumento de 12,3% em relação a 2014. Mesmo nessa circunstância, manteve a tradição de ser uma das mais céleres do país”, disse.

O senador lembrou, em especial, a atuação da Associação contra a regulamentação da terceirização nos moldes propostos no PLC 30/201 e contra a PEC 241/2016, que limita os gastos públicos pelos próximos 20 anos. São propostas, que, na avaliação do senador, afetam direitos conquistados pelos trabalhadores, opinião essa compartilhada pelos demais participantes da sessão.

O evento foi prestigiado por diversos diretores da entidade. Além do presidente da Anamatra, Germano Siqueira, alguns presidentes das Amatras também participaram da solenidade, além do procurador-geral do Trabalho, Ronaldo Fleury, diversos dirigentes associativos da Magistratura e do Ministério Público, entre outras autoridades. O magistrado do TRT11, Gerfran Carneiro Moreira, estava representando a Amatra XI.

Confira a galeria de imagens.

Fonte: ANAMATRA

761Des. Edmilson Lima em visita de cortesia à presidente do TRT11, Des. Maria das Graças Alecrim Marinho, em set 2016Confira artigo sobre as maravilhas do Amazonas, escrito pelo desembargador Edmilson Antônio Lima, do TRT da 9ª Região (Paraná).

O magistrado foi juiz do trabalho no TRT da 11ª Região, em 1987, depois de aprovado em primeiro lugar no concurso. Após atuar em Manaus por três anos, prestou novo concurso e passou a integrar o quadro de juízes do trabalho do Paraná, em maio de 1990. O artigo é do dia 7 de outubro, sexta-feira.

 

Sexta-feira!
Só pra variar...

Quase fim de expediente; fim de semana chegando.
Por esses lados do Brasil, estamos em plena primavera, mas com frio e chuva (teve até granizo!) que faz parecer que o inverno se recusa a ir embora.

De qualquer forma, já dá para pensar no verão e nas férias de fim de ano. E aí não tem como eu deixar de sonhar com o meu querido estado do Amazonas, onde o verão domina o ano inteiro, com sol inclemente revezando-se com chuvas torrenciais. Além dos grandes rios que rasgam a Amazônia na horizontal (Rios Negro e Solimões, que juntos formam o Rio Amazonas e o espetáculo do Encontro das Águas), temos o grande rio que corre verticalmente, de cima para baixo, de forma intermitente, o ano inteiro: as chuvas amazônicas, que muitas vezes se parecem com cachoeiras que se espalham pela grande e bela Manaus, aliviando um pouco o calor, mas que logo volta a reinar por aquelas bandas.

Se é verdade que Deus é brasileiro, então provavelmente Ele nasceu e morou muito tempo na Amazônia, certamente no estado do Amazonas, e especialmente em Manaus, pois toda essa vasta região nortista, estado (São Gabriel da Cachoeira, Barcelos, Manacapuru, Itacoatiara, Parintins, Presidente Figueiredo etc) e a capital amazonense são abençoados por Deus e bonitos por natureza. Flora e fauna incríveis, rios, floresta, frutas exóticas e saborosas, comidas deliciosas, e Ele ainda teve o cuidado de povoar esse paraíso terrestre com uma gente hospitaleira, alegre e trabalhadora!

Lembrando de tudo isso, chego a ter saudade de coisas que são simples e cotidianas aos manauaras, como tambaqui assado na brasa, baião de dois, caldeirada de tucunaré, pirarucu de casaca, jaraqui frito, tucunaré a escabeche, guisado de tracajá, mixira, pirão, pato no tucupi, suco de cupuaçu ou de graviola, sorvete de tapioca, tapioca recheada de queijo e presunto, abacaba, abiu, sorva, açaí, pupunha, tucumã, taperebá, guaraná Baré, e de tantas outras delícias amazonenses. Vou deixar de fora dessa lista o tacacá e a pimenta murupi, pois já sofri com eles...

