As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo Sympla. Os participantes receberão certificado de quatro horas.

824No dia 27 de outubro, das 13h às 17h, o Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (AM/RR), por meio do Comitê Permanente de Acessibilidade e Inclusão, promoverá o seminário “O Direito ao Trabalho da Pessoa Com Deficiência: Superando a Barreira do Capacitismo Estrutural”. O evento acontecerá no auditório da Escola de Direito da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), localizado na Rua Major Gabriel, 767, no Centro de Manaus (AM).

Com o objetivo de debater temáticas relacionadas aos direitos humanos e direitos das pessoas com deficiência, o seminário tem como público-alvo os estudantes de graduação e pós-graduação; servidores e magistrados do TRT-11; pessoas com deficiência e público em geral. As inscrições são gratuitas e já podem ser feitas pela plataforma Sympla. Clique AQUI para garantir sua vaga. 

Programação

A programação do evento inclui quatro painéis e uma conferência de encerramento. Entre os palestrantes convidados estão pessoas com deficiência cujas experiências pessoais serão abordadas durante o evento. Os trabalhos serão coordenados pelo juiz do Trabalho Sandro Nahmias Melo, coordenador do Comitê Permanente de Acessibilidade e Inclusão do TRT-11 e professor associado da UEA.

O instrutor de Libras da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado do Amazonas, Marcelo Pereira da Costa, abordará o tema “O exercício do direito à educação pela pessoa com deficiência”. Marklea Ferst, consultora da Unesco e professora da UEA falará sobre “O capacitismo como barreira ao trabalho”. A temática “O direito à adaptação no meio ambiente do trabalho” será proferida pela professora adjunta da UEA Silvia Maria da Silveira Loureiro, vice-coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Direito Ambiental da UEA. A procuradora-chefe do Ministério Público do Trabalho da 11ª Região (MPT), Alzira Melo Costa abordará o tema “O capacitismo como estratégia de defesa das empresas – a atuação do MPT”.

Encerrando o evento, Ricardo Tadeu Marques da Fonseca, desembargador do Trabalho do TRT da 9ª Região (PR), falará sobre “Capacitismo e a amplitude do conceito da pessoa com deficiência: efetividade do direito ao trabalho das pessoas com deficiência”. Ele é o primeiro juiz cego do Brasil, e o único magistrado cego da Justiça do Trabalho. Perdeu a visão completamente aos 23 anos, quando cursava o terceiro ano da faculdade de Direito. Formado pela USP, fez mestrado e doutorado, publicou dezenas de artigos acadêmicos e escreveu o livro “O trabalho da pessoa com deficiência e a lapidação dos direitos humanos".

Confira a programação completa.

Transmissão

O seminário será transmitido pelo canal da Ejud11 no YouTube, e terá tradução em libras. Estão apoiando o evento: a Escola Judicial do TRT da 11ª Região, a Universidade do Estado do Amazonas, a Escola de Direito da UEA, o Programa de Pós-Graduação em Direito Ambiental da UEA, e a Seção de Gestão Socioambiental e Acessibilidade do TRT-11.

O que é: Seminário “O Direito ao Trabalho da Pessoa Com Deficiência: Superando a Barreira do Capacitismo Estrutural”
Data: dia 27 de outubro de 2023
Horário: das 13h às 17h
Local: auditório da Escola de Direito da UEA. Rua Major Gabriel, 767, Centro.
Inscrições: https://www.sympla.com.br/evento/seminario-o-direito-ao-trabalho-da-pessoa-com-deficiencia/2187168?qrcode=true
Transmissão: https://www.youtube.com/c/EscolaJudicialdoTRT11EJUD11

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Coordenadoria de Comunicação Social
Texto: Martha Arruda
Artes: Renard Batista 

Com o tema geral ”O Papel das Magistradas e Magistrados na Sociedade”, o evento conta com palestras, minicursos, oficinas e espetáculo teatral em sua programação.

821A XIX Jornada Institucional dos Magistrados do Trabalho do TRT da 11ª Região (Jomatra) iniciou segunda-feira (16/10) no miniauditório do Fórum Trabalhista de Manaus, reunindo desembargadores e juízes do TRT-11 (AM/RR). Promovido pela Escola Judicial (Ejud11), o evento que segue até sexta (20) ocorre duas vezes por ano e faz parte do programa de aperfeiçoamento contínuo dos magistrados, visando à melhoria permanente dos serviços jurisdicionais.

