Presidente do TRT, Graça Alecrim, comemora as conquistas das mulheres. Foto: A Crítica
Atualmente, três tribunais de peso no Estado são presidido por mulheres: Tribunal de Justiça (TJAM), Tribunal Regional do Trabalho (TRT-AM/RR) e Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM)
A participação das mulheres nos espaços de Poder do País é um assunto que está na pauta do Dia Internacional da Mulher. E, por sinal, elas estão fazendo história no Poder Judiciário amazonense. Atualmente, três tribunais de peso no Estado são presidido por mulheres: Tribunal de Justiça (TJAM), Tribunal Regional do Trabalho (TRT-AM/RR) e Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM).
“A mulher está avançando cada vez mais em cargos de direção. Antigamente não tinha mulher juíza ou desembargadora. Hoje todas as presidências são exercidas por mulheres. E acredito que cada vez vai melhorar mais. A mulher não tem porque estar em nível menor que o homem. Tem tanta capacidade quanto eles”, avalia a desembargadora Graça Alecrim, presidente do TRT da 11ª região. Ela ainda completa: “Não tem que ter essa distinção. Todos nós podemos. Homens e mulheres”.
Com 66 anos de vida, sendo três décadas dedicadas à magistratura, Graça Alecrim conta que sempre se dividiu entre a carreira pública e a vida familiar, mas que a cultura machista brasileira e a dupla jornada de trabalho são assuntos que merecem ser discutidos.
“A mulher tem dupla jornada, tem que dar conta do trabalho e da família. As tarefas precisam ser administradas entre homens e mulheres, não só ficar a cargo da mulher. Acho que a questão ainda é cultural”, comenta a desembargadora que é casada, mãe de dois filhos e avó de quatro netos. “No Justiça do trabalho comecei como juíza substituta, presidente da vara Coari, presidente da Vara de Manacapuru, e juíza na 10º Vara e na 17ª Vara, até ser nomeada desembargadora”, diz com orgulho de sua trajetória.