Dá saudade também da forte toada dos Bois Bumbás Garantido e Caprichoso. Não tenho preferência especial por nenhum dos dois, pois ambos são ótimos, oferecendo-nos lindos espetáculos de música, dança, imagens, cores, coreografia, ritmos, fortes emoções que vêm da bela ilha de Parintins e ecoam por toda a Amazônia. Acho que sou "Capritido" ou "Garanchoso", sei lá. Mas também gosto das músicas do grupo Raízes Caboclas e de David Assayag, e aqui do estado do Paraná de vez em quando eu ouço as suas músicas, já que eu tenho muitos CD's desses e outros grandes artistas amazonenses.

Saudade de gente querida, bonita, alegre e inteligente, como os meus queridos amigos e amigas Graça Marinho, Francisca Rita, David Mello Jr., Maria de Fátima Neves, Eleonora, Lairto, Ormy, Jorge Álvaro, Ruth Sampaio, Solange, Dr. Marinho, Dr. Armando, Dr. Braga, Dra. Vera (assim eu os chamo, apesar de que todos os outros também são doutores), todos eles Magistrados de primeira grandeza, só para citar alguns deles com os quais tive a honra de trabalhar e o prazer de conviver e aprender muita coisa boa que carrego comigo para a vida inteira. Também não posso deixar de citar outros amigos queridos, como Dr. Álvaro e D. Adalgiza (meus pais amazonenses), Dr. Márcio Sordi, Dr. Higino, Dra. Luciana Souza, Dr. Láedio, Péricles, Marinei, Raimundo Feitosa, Janete, Frank, D. Alberta, e tantas outras figuras queridas e maravilhosas daquele paraíso brasileiro.

Mas para quem conhece o grande estado do Amazonas, a bela e quente Manaus, os seus filhos hospitaleiros e alegres, além daquelas maravilhas da natureza, uma coisa chama a atenção e fascina de forma especial: o linguajar amazonense, o "amazonês"! O saudoso escrito Saramago dizia que há muitos idiomas dentro da Língua Portuguesa. E é verdade! Temos o "gauchês" (Tchê!, Bah!, trilegal, guri, ...), o "paulistanês" (Orra, meu!, Oh, louco!, mano, ...), o "carioquês", o "cearês", e até mesmo o "curitibanês" (vina - salsicha; penal - estojo; mala - mochila, bolsa de escola; cozido - bêbado, embriagado; piá - garoto, guri, curumim; piá de prédio - menino que só vive em edifícios residenciais; gasosa - refrigerante barato; mimosa - tangerina; Capaz! - interjeição de surpesa, equivalente a "É sério?" ou a "Será verdade?"; jacú - caipira, cafona, ...).

A riqueza do linguajar, das expressões e das palavras que são mencionadas naturalmente pelos amazonenses, no dia a dia, são admiráveis e também curiosas para os irmãos brasileiros de outros rincões.

De acordo com Sérgio Freire, doutor em linguística, a linguagem amazonense tem três influências: a nordestina, a indígena e a portuguesa. Esta última é herança dos colonizadores europeus que chegaram ao Amazonas na primeira metade do século 16. Por conta dos portugueses, os amazonenses também puxam o "S" e o "R", como os irmãos cariocas: "porrrque" e "mixxxto quente" são os seus exemplos clássicos.

Maninha, ralhar, leso (léso), bodozal, triscar e ralhava estão entre as expressões regionais.

"Comeu jaraqui, não sai mais daqui". Quem nunca ouviu ou falou essa frase em Manaus? Já faz parte do patrimônio cultural manauara.