O presidente do TRT da 11ª Região, desembargador Audaliphal Hildebrando da Silva, deu as boas-vindas aos presentes. Ele compôs a mesa de abertura juntamente com a diretora da Ejud11, desembargadora Ruth Barbosa Sampaio; a procuradora do Trabalho Gabriela Menezes Zacareli, vice-procuradora-chefe do Ministério Público do Trabalho (MPT); e o juiz do Trabalho Gleydson Ney Silva da Rocha, titular da 1ª Vara do Trabalho de Boa Vista, vice-presidente da Amatra XI.

Elemento de tranformação

Abrindo oficialmente os trabalhos, a diretora da Ejud11, desembargadora Ruth Sampaio, destacou que os temas escolhidos para serem debatidos no evento dos magistrados envolvem a necessidade de adotar, nos julgamentos dos magistrados do TRT-11, uma conduta pautada na perspectiva de gênero e no olhar de que as decisões judiciais figuram como elemento fundamental na ruptura do quadro histórico de desigualdade. “Nós, magistrados, somos peças fundamentais na engrenagem do sistema social, agindo como elementos transformadores da realidade de milhares de pessoas. Essa importância é ainda maior no âmbito da Justiça do Trabalho, como Justiça Social voltada a assegurar os mais elementares direitos trabalhistas, muitas vezes vilipendiados e desrespeitados”, declarou.

A primeira palestra foi proferida pela juíza auxiliar do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Adriana Meireles Melonio. Ela falou sobre o papel do juiz no combate a discriminação racional e o racismo.

Movimento de mudança

822O presidente do TRT-11, desdor Audaliphal Hildebrando: a palestrante da Jomatra, Adriana Melonio, juíza auxiliar do TST; e a diretora da Ejud11, desdora Ruth Sampaio. A juíza auxiliar do TST iniciou a palestra falando sobre atuação do judiciário como um todo. Para ela, o judiciário não é um reflexo da população brasileira, que tem 56% de pessoas negras e pardas (pela classificação do IBGE). Enquanto a magistratura brasileira tem 12% de magistrados pardos e 1,8% de magistrados negros. “O judiciário brasileiro não reflete a realidade da nossa população, visto que temos um percentual muito pequeno de negros e pardos na magistratura. Quando você pensa em um juiz, ele é branco, heterossexual. Temos que pensar o que podemos fazer enquanto judiciário para entender e modificar este quadro. Precisamos trazer esse assunto para as discussões e pensar em ações afirmativas como a alteração da política de cotas do CNJ, por exemplo”, declarou.

A palestra abordou, ainda, a atuação individual do juiz, principalmente no direito do trabalho. A juíza falou sobre a CLT, voltada originalmente para o trabalhador industriário, de chão de fabrica, e deixando de fora as empregadas domésticas e os trabalhadores rurais. “Temos que refletir para quem esse direito do trabalho foi pensado. Precisamos conversar sobre o movimento de mudança no direito do trabalho”, frisou a juíza. Ela também faz uma intersecção com outros marcadores: de raça, de classe, de deficiência. Finalizando a exposição, falou sobre o protocolo de julgamento com perspectivas de gênero e temática racial, abordando como os magistrados podem, no dia-a-dia, atuar para mudar um pouco o quadro de desigualdade e discriminação.

Temática mundial

823A juíza auxiliar do CSJT, Patrícia Maeda, ministrou oficina sobre Igualdade de Gênero aos magistrados do TRT-11.Seguindo a programação do primeiro dia, foi realizada uma oficina de tema “Igualdade de gênero”, tendo como facilitadora a juíza auxiliar da Presidência do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), Patrícia Maeda. Lembrando que a equidade de gênero é um dos objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU, a magistrada destacou que: “Trata-se de uma temática mundial e o judiciário brasileiro tem discutido isso em diversas ordens, tanto na participação feminina dentro do judiciário, quanto na atuação jurisdicional perante a sociedade. Precisamos começar a enxergar os conflitos e as assimetrias do poder com as lentes de gênero”.

Patrícia Maeda afirmou que temos avançado na representação, mas muitas questões ainda precisam ser discutidas e modificadas. “As mulheres são encontradas em espaços que antes não faziam parte, como na magistratura, e nos segundos graus dos tribunais. Mas não conseguimos dizer que as condições são as mesmas. A magistrada precisa fazer tudo perfeito, tanto em casa quanto no trabalho. A cobrança, a carga é muito maior para as mulheres. Qualquer falha em qualquer um dos papéis pesa muito mais do que os acertos. A gente ainda pode e precisa melhorar, pois ainda há preconceitos, estereótipos, e microagressões no dia a dia”, explicou. Para ela, a magistratura faz muito bem em discutir o tema de igualdade de gênero: “o trabalho é atravessado pelo gênero, assim como é atravessado pela raça, e poder discutir isso com os colegas magistrados é algo super importante”.

Acesse a programação completa.

Confira a galeria de fotos.

Coordenadoria de Comunicação Social
Texto: Martha Arruda
Fotos: Daniel Ferpin

 

Vencedores receberam tablets, smartphones e certificados em solenidade no Fórum Trabalhista de Manaus

 

 

 

829Concurso foi organizado pelo Comitê de Combate ao Trabalho Infantil do TRT-11

818Na oportunidade também foram apresentados os integrantes da primeira turma de Jovens Aprendizes do TRT-11Estudantes do Ensino Fundamental e Médio do Amazonas e de Roraima atenderam ao chamado do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (AM/RR) e concorreram ao 3º Concurso Cultural com o tema “Sou família, não abro mão, também sou proteção". Os vencedores do concurso receberam os prêmios no dia 11/10, no Fórum do Trabalhista de Manaus, na Rua Ferreira Pena (Centro), em cerimônia realizada pelo Comitê de Combate ao Trabalho Infantil e Estímulo à Aprendizagem do TRT-11, que também é o organizador do Concurso Cultural.

Na abertura da solenidade, a coordenadora do Comitê de Combate ao Trabalho Infantil e Estímulo à Aprendizagem do TRT-11, desembargadora Joicilene Jerônimo Portela, cumprimentou todos os participantes e vencedores pelos trabalhos apresentados. “Vocês são os protagonistas dessa ação do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª região. A cada ano vamos prospectando grandes talentos que estavam escondidos nas escolas da rede pública”, disse a magistrada dirigindo-se aos jovens estudantes.

O gestor regional do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem no 1º grau, juiz do Trabalho substituto André Luiz Marques Cunha Junior, também enfatizou o empenho dos professores da educação no Amazonas e Roraima. “A gente observa que há muito interesse dos professores. Que beleza a forma que há comunicação através da arte”, afirmou.

Após os pronunciamentos houve a exibição das artes premiadas e dos vídeos, assim como as canções que conseguiram os primeiros lugares do concurso na abordagem do tema de prevenção ao trabalho infantil. A cerimônia de premiação teve o acompanhamento musical do grupo Vozes da Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Semec) com apresentação da Ciranda da Educação, ambos do município de Manacapuru, que teve alunos premiados. A relação completa dos vencedores está acessível neste link. No encerramento do evento, foram apresentados também os integrantes da Primeira Turma de Jovens Aprendizes do Tribunal. 

819Música, redação, desenhos e vídeos foram as categorias premiadas

Descobrindo realidades

Gisella Santana dos Santos e Marielly Brito falaram em nome dos alunos que ganharam o primeiro lugar na categoria vídeo. A equipe contou ainda com os estudantes Arícia Zoraide, Ana Beatriz, Breno Izaque, Isabelly Fadoul, Kayla Cibelly e Reman Damasceno. “A gente sempre tem trabalho de vídeo na escola. E foi muito importante porque a gente teve acesso aos profissionais do meio. A gente foi no Cras (Centro de Referência de Assistência Social) no Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) e foi muito importante ver esse trabalho de perto”, disse Gisella.

Sobre conhecer a realidade do combate ao trabalho infantil no Amazonas, Gisella conta que sentiu que o problema se agrava para longe do Centro, na região mais ribeirinha, onde as crianças acompanham os pais no trabalho. “Por isso é significativo a ação das Secretarias, que tem os psicólogos e os próprios conselheiros tutelares”, acrescentou. “Foi importante porque a gente descobriu uma realidade por detrás das câmeras”, completou Marielly.  

O material apresentado será encaminhado para o acervo do Centro de Memória da Justiça do Trabalho (Cemej) do TRT-11, localizado na Rua Barroso, no Centro. De acordo com a desembargadora Joicilene Portela outras formas de divulgação dos trabalhos serão definidas em breve.

820A tradição da ciranda de Manacapuru, de onde saíram alguns ganhadores, se fez presente na solenidade

Confira a galeria de imagens.