Em 2012, Freire lançou a segunda edição de livro "Amazonês", com expressões regionais. Confira alguns termos usados na obra literária e também outras que menciono de memória:

Aperrear: aporrinhar, chatear;
Acochar: agarrar alguém com intenções sexuais;
Agoniado: nervoso, agitado;
Amuado: emburrado, mal-humorado;
Baitola: homem que gosta de namorar homem;
Banzeiro: pequena onda que se forma nos rios amazônicos por causa do movimento dos barcos semelhante à onda do mar;
Carapanã: pernilongo;
Cortar: falar mal de alguém;
Curuba: ferida que demora a sarar;
Cruzeta: cabide;
Caba: marimbondo;
Canjica: doce conhecido por aqui como curau de milho;
Eita pau!/ Eita porra!: expressão de espanto, admiração;
Jerimum (é com J mesmo): abóbora;
Kikão: cachorro-quente;
Lavar urubu: estar desempregado;
Leso: bobo, tonto, idiota;
Macaxeira (é com X mesmo): mandioca; aipim;
Mangarataia: gengibre;
Mungunzá: doce conhecido por aqui como canjica de milho:
Osga: lagartixa;
Pipo: chupeta;
Pitiú: cheiro desagradável, geralmente ligado a peixe;
Porreta!: expressão de satisfação, de alegria;
Puta Teba!: expressão ligada à insatisfação, descontentamento;
Quenga: prostituta;
Se mancar: se tocar;
Taberna: vendinha;
Tacacá: mingau quase líquido de goma de tapioca temperado com tucupi, jambu, camarão e pimenta;
Uarini: farinha amarela de grãos grandes;
Vexado: envergonhado, apressado, tímido.

De bubuia
Quando se está descansando, sem fazer nada, diz-se "estou só de bubuia".

Até o Tucupi
Expressão utilizada para dizer que alguém ou algum lugar está cheio de algo. Frase: "Esse bar está até o tucupi de gente".

Pai D'égua
A expressão significa algo muito bom.

Que só
Muito usada no Amazonas, a expressão "que só" é uma locução adverbial de intensidade. Quando questionado "esse lugar está legal?", por exemplo, a resposta pode ser "está legal que só", em vez de "está muito legal".

Chibata no balde
Expressão usada para dizer que algo é muito bom. "A Copa em Manaus está chibata no balde", por exemplo.

Leseira baré
Quando o amazonense faz uma besteira, nada é mais comum do que classificar como "leseira baré". A expressão pode indicar ainda lerdeza, dizer que a pessoa é "lesa" ou "abestalhada".

Maceta
"Pô, o Rio Amazonas é maceta" nada mais é do que falar sobre a imensidão do maior rio de água doce do mundo. Maceta é uma das expressões mais usadas no estado, significando "muito grande". O oposto, algo pequeno, também tem um nome no amazonês: "gitinho".

Maninha
Quem vem a Manaus logo diz que se sente acolhido pelos moradores locais, como se fossem todos uma grande família. Na verdade, o amazonense tende mesmo a tratar todos como irmãos ao usar a expressão "mana" com qualquer pessoa, até mesmo com quem não conhece. E a maneira mais carinhosa também é popular: há "maninhos" e "maninhas" por todo canto.

Requengelo
Uma pessoa ou lugar desarrumada é logo chamada de "requengelo".

Vô mermo ("vô merrrmo")
Uma maneira mais animada de dizer "vou mesmo", geralmente usada com a entonação indicando algo óbvio. Por exemplo, é como perguntar ao amazonense "você vai ao Bar do Armando hoje?" e receber a resposta "vô meeermo!".

Pomba lesa
Não basta dizer que alguém fez uma "leseira baré": se a pessoa costuma cometer muitas besteiras, ela é "pomba lesa". Pode ser usada também para indicar alguém imaturo, que não pensa no que faz.

Empachado
Sabe quando você come muito e sente que está bem cheio? No Amazonas, esta sensação ganha o nome de "empachado".