 

Coordenadoria de Comunicação Social

Texto: Emerson Medina

Fotos: Roumen Koynov

Foram coletadas 41 bolsas de sangue durante a permanência do Vampirão em frente ao Fórum Trabalhista de Manaus, na última terça (10/10)

813A campanha de doação de sangue realizada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (AM/RR) e a Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (Hemoam) recebeu 51 candidatos, entre servidores, magistrados, estagiários, terceirizados e público externo. A ação ocorreu na unidade móvel do Hemoam, conhecida como Vampirão, que permaneceu em frente ao Fórum Trabalhista de Manaus, na última terça-feira (10/10), das 8h às 12h.

Realizada desde 2018, a parceria entre TRT-11 e Hemoam deste ano reuniu doadores antigos e conquistou novos adeptos. Organizada e executada pela Coordenadoria de Saúde (Codsau), a campanha coletou 41 bolsas de sangue, aumentando o estoque da Fundação, que esta em estado considerado crítico.

Doador de carteirinha

Doador desde muito jovem, o servidor Horácio de Castro, de 68 anos, aproveitou a vinda do Vampirão ao TRT-11 para manter a doação em dia. Lotado na 13ª Vara do Trabalho de Manaus, ele falou sobre os benefícios de ser doador frequente. “Sempre doei, pois é uma forma de fazer todos os exames de sangue, com o diagnóstico total pelo Hemoam. Alguma coisa que dá alterado, eles já nos avisam e nos orientam o que fazer. Me disseram que eu sou a pessoa do TRT-11 que mais doa sangue e isso é um orgulho pra mim. Vou continuar doando até não poder mais”, declarou, sabendo que a doação de sangue não é permitida a partir dos 70 anos.

814Horácio é o servidor do TRT-11 que mais doou sangue ao Hemoam. Quando não vai doar pra alguem em específico, ele encaminha a doação para o banco de sangue do TRT.Horácio lembrou duas situações em que membros da família precisaram de sangue e, pelo fato dele ser doador regular, foram prontamente atendidos, sem a necessidade de captação de novos doadores. “Meu pai precisou fazer uma cirurgia e, quando o nome dele chegou ao Hemoam e viram a filiação, avisaram que ele não precisava de doador, pois eu já tinha feito o suficiente para tudo o que ele necessitasse. O mesmo ocorreu com a minha filha. Foi maravilhoso e eu sou muito grato por isso”, contou emocionado.

Gesto de amor gratuito

A juíza do Trabalho substituta Adriana Lima de Queiroz aproveitou o intervalo entre as audiências para fazer sua doação. “Já sou doadora há mais de 10 anos mas não consigo manter tanta frequência. Eles vindo até o Fórum facilita muito. Eu comecei a doar porque um amigo próximo precisou, mas continuei doando pois é importante ofertar independente pra quem seja. Deus tem me dado tanta saúde e se eu posso compartilhar com os outros de alguma forma, porque não fazer?”, disse a magistrada.

Doando pela primeira vez, o servidor Kleber Coelho da Silva, 55 anos, contou que ficou sensibilizado após visita da assistente social do TRT-11, Erica Meneses, ao setor de segurança, incentivando a participação na campanha de doação. “É um ato de bondade para com o próximo, e empatia com as pessoas em geral. Vejo o exemplo de outros colegas da Segurança que já são doadores e agora tenho o desejo de continuar doando. Espero que também vire uma rotina pra mim, pois ninguém sabe o dia de amanhã. Pode ser eu a precisar no futuro, e receber este gesto de doação em nosso benefício ou a um familiar nosso, é um incentivo a mais”, afirmou.

815A juíza do Trabalho Adriana Lima deu uma pausa nas audiências e garantiu sua doação.

817Mais de 50 doadores procuraram o Vampirão para doar sangue.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Coordenadoria de Comunicação Social
Texto: Martha Arruda
Fotos: Thais Manalla


A 3ª Turma do TRT-11 confirmou decisão da 3ª Vara do Trabalho de Manaus

812Com fundamento no princípio constitucional da dignidade da pessoa humana, a 3ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (AM/RR) confirmou decisão da 3ª Vara do Trabalho de Manaus relativa ao desbloqueio do valor de R$ 2 mil da conta bancária de um devedor trabalhista. Desempregado, com diagnóstico de doença cardíaca e nódulo no pulmão, ele alegou que o dinheiro será utilizado para realizar uma biópsia.

Segundo o entendimento unânime, há prevalência do direito à saúde e à vida do executado sobre o direito ao crédito trabalhista do exequente. O colegiado acompanhou o voto do relator do processo, desembargador José Dantas de Góes. A decisão de 2º grau não pode mais ser modificada porque o prazo para novo recurso expirou no último dia 22 de setembro.

Por intermédio de agravo de petição, o autor do processo buscava reverter a determinação judicial de desbloqueio no Sistema de Busca de Ativos do Poder Judiciário (Sisbajud) e receber o valor que corresponde a menos de 3% do crédito a que tem direito. Em seu apelo, o recorrente argumentou que a execução trabalhista já perdura por mais de oito anos sem que ele tenha recebido qualquer quantia. Alegou, ainda, menosprezo da parte devedora, que sequer ofereceu bens ou apresentou pedido de parcelamento da dívida decorrente de reconhecimento de vínculo empregatício.

Ponderação e proporcionalidade
Ao relatar o processo, o desembargador José Dantas de Góes abordou a ponderação necessária na análise do conflito entre os direitos de ambas as partes. No julgamento do recurso, ele entendeu que a manutenção do bloqueio constituiria risco real à integridade física e à vida do devedor, o que iria contra o princípio da dignidade da pessoa humana. “De fato, como asseverado pelo julgador de origem, está-se diante de um conflito entre o direito à saúde e à vida do executado e o direito do exequente ao adimplemento de seu crédito trabalhista, que possui natureza alimentar. Ambos encontram-se amparados pelo princípio da dignidade humana”, afirmou o relator.

Pela ótica do princípio da proporcionalidade, salientou que o devedor é usuário do Sistema Único de Saúde (SUS) e sua situação de saúde demanda resposta rápida para, se for o caso, iniciar de imediato o tratamento. Junto com o pedido de desbloqueio, o executado anexou a documentação médica que comprova suas alegações. Por fim, o relator ponderou que o desbloqueio dos valores comprime o menor direito possível, considerando tratar-se de menos de 3% do valor devido ao trabalhador. “Impõe-se, portanto, o reconhecimento, neste caso concreto, da prevalência do direito à saúde e à vida do executado”, concluiu.

A decisão de 1º grau, confirmada pela 3ª Turma, foi proferida pelo magistrado Carlos Eduardo Mancuso. Foi certificado o trânsito em julgado e, no último dia 2 de outubro, os autos foram remetidos à 3ª Vara do Trabalho de Manaus para prosseguimento.


Processo nº 0010529-87.2013.5.11.0003

 

 

Coordenadoria de Comunicação Social
Texto: Paula Monteiro
Foto: Banco de Imagens

Após trabalhar 14 anos na empresa, ele foi dispensado sem justa causa e sem receber as verbas rescisórias devidas.

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Um acordo no valor de R$ 100 mil celebrado na 9ª Vara do Trabalho de Manaus encerra demanda 36 dias após o início da ação. Realizado entre trabalhador e empresa da indústria gráfica, a conciliação é relativa a verbas rescisórias do contrato de trabalho.

O trabalhador alegou ter sido dispensado sem justa causa em 9 de março de 2023, sem receber as verbas rescisórias devidas pela empresa onde trabalhou por quase 14 anos. Ele ajuizou a reclamatória trabalhista em 28 de agosto, solicitando o pagamento dos direitos trabalhistas devidos pela dispensa imotivada, assim como indenização por danos morais, por falta de pagamento da rescisão contratual no prazo da dispensa. O valor da causa ultrapassava R$142 mil.

Em sua defesa, a empresa contestou o pedido do trabalhador, argumentando que, devido às dificuldades financeiras ocasionadas pela pandemia de covid-19, dispensou 90% do seu quadro funcional. Ela alegou, ainda, que realizou diversos acordos para parcelamento das verbas rescisórias, e que o trabalhador em questão não aceitou a proposta, preferindo pedir seus direitos na justiça.

Conciliação

Na audiência, realizada de forma virtual em 3 de outubro, as partes conciliaram para o pagamento de R$ 100 mil ao trabalhador, em 10 parcelas mensais de R$ 10 mil cada. O valor do acordo se refere ao pagamento de dano moral, férias indenizadas, aviso prévio indenizado, FGTS indenizado (8% + 40%), multas do art. 467 e 477 indenizadas, todas as verbas sem incidência de encargos previdenciários.