Tu é leso, é?
Sim, "leso" é uma das palavras mais usadas pelos amazonenses. E quando alguém faz uma besteira, na hora de indagar, a expressão ganha uma sonoridade diferente: "tu é leso, é?". No interior a expressão é ainda mais forte: "tá será leso, maninho?".

Galeroso
Em diversos lugares do Brasil, ter uma "galera" é algo bom. Indica ter amigos, pertencer a uma tribo. No entanto, no Amazonas, "galeras" são grupos rivais geralmente ligados a crimes. Ser "galeroso" é como ser um "mau elemento", ou até mesmo alguém brigão.

Fuleiro
Sabe aquele cara que perde o amigo mas não perde a piada? Pois é, esse pode ser considerado um cara "fuleiro". Pessoa que costuma sacanear com o outro sem medir as consequências.

Presepada
Quando alguém costuma fazer coisas malucas, "palhaçadas", isto é chamado de "presepada". É como chegar na casa da avó com o cabelo verde e a senhora perguntar "mas menino, que presepada é essa que você fez no cabelo?".

Curumim
Do tupi, "curumim" é o menino indígena. Em Manaus, qualquer criança é chamada de "curumim" ou "cunhantã", o feminino da expressão.

E por aí vai...
Bom fim de semana a todos!
Abraços aos queridos irmãos e amigos amazonenses!

Des. Edmilson Lima - Paranazonense - TRT PR - da nublada e chuvosa Curitiba-PR,

07.10.2016

808

O Juiz Convocado do TRT11, Adilson Maciel Dantas, esteve em Brasília, no último dia 07 de outubro, representando a Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 11a Região - AMATRA XI, em evento ocorrido na Câmara dos Deputados.

A reunião foi uma realização da Frente Associativa da Magistratura e do Ministério Público - FRENTAS, entidade que congrega as principais associações de classe da Magistratura e do Ministério Público nos âmbitos estadual e federal, e teve por objetivo mostrar a união de todas as entidades contra a corrupção e em favor do Estado Democrático de Direito. Presentes ao evento, discursaram os presidentes da Associação dos Magistrados Brasileiros - AMB, Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho - ANAMATRA, Associação dos Juízes Federais do Brasil - AJUFE, Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho - ANPT, Associação Nacional dos Procuradores da República - ANPR, Associação Nacional dos Membros do Ministério Público - CONAMP, além dos Deputados Federais Valtenir Pereira e Alessandro Molon, ambos integrantes da Subcomissão Especial de Garantias da Magistratura e Ministério Público.

A tônica dos discursos foi a defesa da Operação Lava-Jato como símbolo mais poderoso da permanente luta contra a corrupção no país e a extremada preocupação com os efeitos da PEC 241, que fixa teto para os gastos públicos nos próximos vinte anos, sobre o Poder Judiciário e Ministério Público, notadamente no âmbito dos Estados-Membros da Federação, conquanto possam ficar reféns da vontade política dos agentes do Executivo e do Legislativo estaduais. Tal PEC, no entender das entidades de classe, pode representar um verdadeiro desmonte do Poder Judiciário e do Ministério Público.

Também foi objeto de manifestação a iniciativa do Presidente do Tribunal Superior do Trabalho - TST, Ministro Ives Gandra da Silva Martins Filho, em solicitar, unilateralmente, a retirada de pauta de 32 projetos de criação de cargos no âmbito da Justiça do Trabalho, medida essa que foi objeto de Mandado de Segurança Coletivo impetrado pela ANAMATRA e que teve liminar deferida.

O magistrado Adilson Dantas informou que sua participação no referido evento foi isenta de quaisquer custos para a AMATRA XI, uma vez que ele já se encontrava em Brasília para exames médicos e, gentilmente, ofereceu-se para representar a Associação (da qual é ex-presidente), em razão da necessidade dos membros da diretoria na defesa de matéria de relevante interesse coletivo na sessão administrativa do dia 05/10 no âmbito do TRT11.

Confira a galeria de fotos do evento.

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