A ata de audiência prevê, em caso de inadimplência, multa de 50% sobre o valor líquido devido (parcela vencida e eventuais parcelas vincendas). O acordo foi homologado pelo juiz do trabalho substituto Marcelo Vieira Camargo, com a assistência da secretária de audiência Núbia Maria de Souza Braga, que atuou na mediação.


Coordenadoria de Comunicação Social
Texto: Mônica Armond de Melo
Arte: Banco de imagens do Freepik

Audiências, sessões e prazos serão suspensos, mantido somente o expediente interno no âmbito do Regional

810A Escola Judicial do TRT da 11ª Região (Ejud11) promove, no período de 16 a 20 de outubro, a XIX Jornada Institucional dos Magistrados do Trabalho do TRT da 11ª Região (Jomatra). Esta edição será no formato híbrido, com atividades presenciais nas datas de abertura e encerramento (16 e 20/10) no miniauditório do Fórum Trabalhista de Manaus, e atividades virtuais (dias 17, 18 e 19/10) pela plataforma Zoom.

Mediante Portaria n. 590/2023/SGP, foi autorizado o afastamento da jurisdição dos integrantes da magistratura do TRT da 11ª Região. Por esse motivo, ficarão suspensas as audiências e sessões de julgamento no âmbito deste Regional. Haverá também a suspensão e prorrogação de prazos processuais, no entanto, o expediente interno permanecerá normal em todas as unidades do Tribunal.

A participação presencial é obrigatória para magistradas e magistrados que atuam em Manaus (AM) e região metropolitana. Para os demais, com lotação em Boa Vista (RR) e nas Varas do Trabalho no interior do Amazonas, a participação nas datas de atividades presenciais será por meio de transmissão pelo Zoom.

O evento tem como objetivo promover a reflexão e o debate sobre temas de relevante interesse para a Justiça do Trabalho e para a atividade das magistradas e dos magistrados. Relacionado ao desenvolvimento de competências pessoais e jurídicas, a XIX Jomatra teve o regulamento aprovado pelo Ato Conjunto nº 10/2023/EJUD11/SGP.

Programação

Esta edição da Jomatra tem como tema ”O Papel das Magistradas e Magistrados na Sociedade”. Durante uma semana, das 8h às 13h20, a magistratura do TRT-11 participará do evento que contará com palestras, minicursos, oficinas e espetáculo teatral em sua programação, totalizando 26h10 de carga horária.

Acesse a programação completa.

Coordenadoria de Comunicação Social
Texto: Mônica Armond de Melo
Arte: Thaís Mannala

A Correição Ordinária na Vara do Trabalho de Tabatinga, realizada nos dias 9 e 10 de outubro de 2023, sob a supervisão da Corregedora do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região, Desembargadora Joicilene Jerônimo Portela, trouxe à tona uma análise abrangente do desempenho da unidade judicial nos últimos meses. O evento contou com a presença do Juiz José Antônio Correa Francisco, responsável pela vara.

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Durante a correição, foram destacados pontos críticos e conquistas significativas da Vara do Trabalho de Tabatinga, que merecem atenção e reconhecimento. Vamos destacar os principais aspectos:

No trimestre anterior, a Vara ocupava o 20º lugar no ranking entre as 32 Varas do TRT11 e o 554º lugar no ranking nacional, dentre as 1587 Varas. No último trimestre, a Vara subiu para o 18º lugar regional e o 404º lugar nacional. Isso representa um ganho de 2 posições no ranking regional e uma impressionante melhoria de 150 posições no ranking nacional.

A análise dos percentuais de congestionamento revela desafios a serem superados. A taxa de congestionamento bruta da vara é a mais alta regionalmente, enquanto a taxa de congestionamento líquida fica em segundo lugar. No entanto, é importante ressaltar que houve uma melhora significativa em ambas as taxas em relação a 2022.

É interessante notar que um fator inovador pode ter contribuído para essa melhoria. Em meados de maio de 2023, o diretor de secretaria da vara começou a utilizar uma antena da Starlink para melhorar a conectividade de internet em seu notebook pessoal, resultando em um aumento considerável na eficiência dos serviços judiciais.

Com a continuação dessas melhorias na movimentação processual, espera-se que a Vara de Tabatinga continue aprimorando seus índices estatísticos, especialmente a taxa de congestionamento.

Os números do índice de atendimento à demanda da Vara estão abaixo dos indicadores médios regional e nacional, com uma leve piora em relação a 2022. Este é um desafio importante a ser enfrentado nos próximos meses.

A Vara já obteve sucesso no alcance das Metas 1, 2 e 5 do CNJ endereçadas ao 1º grau em 2023, o que merece parabéns e reconhecimento. A Corregedoria recomenda que a Vara empreenda esforços para alcançar a Meta 3 do CNJ endereçada ao 1º grau, visando aumentar o índice de conciliação em relação à média do biênio 2019/2020 em 1 ponto percentual.

Houve uma redução no acervo nas fases de conhecimento e execução, embora tenha havido um aumento nas fases de liquidação e cartas precatórias. O acervo total diminuiu em 178 processos, sinalizando uma gestão eficaz do volume de casos.

A análise dos dados revela que a Vara está solucionando mais processos do que os casos novos recebidos, o que é um sinal positivo de eficiência. Nos primeiros oito meses de 2023, a Vara solucionou 50 processos a mais do que os recebidos por distribuição e redistribuição.

A Vara de Tabatinga demonstra eficiência notável em relação aos prazos processuais, ficando abaixo das médias regionais e nacionais. Destaca-se o prazo total do ajuizamento à prolação da sentença, que diminuiu significativamente em relação a 2021 e 2022.

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Em resumo, a Correição na Vara do Trabalho de Tabatinga revelou uma unidade judicial que está progredindo em vários aspectos, mas ainda enfrenta desafios importantes, como a taxa de congestionamento e o índice de atendimento à demanda. Com esforços contínuos e inovações, a expectativa é que a Vara continue a melhorar seu desempenho e a prestar um serviço de qualidade à comunidade.

A Corregedoria e a equipe da Vara do Trabalho de Tabatinga estão comprometidas em trabalhar juntas para superar esses desafios e garantir uma justiça mais eficaz e acessível para todos os envolvidos.

Equipe da Corregedoria

A 19ª Vara do Trabalho de Manaus passou por uma avaliação minuciosa durante a Correição Ordinária realizada nos dias 5 e 6 de outubro de 2023. Sob a supervisão da Corregedora do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região, Desembargadora Joicilene Jerônimo Portela, os resultados surpreenderam, mostrando um desempenho exemplar no âmbito do judiciário trabalhista.

A 19ª Vara do Trabalho de Manaus, que está entre as unidades judiciárias que receberam até 1500 processos entre os anos de 2019 e 2021, foi destaque na avaliação de diversos indicadores.

No trimestre anterior à correição, a Vara já ocupava o 9º lugar no ranking regional entre as 32 Varas do TRT11. No entanto, após a correição, manteve sua posição e, ainda mais notável, passou a ocupar o 176º lugar no ranking nacional, dentre as 1587 Varas. Mesmo com a movimentação constante de processos, a Vara perdeu apenas 10 posições no ranking nacional, demonstrando um excelente desempenho.

Uma das principais conquistas foi a gestão de processos, que se refletiu em índices de congestionamento brutos e líquidos inferiores às médias regionais e nacionais. Em relação ao ano de 2022, houve uma melhora significativa, com uma redução de 3,43% no congestionamento bruto e de 4,46% no congestionamento líquido. Além disso, o índice de atendimento à demanda superou os indicadores regionais e nacionais, com um aumento de 9,77% em relação a 2022.

Outro destaque foi a eficiência na resolução de processos. A Vara conseguiu baixar mais processos do que recebeu, com um índice que superou os 100% em 10,94 pontos percentuais. Isso teve um impacto positivo no cumprimento das Metas 1 e 5 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), sendo motivo de elogio por parte da Corregedoria.

Além disso, a Vara já alcançou com sucesso as Metas 2, 3 e 5 do CNJ endereçadas ao 1º grau no ano de 2023. Quanto à Meta 1, que avalia o julgamento de processos de conhecimento em quantidade maior do que os distribuídos no ano corrente, excluindo os suspensos e sobrestados, a vara alcançou o impressionante percentual de 95,27%, de acordo com dados do Sistema Hórus em 18 de setembro de 2023.

Ainda mais notável, a Vara vem cumprindo os índices necessários para atingir a Meta 1 do CNJ, devido à cláusula barreira, estabelecendo que a meta será cumprida se a taxa de congestionamento líquida da vara for inferior a 40%, o que é o caso da 19ª Vara do Trabalho de Manaus, que possui o percentual de 25,56 nesse indicador.

Em vista desses resultados excepcionais, a Corregedoria parabeniza a Vara pelo atingimento de todas as Metas do CNJ até o presente momento, incentivando a unidade a continuar empenhada em alcançar os indicadores necessários para o cumprimento de todas as metas do Conselho Nacional de Justiça.

Por fim, a análise dos prazos médios na Vara revelou um desempenho acima da média regional e nacional em alguns aspectos, com destaque para o prazo total do ajuizamento à prolação da sentença, que é de 111,11 dias, representando um tempo significativamente curto para que as partes conheçam a quem pertence o direito em litígio, demonstrando a eficiência da 19ª Vara do Trabalho de Manaus na entrega da justiça de forma célere e eficaz.

Em resumo, a Correição Ordinária na 19ª Vara do Trabalho de Manaus revelou um desempenho excepcional, com resultados que merecem reconhecimento e aplausos por parte da Corregedoria.

Equipe da Secretaria da Corregedoria.

Corregedoria do TRT-11 destaca números da Correição Ordinária e aborda a seca do Rio Tefé como contexto relevante

A Correição Ordinária na Vara do Trabalho de Tefé, realizada nos dias 2 e 3 de outubro de 2023, trouxe à tona importantes dados estatísticos que pintam um quadro revelador sobre a eficiência do judiciário trabalhista local. Embora o tema central seja a análise desses números, é inevitável considerar o contexto da seca do Rio Tefé, que impacta diretamente a vida dos trabalhadores da região e contribui para o cenário desafiador enfrentado pela vara.

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Durante a Correição, presidida pela Desembargadora Joicilene Jerônimo Portela, foram examinados diversos indicadores que oferecem insights valiosos sobre o desempenho da Vara do Trabalho de Tefé. Entre esses dados, destacam-se:

1. Posicionamento Regional e Nacional: No trimestre anterior à Correição, a Vara ocupava o 7º lugar no ranking entre as 32 Varas do TRT-11 e o 87º no ranking nacional, dentre as 1587 Varas. No último trimestre, caiu para o 16º lugar regional e o 447º lugar nacional.

2. Congestionamento de Processos: A análise dos percentuais de congestionamento bruto revela que a Vara apresenta um número de processos represados superior aos indicadores regionais, mas inferior aos nacionais. Em relação ao ano de 2022, houve uma piora em ambas as taxas, congestionamento bruto e líquido.

3. Índice de Atendimento à Demanda: Embora os números desse índice sejam superiores aos indicadores médios regional e nacional, houve uma piora em relação ao ano de 2022.

4. Metas do CNJ: A Vara alcançou sucesso no alcance de 3 das 4 metas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) endereçadas ao 1º grau no ano de 2023. Esse desempenho foi especialmente notável na Meta 2, que foi superada em 22,88%.

Esses dados, obtidos durante a Correição, lançam luz sobre o desafio que a Vara do Trabalho de Tefé enfrenta para lidar com seu acervo processual e atender às demandas da população local. É crucial destacar o esforço da equipe judiciária em alcançar as metas estabelecidas pelo CNJ, apesar dos obstáculos.

Além disso, é importante mencionar o contexto da seca do Rio Tefé, que afeta a região de forma significativa. A redução do nível do rio tem impactos diretos na economia local, tornando ainda mais relevante o trabalho da Justiça do Trabalho para garantir os direitos dos trabalhadores e a resolução de conflitos em um ambiente desafiador.

A Corregedoria Regional reforça seu compromisso em apoiar a Vara do Trabalho de Tefé na busca por soluções que promovam a justiça social e o progresso na região. A análise dos dados estatísticos da Correição proporciona uma visão clara dos desafios e conquistas, mas é o trabalho conjunto de todos os envolvidos que impulsionará o avanço e a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores de Tefé.

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Durante o período em que a Corregedora permaneceu em Tefé para os trabalhos correicionais, reuniu-se com o Prefeito do Município, Nicson Marreira Lima e com o Presidente da Câmara de Vereados, Lurinei de Souza Oliveira, quando foi abordado a colaboração entre os poderes Judiciário, Executivo e Legislativo na implementação de políticas públicas voltados à promoção e ao progresso da justiça social em Tefé. Na mesma oportunidade, reuniu-se, também, com Eduardo Souza, Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Subseção de Tefé. A conversa girou em torno do aspecto econômico local e a garantia dos direitos trabalhistas na região, além buscar identificar alternativas para encaminhar eventuais demandas ao sistema judiciário trabalhista, com o intuito de incrementar a movimentação processual na respectiva Vara.

Equipe da Secretaria da Corregedoria.

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